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Indústria gaúcha projeta desaceleração no segundo trimestre
Gilberto Petry estima que projeção da indústria para o ano é de crescimento, podendo chegar 25,3%
Representando Dia da Indústria, Petry pontuou os desafios enfrentados para atingir a estimativa. “A indústria gaúcha, no primeiro semestre, está sofrendo com a troca de governo. Vinha em um nível bom e, depois, os empresários deram uma parada para saber o que o novo governo iria apresentar. Estamos em maio e agora que estão surgindo os primeiros pontos, como o arcabouço fiscal e mais programas. Em função disso, a indústria ainda está andando em um ritmo um pouco lento”, percebe o presidente da Fiergs.
A percepção é compartilhada por David Randon. Para o empresário da Randoncorp, a atenção às contas públicas e o compromisso em gerar infraestrutura necessária para a indústria são pontos-chave para que o setor tenha, em 2023, números positivos. “É um ano em que estamos um pouco apreensivos pelo momento, na expectativa de alguns projetos que estão para passar na Câmara, no Senado. Posso ter a liberdade de falar não só como empresário, mas também na sociedade, que não estão tendo muito cuidado com os gastos públicos”, diz, destacando a necessidade de mais investimentos em infraestrutura. “O Brasil precisa de infraestrutura. Para produzir no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro estado, se você não tiver uma condição de infraestrutura o suficiente, do portão para fora da empresa, nós começamos a nos tornar mais ineficientes. E ali o problema é muito sério na competitividade”, pontua.
Entrando na reta final do primeiro semestre, Randon destaca as taxas de juros como entraves do ano para a empresa de Caxias do Sul. “A empresa vem num ritmo normal. O que mais nos pesa são os juros. O nosso cliente depende de financiamento e, com juros altos, ele, de certa forma, dá uma retração. O primeiro trimestre foi muito bom, esse segundo está sendo analisado de outra forma. Diria que estamos em um padrão normal, com viés talvez de uma pequena queda na frente”, projeta.
Mesmo em diferentes ramos da indústria, há a percepção de desaceleração no segundo trimestre. Ricardo Vontobel, presidente da Neugebauer, afirma que, o primeiro trimestre, período que compreende uma data-chave para a empresa - a Páscoa -, foi de crescimento em torno de 25%. Agora, o mês de maio tem sido de desaceleração. “Tivemos uma excelente Páscoa, acima cerca de 30%, e já observamos que, a partir deste mês de maio, já começou a desaquecer. Estamos na expectativa para ver se isso é uma questão circunstancial pós-Páscoa ou se já é um efeito macroeconômico que começa a trazer resultados”, pontua. Mesmo com o mês mais lento e uma economia mais freada, como define, a expectativa é fechar o ano com crescimento de 25%. “Vamos em busca disso, mas claro que temos que contar com a economia e com o mercado.” Para atingir esse resultado, a Neugebauer, no segundo semestre, ampliará sua planta fabril. “Nós estamos investindo e dobrando a capacidade da fábrica. A partir de setembro, teremos essa capacidade já instalada, porque estamos acreditando no País, no mercado”, afirma.
A percepção é compartilhada por David Randon. Para o empresário da Randoncorp, a atenção às contas públicas e o compromisso em gerar infraestrutura necessária para a indústria são pontos-chave para que o setor tenha, em 2023, números positivos. “É um ano em que estamos um pouco apreensivos pelo momento, na expectativa de alguns projetos que estão para passar na Câmara, no Senado. Posso ter a liberdade de falar não só como empresário, mas também na sociedade, que não estão tendo muito cuidado com os gastos públicos”, diz, destacando a necessidade de mais investimentos em infraestrutura. “O Brasil precisa de infraestrutura. Para produzir no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro estado, se você não tiver uma condição de infraestrutura o suficiente, do portão para fora da empresa, nós começamos a nos tornar mais ineficientes. E ali o problema é muito sério na competitividade”, pontua.
Entrando na reta final do primeiro semestre, Randon destaca as taxas de juros como entraves do ano para a empresa de Caxias do Sul. “A empresa vem num ritmo normal. O que mais nos pesa são os juros. O nosso cliente depende de financiamento e, com juros altos, ele, de certa forma, dá uma retração. O primeiro trimestre foi muito bom, esse segundo está sendo analisado de outra forma. Diria que estamos em um padrão normal, com viés talvez de uma pequena queda na frente”, projeta.
Mesmo em diferentes ramos da indústria, há a percepção de desaceleração no segundo trimestre. Ricardo Vontobel, presidente da Neugebauer, afirma que, o primeiro trimestre, período que compreende uma data-chave para a empresa - a Páscoa -, foi de crescimento em torno de 25%. Agora, o mês de maio tem sido de desaceleração. “Tivemos uma excelente Páscoa, acima cerca de 30%, e já observamos que, a partir deste mês de maio, já começou a desaquecer. Estamos na expectativa para ver se isso é uma questão circunstancial pós-Páscoa ou se já é um efeito macroeconômico que começa a trazer resultados”, pontua. Mesmo com o mês mais lento e uma economia mais freada, como define, a expectativa é fechar o ano com crescimento de 25%. “Vamos em busca disso, mas claro que temos que contar com a economia e com o mercado.” Para atingir esse resultado, a Neugebauer, no segundo semestre, ampliará sua planta fabril. “Nós estamos investindo e dobrando a capacidade da fábrica. A partir de setembro, teremos essa capacidade já instalada, porque estamos acreditando no País, no mercado”, afirma.
Indústria celebra os 90 anos do Jornal do Comércio
Durante a abertura do almoço na Fiergs que celebrou os 90 anos do Jornal do Comércio e o Dia da Indústria, Gilberto Petry revelou que é leitor assíduo da publicação e adepto do papel. “Eu leio jornal diariamente e nunca saio de casa sem ler. Gosto do papel”, disse o presidente da Fiergs. Para David Randon, celebrar os 90 anos do diário de economia e negócios do Rio Grande do Sul é um atestado da qualidade e da credibilidade do Jornal do Comércio. “Os 90 anos estão aí porque tem uma história muito bonita. Gosto muito de ler o Jornal do Comércio, falo que, dentre as empresas de comunicação, ele toca em assuntos muito importantes, não só empresariais, mas cotidianos da vida, um jornal que dá muitas informações importantes. Espero que continue por mais 90 anos”, desejou Randon.