Guilherme Kolling, de Hannover (Alemanha)
A digitalização é peça-chave na transformação da indústria. Se em outros tempos, máquinas de ponta e produtos de excelência eram o suficiente para o bom desempenho de uma empresa, esse cenário hoje mudou, e a digitalização também é fundamental para o sucesso de uma indústria.
A digitalização é peça-chave na transformação da indústria. Se em outros tempos, máquinas de ponta e produtos de excelência eram o suficiente para o bom desempenho de uma empresa, esse cenário hoje mudou, e a digitalização também é fundamental para o sucesso de uma indústria.
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A avaliação é de um executivo do Google Cloud, que recebeu a reportagem na Feira de Hannover nesta terça-feira (18), e apresentou alguns projetos desenvolvidos em parceria com outras empresas, utilizando o serviço de nuvem do gigante da tecnologia.
“Máquinas e produtos ainda são decisivos, mas não são o suficiente hoje. A digitalização permite a análise de dados e a melhora dos processos”, explica o executivo. A partir daí, são implementados os conceitos de produção precisa e sob demanda, economizando materiais, energia, reduzindo custos e a geração de resíduos, contribuindo desta forma ao meio ambiente.
“Máquinas e produtos ainda são decisivos, mas não são o suficiente hoje. A digitalização permite a análise de dados e a melhora dos processos”, explica o executivo. A partir daí, são implementados os conceitos de produção precisa e sob demanda, economizando materiais, energia, reduzindo custos e a geração de resíduos, contribuindo desta forma ao meio ambiente.
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Com armazenamento e processamento de dados aliados à Inteligência Artificial, é possível criar, inclusive, novos padrões para as máquinas, o chamado aprendizado, evitando defeitos de fabricação ou aprimorando o controle de qualidade dos produtos. Os dados podem ser obtidos simplesmente através do funcionamento da máquina, registrando e analisando o comportamento, interpretando os padrões para então fazer os ajustes desejados.
Um dos exemplos apresentados no estande do Google Cloud era o de uma empresa que produz assentos de carros. A melhoria usando dados foi feita em peças semelhantes a grampos, que prendem o assento e, às vezes, tinham pequenos desvios em sua colocação, gerando defeitos de fabricação. O uso de dados identificou o percentual de erros, o formato em que ocorriam e ajudou a projetar uma solução.
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Outro case é da Softserve, empresa nascida na Ucrânia que ajuda fábricas a melhorar a eficiência energética através da gestão e otimização do uso de suas máquinas independente do clima. Criada por três professores ucranianos em 2011, a companhia tem hoje 14 mil funcionários em uma operação global. A matriz é nos Estados Unidos, embora o principal escritório na Europa ainda esteja na Ucrânia.
Santibanez (d) explica como a Inteligência Artificial muda o processo de operação do maquinário (Foto: Guilherme Kolling/Especial/JC)
O chileno Sebastian Santibanez, diretor de tecnologia da Softserve, exemplifica que, se estiver muito frio, por exemplo, determinado maquinário pode fazer mais força para iniciar a operação, gastando mais energia. Com Inteligência Artificial, a empresa faz um aprendizado do comportamento da máquina, entende como a temperatura externa afeta o processo e encontra uma fórmula em que o maquinário tenha o mesmo desempenho, mas gaste menos energia. Fabricantes de automóveis estão entre os principais clientes da Softserve, parceira do Google Cloud.