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Prêmio Destaques do Ano

- Publicada em 06 de Junho de 2023 às 16:37

Retomar confiança do empresário é principal desafio para 2023, aponta Fiergs

Presidente da Fiergs, Gilberto Petry, recebeu troféu nos 90 Anos do JC

Presidente da Fiergs, Gilberto Petry, recebeu troféu nos 90 Anos do JC


EVANDRO OLIVEIRA/JC
O mais recente Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), atingiu 46,2 pontos em maio, 0,2 ponto a menos do que em abril. Desde novembro de 2022, o indicador permanece abaixo de 50 pontos e se aproxima a períodos de crises, como julho de 2005 (44,5 pontos), quando houve estiagem histórica; e janeiro de 2009 (45,5 pontos), por conta da crise financeira global de 2008. Para o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, a retomada da confiança do empresariado é, justamente, o principal desafio para a indústria neste ano. “A retomada da confiança do empresariado é um dos principais pontos para permitir que os investimentos voltem a aumentar. Para que ela retorne a patamares adequados, é necessário que o governo federal empreenda reformas desburocratizantes. E se controlar a inflação, as taxas de juros que oneram o crédito para capital de giro e investimento das empresas podem começar a cair sem pressionar os preços. Isto elevará a confiança”, defende Petry. Recentemente, a entidade promoveu encontro de especialistas que debateram as propostas de reforma tributária (PEC 45/2019 e PEC 110/2019) que estão em discussão na Câmara dos Deputados. Na ocasião, a Fiergs lançou um manifesto sobre o assunto, defendendo "a aprovação urgente de uma reforma tributária ampla, que substitua tributos federais, estaduais e municipais por um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), buscando simplificar o atual sistema tributário e alinhar o Brasil ao que tem sido praticado internacionalmente". O manifesto ainda cita que a proposta que passar não pode resultar em um aumento da carga tributária total e os atuais incentivos fiscais devem ser mantidos durante o período de transição para o novo modelo. Para a entidade, uma extinção repentina dos incentivos reduziria a rentabilidade prevista dos investimentos e agrediria o princípio de respeito aos contratos firmados.Petry ressalta que a elevada carga tributária foi apontada como o principal problema da indústria em dois terços (66,67%) das 75 edições da pesquisa Sondagem Industrial, feita pela Fiergs. “Sobretudo nos períodos de crescimento, quando limitava o desempenho das empresas frente aos concorrentes internacionais”, pontua o dirigente. Além da mudança no sistema tributário, ele chama atenção para o desequilíbrio fiscal atual do País, que acaba tendo papel deteriorante nas expectativas do empresariado, bem como nos índices de inflação. Também cita a necessidade de melhorar a infraestrutura do Brasil, em especial, as vias de escoamento das mercadorias e insumos. “A maior parte é escoada por via rodoviária e com isso surgem alguns problemas. Uma melhora na infraestrutura, com o intuito de se diminuir os custos logísticos, é indispensável para um bom desenvolvimento sem pressão nas cadeias de preço e para que os produtos da indústria gaúcha se mantenham competitivos em nível nacional e internacional”, defende.
O mais recente Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), atingiu 46,2 pontos em maio, 0,2 ponto a menos do que em abril. Desde novembro de 2022, o indicador permanece abaixo de 50 pontos e se aproxima a períodos de crises, como julho de 2005 (44,5 pontos), quando houve estiagem histórica; e janeiro de 2009 (45,5 pontos), por conta da crise financeira global de 2008. Para o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, a retomada da confiança do empresariado é, justamente, o principal desafio para a indústria neste ano.

“A retomada da confiança do empresariado é um dos principais pontos para permitir que os investimentos voltem a aumentar. Para que ela retorne a patamares adequados, é necessário que o governo federal empreenda reformas desburocratizantes. E se controlar a inflação, as taxas de juros que oneram o crédito para capital de giro e investimento das empresas podem começar a cair sem pressionar os preços. Isto elevará a confiança”, defende Petry.

Recentemente, a entidade promoveu encontro de especialistas que debateram as propostas de reforma tributária (PEC 45/2019 e PEC 110/2019) que estão em discussão na Câmara dos Deputados. Na ocasião, a Fiergs lançou um manifesto sobre o assunto, defendendo "a aprovação urgente de uma reforma tributária ampla, que substitua tributos federais, estaduais e municipais por um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), buscando simplificar o atual sistema tributário e alinhar o Brasil ao que tem sido praticado internacionalmente".

O manifesto ainda cita que a proposta que passar não pode resultar em um aumento da carga tributária total e os atuais incentivos fiscais devem ser mantidos durante o período de transição para o novo modelo. Para a entidade, uma extinção repentina dos incentivos reduziria a rentabilidade prevista dos investimentos e agrediria o princípio de respeito aos contratos firmados.

Petry ressalta que a elevada carga tributária foi apontada como o principal problema da indústria em dois terços (66,67%) das 75 edições da pesquisa Sondagem Industrial, feita pela Fiergs. “Sobretudo nos períodos de crescimento, quando limitava o desempenho das empresas frente aos concorrentes internacionais”, pontua o dirigente.

Além da mudança no sistema tributário, ele chama atenção para o desequilíbrio fiscal atual do País, que acaba tendo papel deteriorante nas expectativas do empresariado, bem como nos índices de inflação. Também cita a necessidade de melhorar a infraestrutura do Brasil, em especial, as vias de escoamento das mercadorias e insumos.

“A maior parte é escoada por via rodoviária e com isso surgem alguns problemas. Uma melhora na infraestrutura, com o intuito de se diminuir os custos logísticos, é indispensável para um bom desenvolvimento sem pressão nas cadeias de preço e para que os produtos da indústria gaúcha se mantenham competitivos em nível nacional e internacional”, defende.

Protagonismo no papel de promover indústria gaúcha é reconhecido

A Fiergs tem a sua trajetória entrelaçada com o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, assumindo o protagonismo na tarefa de promover a industrialização do Estado. Entre as intervenções históricas, estão o lançamento na década de 1980 do estudo "RS Anos 90", que buscava antecipar o futuro do segmento no Estado, o "Relatório Sayad" e a "Agenda 2020", que apontavam os caminhos da indústria gaúcha.

Na celebração aos 90 anos do JC e do Dia da Indústria, a entidade foi reconhecida com o prêmio Destaques do Ano na categoria Indústria. No evento, realizado na Fiergs, Petry ressaltou a importância do setor produtivo para o Estado. “O fato de estarmos aqui reunidos só foi possível porque utilizamos produtos industriais de vários segmentos: o transporte que nos trouxe; o vestuário que nos abriga e destaca; a agroindústria que nos alimenta; o setor moveleiro que nos dá conforto; a indústria eletroeletrônica que fornece o som, luzes e imagens; passando, logicamente, pela indústria gráfica que é parceira do Jornal do Comércio há nove décadas.”