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Publicada em 14 de Abril de 2025 às 02:55

Reputação: construção, disciplina e atitude

Soraia Hanna - crédito Karine Viana

Soraia Hanna - crédito Karine Viana

/Karine Viana/divulgação/jc
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Jornal do Comércio
Os tempos atuais estão marcados por discussões sobre inteligência artificial, manipulação de dados, avanços tecnológicos e todas as suas consequências éticas.
Os tempos atuais estão marcados por discussões sobre inteligência artificial, manipulação de dados, avanços tecnológicos e todas as suas consequências éticas.
Quando pensamos sobre o futuro, dentro das nossas limitações, lançamos perspectivas diversas e projetamos tudo o que pode acontecer daqui a alguns anos. O tema deste caderno - "Ecos do futuro" — aponta justamente para isso.
Mas é próprio da natureza humana esquecer que, quando queremos andar para frente, precisamos antes estar firmes e seguros. Em outras palavras: o passado importa. E muito.
O repertório do que vivemos até aqui é o que nos respalda para tomar atitudes no presente, preparando o caminho para um futuro mais confiável.
É nesse contexto, cada vez mais complexo e desafiador, que se enquadra a dinâmica da reputação. Estamos falando da soma de percepções de variados públicos sobre uma mesma marca - seja ela uma liderança ou uma organização.
É resultado direto de objetivos e propósitos, mas principalmente de ações realizadas. Ou seja: primeiro, fazemos a história; e só depois, vencida essa etapa, é que a contamos. A narrativa eficiente surge daí, porque se baseia na verdade.
Vem desse repertório — que chamamos de "colchão de boa vontade" — a sustentação para fortalecer e preservar a imagem diante da opinião pública. Para além de ações pontuais e espaçadas, é necessário ter integração e recorrência.
Trata-se de uma jornada em que conta cada esforço empregado ao longo dela. Por isso, é decisivo tratar com profissionalismo este que é o maior ativo de um negócio e, também, a maior vulnerabilidade para sua sustentação.
Não há fórmula mágica, mas processos bem estabelecidos a partir de uma cultura empresarial vivida e disseminada entre todos os envolvidos.
Tudo começa por compreender a identidade de uma marca, suas competências e como elas podem ser compartilhadas com os stakeholders de maneira significativa.
Da mesma forma, é preciso mapear todas as suas fragilidades e preparar-se, com responsabilidade, para eventuais episódios de crise. Nenhuma companhia ou líder está imune.
A reputação depende da coerência entre o que somos, o que comunicamos e como somos percebidos. Tem a ver com nossa conexão genuína com os públicos e o impacto que geramos. Um futuro sustentável vem também do legado que erguemos até aqui e o que agregamos de valor à sociedade.
A perenidade de uma marca não se constrói por impulsos ou surfando a última tendência, embora as redes sociais estejam repletas de promessas de soluções fáceis, imediatas — e ilusórias. Os ecos do futuro, portanto, dependem da essência de uma voz firme e atuante do presente.

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