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Publicada em 04 de Outubro de 2024 às 00:10

Nova Aliança revisita o passado para construir as bases do futuro

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Jornal do Comércio
A safra de 2023 é definida pelo CEO Heleno Facchin como um divisor de águas para a antiga Cooperativa Aliança, agora denominada Nova Aliança Vinícola Cooperativa. "Estamos fazendo um retorno às origens. O nosso ecossistema de produção trabalha com sucos há duas décadas, mas temos uma relação de 95 anos com o vinho. Essa é a nossa essência e a retomada que estamos fazendo", detalha o executivo, registrando que esta visão decorre da chegada da nova gestão, em 2023.
A safra de 2023 é definida pelo CEO Heleno Facchin como um divisor de águas para a antiga Cooperativa Aliança, agora denominada Nova Aliança Vinícola Cooperativa. "Estamos fazendo um retorno às origens. O nosso ecossistema de produção trabalha com sucos há duas décadas, mas temos uma relação de 95 anos com o vinho. Essa é a nossa essência e a retomada que estamos fazendo", detalha o executivo, registrando que esta visão decorre da chegada da nova gestão, em 2023.
A mudança é radical. Com o novo posicionamento, a gestão muda, o relacionamento com o cooperado muda, assim como a condução enológica, a própria qualidade dos produtos, o planejamento do vinhedo e a administração industrial. "Tudo passa pela relação humana", afirma.
Facchin comemora o avanço do trabalho e destaca que era necessário promover um movimento disruptivo. "É um novo ciclo da marca, uma renovação que vai do vinhedo ao consumidor, em que o produtor é a estrela", salienta. Frisa que a base de todo o negócio da cooperativa está na valorização do viticultor, responsável por assegurar matéria-prima de qualidade para entregar vinhos e espumantes que proporcionem uma experiência de consumo satisfatória para quem comprar o produto.
A estratégia ainda contempla uma nova marca para vinhos e espumantes feitos 100% com uvas vitis viníferas. As linhas Estilo Diamond, Santa Colina, Wave, Aliança e Cerro da Cruz serão geridas sob a marca NOVA. "Estamos vivendo um novo momento sem deixar de lado a nossa história. Ao olhar para trás, também aprendemos com o tempo e temos certeza que estamos prontos para este novo mundo", assinala Facchin. O reposicionamento de portfólio será consolidado de forma gradual ao longo dos próximos anos.
Para estruturar uma nova base de vinhos e espumantes, a diretoria iniciou, no ano passado, um trabalho junto aos cooperados para inclusão de varietais ainda pouco exploradas no Brasil, como Montepulciano, e fomentar algumas reconhecidas, como Sauvignon Blanc e Sangiovesi, bem como reforçar produtos com perfis já bem elaborados à base de Ancellotta e Marselan. "A grande virada que estamos fazendo não se limita à área de vinhos finos, envolve principalmente espumantes, não somente pelo método charmat, mas também pelo champenoise", registra.
Facchin ressalta como diferencial o ecossistema de produção que a cooperativa tem em Santana do Livramento, o que permite ter produtos com aspecto de terroir e entrega distinta, pela existência da indicação de procedência. Em área de 400 hectares, são mantidos 50 hectares de vinhedos próprios de vinhas vitis viníferas. O executivo define a unidade como estratégica, razão para estar recebendo investimentos em novos vinhedos e introdução de variedades diferentes. "É um diferencial importante porque estamos presentes em praticamente todos os terroirs no Rio Grande do Sul. Conseguimos expressar os diferentes ambientes de produção de uva do estado e isso é uma riqueza intangível", avalia.
No planejamento estratégico, os vinhedos de uvas de vitis viníferas terão alta significativa no negócio, sem que os demais percam participação em valores absolutos, pois seguirão crescendo de forma orgânica. Num primeiro momento, o suco seguirá sendo o carro-chefe, seguido por vinhos da mesa.

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