O cooperativismo gaúcho terá grande potencial de crescimento em 2023. Essa é a previsão do presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Darci Pedro Hartmann. "No setor agrícola, tivemos, no ano de 2022, uma queda de safra de soja e de milho muito acentuada. Mas já tivemos, agora, no fim do ano, uma safra de trigo excelente", aponta.
Há ainda expectativa de boa produção de grãos no Rio Grande do Sul, além de otimismo de que o mercado de proteína animal possa se recuperar, uma vez que passaram três anos de muita dificuldade. "Os preços eram lastreados em reais no mercado interno, basicamente, já o custo, lastreado em dólar, principalmente da matéria-prima soja, do milho e do trigo, que são os componentes básicos da fabricação de ração. O setor teve grande dificuldade com esses projetos. No segmento de laticínios, o leite também teve essa dificuldade, mas não foi tão acentuada como em outros setores", lembra Hartmann.
Ele ressalta ainda que o segmento de crédito está em franca expansão. O setor de saúde, por sua vez, busca crescer e rediscute relacionamentos. O mesmo vale para o ramo transportes.
A infraestrutura está trabalhando muito forte em um projeto de conectividade do meio rural. A educação e o trabalho também estão apresentando intensidade de crescimento.
"Acreditamos que 2023 vai ser um ano muito pujante, porque também lançamos, em agosto deste ano, o RScoop150, em que o cooperativismo gaúcho deseja chegar a R$ 150 bilhões de faturamento em cinco anos. A projeção de crescimento é sempre de dois dígitos nos próximos 15 anos. E já temos absoluta convicção de que vamos alcançar e superar esta meta, principalmente nesse alinhamento estratégico, que estamos dando como organização, para que todos os ramos e as cooperativas possam se inserir neste grande trabalho, mostrando para sociedade, realmente, a pujança do cooperativismo", prevê Hartmann.
O RScoop trabalhará na vertente de investimentos de no mínimo R$ 1 bilhão. A ideia é atuar forte na questão da margem líquida de 5%, para dar sustentabilidade ao crescimento das cooperativas e para que possam competir no mercado, explica. "A Ocergs vai investir nesses cinco anos R$ 300 milhões em formação, treinamento e em profissionalização dos nossos diretores e colaboradores, para que possamos crescer ainda mais", adianta.