Guilherme Kolling, de Pequim
Gigante na produção de veículos elétricos, a montadora chinesa GWM (Great Wall Motors) está investindo R$ 10 bilhões no Brasil até 2030. Uma fábrica em Iracemópolis (SP), onde serão produzidos carros elétricos e híbridos, deverá entrar em operação em setembro de 2025. A empresa é a quarta maior fabricante mundial de picapes médias, segmento em que é líder na China. E a abertura de novas concessionárias da marca está em franca expansão no Brasil.
Gigante na produção de veículos elétricos, a montadora chinesa GWM (Great Wall Motors) está investindo R$ 10 bilhões no Brasil até 2030. Uma fábrica em Iracemópolis (SP), onde serão produzidos carros elétricos e híbridos, deverá entrar em operação em setembro de 2025. A empresa é a quarta maior fabricante mundial de picapes médias, segmento em que é líder na China. E a abertura de novas concessionárias da marca está em franca expansão no Brasil.
Na sequência da visita do presidente chinês Xi Jinping ao Rio de Janeiro, onde participou do G-20 e assinou uma série de acordos bilaterais com o governo brasileiro, nesta semana foi a vez do presidente da GWM Internacional, Parker Shi, visitar o presidente Lula no Palácio do Planalto.
O encontro aconteceu na terça-feira (26), quando Shi esteve no País pela primeira vez. Ele reiterou o compromisso com a expansão das atividades no Brasil e ressaltou que a empresa também fará aportes significativos em tecnologia, manifestando a intenção de criar um centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em solo brasileiro.
Enquanto isso, na véspera – a segunda-feira, 25 de novembro – o governador Eduardo Leite e equipe que estava em missão à Ásia viajaram de Pequim até a cidade chinesa de Baoding para visitar a sede da FTXT, subsidiária da GWM focada tecnologias de energia limpa, com foco no avanço de células de combustível de hidrogênio (fora da China a empresa adota a marca GWM Hydrogen).
Foi um encontro inicial, mas o chefe do Executivo gaúcho almeja atrair um laboratório da GWM para o Rio Grande do Sul. Com atuação global, a gigante da indústria chinesa está presente em 60 países, tem 70 mil funcionários espalhados pelo mundo e oito centros de Pesquisa e Desenvolvimento em diferentes partes do planeta.
“Foi uma conversa muito positiva, especialmente porque dentro desse nosso propósito de fortalecer o Rio Grande do Sul para a produção de hidrogênio, podemos conseguir avançar em uma parceria que envolva desenvolvermos um laboratório de inovação ligado ao hidrogênio, produtos relacionados à cadeia do hidrogênio”, explicou Leite em entrevista na noite de terça-feira em Pequim, ao fim da missão à Ásia.
O governador avalia que, durante a reunião com o CEO da GWM Hydrogen, conseguiu “causar uma boa impressão sobre o Estado e também obter algumas informações importantes sobre os passos que devemos dar para consolidar a nossa cadeia de hidrogênio”.
De acordo com Eduardo Leite, por parte do governo gaúcho, caberá fomentar a iniciativa, podendo lançar alguma política para incentivar a criação de laboratórios de desenvolvimento de produtos e equipamentos relacionados ao hidrogênio, além de estimular a participação de universidades gaúchas.
A GWM Hydrogen fabrica motores movidos a hidrogênio. A empresa inclusive já tem veículos comerciais a hidrogênio em grande escala no mercado chinês, com aplicação em ônibus e embarcações. “É uma relação que está se estabelecendo, então, queremos aproveitar o conhecimento deles e obter subsídios técnicos”, disse Leite
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa após o encontro do governo gaúcho e da empresa na China, o dirietor de Assuntos Institucionais da GWM no Brasil, Ricardo Bastos, afirmou que a empresa está entusismada em compartilhar avanços relacionados ao hidrogênio com o governo gaúcho.