Guilherme Kolling, de Tóquio
A notícia da investigação da Polícia Federal que aponta um plano no fim de 2022 para matar o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes repercutiu entre a delegação gaúcha desde o início das primeiras horas da manhã desta quarta-feira (20) - Tóquio está 12 horas à frente de Brasília no fuso-horário.
“Recebo (essas informações) com muita preocupação e com indignação, porque a democracia é um valor para todos nós. Ela não é perfeita, tem seus problemas, mas imaginar que chegue ao nível de conjecturar e articular um plano desses, para um golpe, a execução do presidente que foi eleito pela população é algo estarrecedor, merece a mais profunda investigação”, afirmou o governador Eduardo Leite.
O chefe do Executivo observou que o Judiciário ainda fará uma análise mais profunda sobre o caso. “Se forem confirmados os indícios que estão aí aparecendo, conseguirem demonstrar essa articulação, merecerão a mais profunda repressão, com a pena severa, rigorosa, para mostrar que o País não dará espaço para esses planos absurdos”, completou Leite.
O governador disse que respeita as instituições “tanto agora quanto no passado”, apontando que, em meio à polarização do País, havia contestação no passado à investigação de casos de corrupção em governos do PT e agora há críticas à atuação da Justiça contra atos considerados golpistas por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).