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Publicada em 26 de Abril de 2024 às 08:52

Armazenamento de gás carbônico é nova tecnologia da transição verde

Novos equipamentos chamados atuadores barateiam o transporte de CO2 por dutos para o fundo do mar

Novos equipamentos chamados atuadores barateiam o transporte de CO2 por dutos para o fundo do mar

Guilherme Kolling/Especial/JC
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Guilherme Kolling
Guilherme Kolling Editor-chefe
De Hannover (Alemanha)
De Hannover (Alemanha)
O hidrogênio verde é o mantra repetido e visto em estandes por todos os 15 pavilhões da Feira de Hannover neste ano. Entretanto, ainda é um projeto de futuro, a produção do combustível, por ora, se dá em plantas piloto, e as perspectivas mais otimistas de uma geração em larga escala do combustível são para 2030.

Nesse cenário, uma nova tecnologia despontou na feira deste ano: a captura e armazenamento de gás carbônico. É o chamado CCS (na sigla em inglês, Carbon Capture and Storage). O tema esteve presente desde a abertura oficial do evento em Hannover, quando o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, citou a iniciativa de levar CO2 da Alemanha por navios para ser armazenado no país escandinavo, pioneiro na tecnologia.
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A iniciativa é vista como uma maneira de ajudar a zerar as emissões atmosféricas de algumas atividades que dificilmente conseguiriam essa meta em médio prazo. “Não dá para descarbonizar tudo, então, essa tecnologia CCS é decisiva para zerar emissões”, observou o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz.

A tecnologia CCS também está presente em alguns estandes na Feira de Hannover. Um deles, inclusive, foi incluído entre os destaques da feira apresentados em um roteiro para a imprensa internacional. Trata-se da empresa Rexroth, que pertence ao Grupo Bosch, e lançou uma linha de atuadores, equipamentos que ajudam a levar o gás carbônico em tubos para o fundo do mar, gastando menos energia e de forma segura.

O gás é comprido em navios e levado até operações offshore (no meio do mar), e de lá é impulsionado por atuadores, sendo transportando em pipelines (dutos em alto mar), chegando até o subsolo. A vantagem dos equipamentos apresentados pela Rexroth é que reduzem custo – que é o principal desafio para viabilizar o armazenamento de CO2 – e o gasto de energia para transportar o CO2 no fundo do mar.

Seria como um pré-sal ao contrário, isto é, ao invés de captar o petróleo do fundo do mar, o gás carbônico é depositado lá. Segundo especialistas que apresentaram as tecnologias na feira, os locais são escolhidos após estudos geológicos para minimizar impactos ambientais e há monitoramento desses pontos.

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