Fernanda Crancio, de Nova York
Integrante da missão gaúcha que prospecta em Nova York investimentos para o Estado e parcerias para avanços na área de tecnologia, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin (MDB), afirma que o Parlamento estará pronto para colaborar com o governo no que for necessário para agilizar os acordos que poderão ser efetivados a partir dos contatos feitos na viagem.
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Segundo ele, é importante para a Assembleia acompanhar o que está sendo feito pelo governo para a atração de investidores e divulgação das potencialidades do Estado. “Além disso, tenho certeza que essa rede de contato que está sendo feita durante esta missão vai produzir resultados ao longo do tempo. Inclusive, alguns outros encontros já estão sendo agendados. E aquilo que couber à Assembleia no sentido de agilizar esses acordos nós queremos colaborar, para que o Rio Grande do Sul possa colher bons frutos desse networking que está sendo feito aqui”, destacou o parlamentar, que está em Nova York acompanhado dos colegas Rafael Braga (MDB) e Frederico Antunes (PP), líder do governo na Casa.
Proponente do projeto Educação para o Desenvolvimento, uma das metas de sua gestão à frente da presidência da Assembleia, Zanchin pretende lançar, até o fim do ano, um conjunto de medidas legislativas voltadas à educação, projeto que conta com um conselho consultivo formado por especialistas de renome nacional.
Nesse sentido, vislumbra a possibilidade de contar com auxílio de empresas de tecnologia visitadas durante a missão em Nova York para a execução de suas propostas. “Aqui nas audiências que fizemos com a Oracle e a Microsoft vimos que é possível implementar dentro das escolas a educação tecnológica. Nós estamos em um processo de mudança do próprio Ensino Médio, e precisamos colocar à disposição dos alunos os itinerários de formação e o ensino tecnológico deve estar presente em todas as escolas”, comentou.
Ele disse ainda que o que for necessário de aperfeiçoamento da legislação estadual para viabilizar essas futuras parcerias desencadeadas pelo Estado será feito pelo Parlamento. “Cabe ao Poder executivo fazer as alterações nas normas, e aquilo que depende da aprovação da Assembleia é importante nós já termos o conhecimento, inclusive para trabalharmos no Legislativo a agilidade da tramitação dessas matérias. É claro que todas essas mudanças que estão se apresentando na área educacional e de outros serviços que cabem ao poder público necessitam de adequações às normas e regulamentos”, disse.
Na próxima semana, no entanto, quando retornar ao Parlamento gaúcho, o deputado terá pela frente a condução de dois debates polêmicos: o projeto que trata do reajuste de 18% para membros do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado – que foi retirado da pauta de votações desta terça-feira (9) - e apreciação do projeto de reestruturação do IPE - anunciado em meados de abril -, que deverá ser encaminhado pelo governador Eduardo Leite no retorno da viagem aos Estados Unidos.
“Tomei conhecimento que na reunião do colégio de líderes, na terça-feira, por unanimidade foi decidido que o projeto que trata dos vencimentos dos poderes, com exceção do Legislativo e do Executivo, ficou para a próxima semana. Quem define as pautas de votações é o colégio de líderes, e nós temos que respeitar. Então, se na terça-feira da próxima semana houver o entendimento que na sessão deliberativa vamos votar essa matéria, ela estará apta para deliberação do plenário”, disse Zanchin.
Quanto ao projeto do IPE, o comandante do Legislativo gaúcho disse que ele depende de seu envio pelo governo ao Parlamento. A ideia do Executivo é encaminhar o projeto de reestruturação do IPE em regime de urgência ao Parlamento “Quanto ao projeto do IPE, depende do encaminhamento do governo que, pelo que tem anunciado, no retorno da viagem o governador fará esse protocolo. E aí, com os termos da proposta encaminhados pelo Executivo é que nós vamos possibilitar o debate, e todas as partes interessadas poderão dar a sua contribuição para aperfeiçoar a matéria ou rejeitar o que o governo encaminhará”, concluiu Zanchin.