A Casa Cotribá na Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, debateu o tema de sucessão familiar na tarde desta quarta-feira (28). O painel, com a presença de empresas parceiras e de produtores, destacou o projeto Conexão Cotribá.
A iniciativa, junto à Bayer e a Safras & Cifras, auxilia famílias a fazerem a transição de seus negócios no campo. O programa, constituído por módulos, aborda questões como gestão econômica, governança e planejamento sucessório e tributário.
O presidente da Cotribá, Celso Krug, relata que houve um esvaziamento do interior nos últimos anos, o que fez com que a iniciativa fosse colocada em prática. “Nos eventos, a faixa etária dos produtores é de 50 anos para cima. Isso é preocupante. Precisamos de ideias novas e de tecnologia nas propriedades”, considera Krug, que tem exemplos de sucessão em sua família.
Já o vice-presidente da cooperativa, que é a mais antiga do Brasil, Enio Nascimento, sente uma necessidade de aproximar os pais dos filhos em torno do assunto. “A atividade agrícola é como uma empresa. O jovem deve decidir se será sucessor ou herdeiro”, sugere.
Motivação, para ele, é o segredo para que a primeira opção seja a escolhida. O conceito é compartilhado também por Eduardo Goulart, representante técnico de vendas da Bayer. “Temos que cativar o jovem para que o cooperativismo siga forte”, enfatiza. Gustavo Breancini, também da Bayer, ensina que uma geração entrega para a outra o que construiu, e assim consecutivamente.
Taís Leivas, consultora da Safras & Cifras, lembra que o Conexão Cotribá foi constituído a várias mãos para atender os anseios que se tem no processo. Ela destaca que a ideia é respeitar os fundadores e profissionalizar os jovens.
Os sucessores presentes no painel citaram o fluxo de caixa, a avaliação de custos e o entendimento da responsabilidade de todos os filhos com as propriedades como as principais lições do projeto.