Após o recorde de medalhas obtidas em Tóquio 2020, com 21 pódios no total, o Brasil chega aos Jogos Olímpicos de 2024 com a expactiva de superar essa marca. Os Jogos da XXXIII Olimpíada serão realizados em Paris entre os dias 26 de julho e 11 de agosto do próximo ano e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) espera um resultado histórico e uma melhor colocação no quadro de medalhas.
Em entrevista à CNN Brasil, o presidente do COB, Paulo Wanderley, afirma que a meta é superar as sete medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze da última edição dos Jogos, mas não precisou um número. Para os feitos, o Brasil deve contar com a maior delegação da história – com exceção da edição disputada em casa, no Rio 2016. O COB afirma que pelo menos 320 atletas devem competir na França, superando os 302 de Tóquio.
O Brasil chega a Paris 2024 embalado pelo recorde de pódios conquistados nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. O País alcançou 40 vagas para os Jogos Olímpicos e conquistou 205 medalhas, sendo 66 de ouro, 73 de prata e 66 de bronze, ficando atrás apenas dos Estados Unidos no quadro de medalhas.
Surfe e skate são esperanças de medalhas para o Brasil
Uma das apostas de pódio do Time Brasil em Paris é a medalhista de prata em Tóquio 2020 e atual campeã da liga mundial de skate street, Rayssa Leal. Considerada uma das referências do esporte com apenas 15 anos de idade, a "Fadinha" é a mais jovem medalhista olímpica da história (com o segundo lugar conquistado aos 13 anos na estreia do skate em Omipíadas) e pode se tornar a a campeã olímpica mais nova do País, aos 16 anos.
Outro esporte que estreou em Tóquio e caiu no gosto dos expectadores foi o surfe. Três atletas já têm vagas garantidas: Filipe Toledo; João Chianca, o Chumbinho; e Tatiana Weston-Webb; por serem os brasileiros melhores ranqueados neste ano. Mais um atleta do País pode garantir vaga nas Olimpíadas, que serão disputadas na praia de Teahupoo, no Taiti. Gabriel Medina, Miguel Pupo e Ítalo Ferreira (o primeiro campeão da modalidade no programa olímpico) podem conquistar o passaporte olímpico dependendo dos resultados do ISA Games 2024, em Porto Rico, e dos critérios que serão definidos pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) para a provável terceira vaga.
• LEIA TAMBÉM: COI libera russos e belarussos a disputarem os Jogos Paris-2024 como atleltas neutros
Judô, historicamente, sempre rende muitos pódios
No judô, modalidade mais vencedora do Brasil na história dos Jogos, com 24 medalhas no total, os atletas se preparam para conquistar novos pódios em solo francês. A gaúcha Mayra Aguiar, que conquistou o primeiro ouro do Brasil na era moderna no Grand Slam de Tóquio no início de dezembro, é uma das apostas para a maior competição esportiva do mundo. Mayra é a única brasileira a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual, com medalha de bronze em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020.
Campeã olímpica em Tóquio 2020, Rebeca Andrade está entre as favoritas na ginástica artística. A ginasta conquistou quatro medalhas, sendo duas delas de ouro, em sua estreia nos Jogos Pan-Americanos neste ano. Na competição continental, Rebeca optou por não competir no solo, nem no individual geral, mas está entre as cotadas para medalhas em todos os aparelhos em Paris 2024.
No atletismo, o principal nome é Alison dos Santos, o Piu, que está classificado para as provas de 400m rasos e 400m com barreiras em Paris. A preparação do atleta acontece na Florida, junto com o técnico Felipe Siqueira, já que o brasileiro conseguiu um visto de trabalho para treinar nos Estados Unidos. Em Tóquio, ele foi bronze nos 400m com barreiras com a marca de 46s72.
Outros atletas que devem trazer medalhas para o Brasil são Beatriz Ferreira, no boxe; Hugo Calderano, no tênis de mesa; o conjunto brasileiro da ginástica rítmica; Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia; Guilherme Costa, na natação; e Martine Grael e Kahena Kunze, na vela.
Duas novas modalidades estreiam na França
Outra expectativa que ronda Paris 2024 é a da estreia de novas modalidades. Os esportes que passam a integrar o programa olímpico são o breakdance e a canoagem slalom extremo. O primeiro, também conhecido como breaking, transita entre esporte e arte e tem origem na cultura hip hop estadunidense. Já o segundo, que pode ser chamado de caiaque cross, envolve quatro embarcações que disputam quem termina o trajeto antes. Enquanto esses esportes entram, o beisebol, o softbol e o caratê não farão parte dos Jogos Olímpicos de Paris.