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Zaida Jarros comandou o JC por três décadas
Fundadora do Jornal do Comércio, Zaida Jayme Jarros apoiava Jenor Cardoso Jarros desde a primeira edição. Mas passou a ter dedicação exclusiva ao JC após a morte prematura do marido, em novembro de 1969.
• LEIA TAMBÉM: E a concorrência era forte nos anos 1970 - Porto Alegre ainda tinha sete diários: JC, Correio do Povo, Diário de Notícias, Folha da Tarde, Folha da Tarde Esportiva (depois Folha da Manhã), Jornal do Dia e Zero Hora. Com Zaida e Delmar, o JC se firmou como o jornal de economia e negócios do Estado. E resistiu à crise na imprensa gaúcha: em meados dos anos 1980, apenas dois diários se mantinham na Capital, o Jornal do Comércio e ZH.
Professora e ativista de causas nobres
Zaida Jayme Jarros nasceu em Porto Alegre, em 15 de outubro de 1913. Iniciou os estudos no Colégio Americano, transferindo-se depois a Santa Maria, onde se formou professora no Colégio Centenário. Filha do pastor Eduardo Menna Barreto Jayme, desde cedo dedicou-se à filantropia e à assistência social, valendo-se do magistério e de sua atuação na Igreja Metodista para concretizar valioso projeto comunitário.
Quando voltou a Porto Alegre, Zaida conheceu o jovem Jenor Cardoso Jarros, que depois fundaria o Jornal do Comércio. Casaram e tiveram dois filhos, Delmar e Noemi. Desde logo, Zaida colaborou para a consolidação do então Consultor do Comércio, inclusive corrigindo textos, dados e tudo o mais que, pioneiramente, era publicado.
Liderança nata, presidiu a Federação das Senhoras Metodistas, participou do Rotary Club e, após a morte de Jenor, sucedeu-o na Sociedade de Proteção e Amparo aos Necessitados (Spaan).
Além da direção firme do Jornal do Comércio, Zaida Jarros notabilizou-se por estar sempre disponível, desde as mais altas autoridades federais, estaduais e municipais que visitavam o JC até um anônimo, mas importante entregador, a quem auxiliava na solução de problemas dos mais diversos, pessoais e profissionais, incluindo familiares.
Em 1998, Zaida e Delmar Jarros iniciaram a transição para o processo de profissionalização do Jornal do Comércio. Ela faleceu aos 90 anos, em março de 2004, e deixou exemplos de amor à vida, intensa solidariedade, espírito cristão, tirocínio empresarial e um forte poder aglutinador.