Guilherme Kolling, de Shenzhen (China)
A delegação gaúcha viajou do extremo sul da China, em Shenzhen, no início da manhã desse sábado (23), para a capital Pequim, que fica no norte do gigante asiático. À tarde até o início da noite, foi realizado o evento RS Day, no hotel St. Regis Beijing. O público estava dividido entre os cerca de 50 integrantes da delegação gaúcha e empresários chineses, além de profissionais dedicados a negócios que ligam empresas do Rio Grande do Sul e da China.
O governador Eduardo Leite e secretários de Estado apresentaram oportunidades para investir no Rio Grande do Sul em diferentes setores. Representantes de empresas chinesas nas áreas de energia, construção e comércio internacional de produtos agrícolas, por sua vez, destacaram sua pujança e credenciais para fazer negócios no Brasil.
Para além da agenda oficial, dois pontos principais estiveram nas conversas bilaterais. A liberação de produtos do agro gaúcho que sofrem com barreiras sanitárias chinesas. E a aproximação de autoridades e empresários do RS e representantes de empresas chinesas para dar continuidade ou começar negócios.
O Estado quer voltar a vender carne de frango aos chineses, o que está suspenso desde julho quando o Rio Grande do Sul teve um caso da doença Newcastle - as falas do governo gaúcho reforçaram que o problema já foi solucionado. Também planeja ampliar as exportações de suínos, pleiteando a venda de carne com ossos – atualmente proibida – e de miúdos.
Foi destacada a participação de Zhang Lin, secretário-geral adjunto da Associação de Inspeção de Entrada e Saída e Quarentena da China (CIQA), entidade que faz a intermediação com o governo chinês para a entrega de documentos e liberações por autoridades sanitárias.
Neste domingo (24), a única agenda foi uma recepção na casa do embaixador brasileiro na China. Com isso, parte da delegação aproveitou para conhecer locais históricos como a Muralha da China e a Cidade Proibida, em Pequim.
Nesta segunda-feira (25), será mais um dia de agendas intensas, com visitas a empresas como o grupo Citic, a empresa chinesa do setor automotivo GWM, além de uma unidade de produção de hidrogênio verde.