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Publicada em 19 de Dezembro de 2024 às 00:10

Porto Alegre, Estado e União trabalham por soluções para amenizar a crise

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Jornal do Comércio
Com a criação de um fundo de R$ 6,5 bilhões para financiar obras de proteção contra cheias, aprovado em parceria com a União, o Rio Grande do Sul tem, agora, o desafio de reconstruir e prevenir novos desastres climáticos. Entre os projetos previstos para 2025, destacam-se intervenções no rio Jacuí, que já têm destinado uma verba de R$ 531 milhões, e no Arroio Feijó, que conta com aporte de R$ 2,5 bilhões. Sistemas de proteção para os rios Sinos e Gravataí estão em fase de análise ambiental, enquanto o sistema Taquari-Antas avançou para aprovação do plano de trabalho pelo governo federal.

Com a criação de um fundo de
R$ 6,5 bilhões para financiar obras de proteção contra cheias, aprovado em parceria com a União, o Rio Grande do Sul tem, agora, o desafio de reconstruir e prevenir novos desastres climáticos. Entre os projetos previstos para 2025, destacam-se intervenções no rio Jacuí, que já têm destinado uma verba de
R$ 531 milhões, e no Arroio Feijó, que conta com aporte de R$ 2,5 bilhões. Sistemas de proteção para os rios Sinos e Gravataí estão em fase de análise ambiental, enquanto o sistema Taquari-Antas avançou para aprovação do plano de trabalho pelo governo federal.

Em Porto Alegre, de acordo com o prefeito Sebastião Melo, o desastre evidenciou a necessidade de acelerar projetos estruturais e ampliar a colaboração entre as esferas de governo. "Esse evento mostrou que a cidade possui infraestrutura sólida em muitos aspectos, mas também grandes desafios. Estamos com obras em andamento para reconstruir e ampliar sistemas de proteção contra as cheias, estamos revitalizando o Arroio Ipiranga e implementando um plano de adaptação climática que inclui metas de redução de emissões de gases até 2030", elencou.
Entre as ações planejadas, estão projetos de drenagem em áreas críticas como o Cristal e o Lami. Segundo Melo, a cidade também busca mobilizar a população para questões sustentáveis, como o descarte adequado do lixo, apontado como problema frequente, especialmente no Arroio Ipiranga, onde são retirados 700 quilos de resíduos por dia. Ele enfatiza que "a sustentabilidade não pode ser alcançada apenas por ações do governo" e que "a cidade necessita da parceria entre o poder público e a sociedade para se preparar corretamente para os desafios climáticos".
No âmbito estadual, a secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, afirma que a resposta ao desastre, principalmente através do Plano Rio Grande - programa que propõe medidas para atenuar os impactos causados pelas enchentes - não se limita à reconstrução, mas também envolve um planejamento integrado.
"O desastre de maio fez o governo repensar todos os seus projetos e políticas, inclusive os que serão implementados após a gestão atual. Estamos fortalecendo a colaboração entre secretarias, prefeituras e a Defesa Civil. É uma iniciativa abrangente que prepara a população para eventos extremos e assegura que as obras estejam alinhadas à nova realidade climática", afirmou.
A secretária também mencionou o papel do Proclima 2050, lançado em 2023, que incentiva energias renováveis, combate o desmatamento e promove a agricultura de baixo carbono. "A enchente de 2024 acelerou essas medidas. Na COP 29, em Baku, destacamos a importância de estados e municípios no enfrentamento à crise climática. Criamos um roadmap que mapeia como os 497 municípios do estado estão avançando nessa pauta", explicou.

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