*Manoel Lisboa é consultor do Sinplast-RS pela Valorização do Plástico Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS
Enfrentamos um momento de profunda reflexão e ação decisiva. O que estamos vivendo no Rio Grande do Sul é alarmante e o nosso dever agora é responder com responsabilidade e inovação. É imperativo que, ao iniciarmos a reconstrução, pensemos e ajamos de maneira sustentável. Precisamos começar diferente, fazer diferente, e fazer agora com os olhos no futuro. Temos uma oportunidade única de reimaginar nossas cidades, de reconstruir não apenas com tijolos e cimento, mas pelo viés da sustentabilidade.
No RS, temos um setor forte que fala há décadas sobre esse tema, que luta por mais espaço para o debate, que estuda e busca tecnologias pensando em um mundo melhor. É no nosso Estado que reunimos a segunda maior concentração de indústrias brasileiras do plástico, representando 10% dos empregos do setor no Brasil. É um setor produtivo atento a um presente e a um futuro melhor para as pessoas e para o meio ambiente.
Mas, diante de toda essa catástrofe, pergunto: será mesmo inteligente proibir o plástico no dia a dia das pessoas como temos visto na caneta de muitos parlamentares? Ou até mesmo divulgar inverdades sobre esse material nas redes sociais em troca de likes? Antes de continuar aplaudindo esse tipo de ação, pense se, nas últimas semanas, você não usou pelo menos um item descartável de plástico para ajudar a algum desabrigado ou até mesmo para consumir água potável? Imagine, por alguns segundos, como teria sido a fase dos salvamentos das pessoas sem a proteção oferecida pelo plástico? E agora você acha que seria possível recuperar nosso Estado sem o uso desse material?
Pois então, este Dia Mundial do Meio Ambiente, nossa proposta é que estejamos todos unidos, em uma só voz, e responsáveis por uma retomada de forma sustentável. Somos um setor produtivo, assim como todos os outros, que precisa de forças para reerguer nossas indústrias e está disposto a fazer diferente. Precisamos trabalhar no replanejamento urbano e em construções resilientes, na gestão eficiente da água, com sistemas de coleta e armazenagem, e prever o reflorestamento e a recuperação de ecossistemas, sem falar na energia renovável e na economia circular, que são temas que não podem mais sair da pauta. E mais do que isso, é urgente a educação e o envolvimento de todos nas práticas sustentáveis, reciclando e dando o destino correto aos materiais.
A verdade é que o plástico está aí, colaborando em todos os níveis para essa reconstrução. Por isso, como indústria, vamos nos reerguer buscando o apoio dos cidadãos e dos governantes para olharmos juntos para o futuro com esperança e determinação. Cada decisão tomada hoje moldará o amanhã. O Plástico Preserva! Dê o destino correto a ele.