Em meio a maior tragédia climática vivenciada pelo Rio Grande do Sul, o Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (Iecam), que retomou, em janeiro de 2024, o Projeto Ar, Água e Terra, com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, foi mais uma entidade que atuou para auxiliar a sociedade. Desde o início das enchentes, o Instituto passou a dar assistência, junto com outros grupos indigenistas, aos povos Mbya Guarani, Kaingang, Xoklerng e Charrua, localizados em mais de 39 municípios gaúchos que foram diretamente impactados pelas águas.
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Historicamente desassistidas, as minorias indígenas tiverem também um enorme impacto em suas aldeias e modo de vida intimamente ligados ao respeito à natureza. Em alguns casos, aldeias inteiras foram destruídas, pelas águas e até mesmo por ações do próprio Estado que buscava restauração das estradas ou vias de acesso rodoviários. Alimentos, roupas, água potável e demais itens de primeira necessidade foram e seguem sendo enviados às comunidades. No RS, a situação fundiária é de 48 TI, sendo 21 da etnia Guarani (FUNAI, 2019). O Projeto Ar, Água e Terra envolve 10 aldeias localizadas nas regiões metropolitana de Porto Alegre, Central e Litoral norte, médio e sul do Estado.
Embora o Projeto seja focado no trabalho direcionado à etnia Mbya Guarani do RS, neste momento, a atuação foi ampliada a todas as etnias atingidas no Estado. As equipes não indígenas e indígenas do projeto estão no mapeamento diário das demandas emergenciais destes povos. Além disso, ações com demais entidades estão sendo organizadas para chamar à atenção para a urgente necessidade de recuperação ambiental das áreas degradadas dos biomas Mata Atlântida e Pampas Sulinos. A 19ª edição do Atlas da Mata Atlântica, publicada em meados de maio deste ano, divulgou que resta apenas 10% de Mata Atlântica original no RS.