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Publicada em 19 de Abril de 2021 às 10:32

Renner oficializa oferta de ações e onde vai gastar o dinheiro

Dinheiro da oferta vai ser aplicado em lojas e canais digitais, novo CD e reforço de braço de cartões

Dinheiro da oferta vai ser aplicado em lojas e canais digitais, novo CD e reforço de braço de cartões

MARCO QUINTANA/JC
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Patrícia Comunello
O Conselho de Administração da Lojas Renner, com sede no Rio Grande do Sul, acordou cedo nesta segunda-feira (19) para oficializar a decisão de fazer uma oferta primária de ações que será feita para investidores com muito poder de fogo. O conselho, por videoconferência, aprovou volume da oferta, onde vai fazer e qual será o destino do dinheiro.  
O Conselho de Administração da Lojas Renner, com sede no Rio Grande do Sul, acordou cedo nesta segunda-feira (19) para oficializar a decisão de fazer uma oferta primária de ações que será feita para investidores com muito poder de fogo. O conselho, por videoconferência, aprovou volume da oferta, onde vai fazer e qual será o destino do dinheiro.  
A informação de que a maior varejista de moda do Brasil pretendia fazer a operação chegou a vazar ao mercado na sexta-feira (16) e depois foi confirmada em fato relevante da companhia de capital aberto. O resultado foi que as ações da varejista fecharam o pregão da B3 com alta de 12%, fechando a R$ 46,90 e elevando o valor de mercado da rede a R$ 37,3 bilhões.
Por volta das 7h, a sessão do conselho teve início e terminou com a aprovação da operação que prevê captação, inclusive com oferta no exterior, como no mercado dos Estados Unidos. A liquidação da oferta foi marcada 4 de maio.
Pela ata da reunião, será uma oferta restrita com distribuição pública primária de, "inicialmente", 102.000.000 "ações da oferta base”. A operação será de esforços restritos em "mercado de balcão não organizado". O conselho indicou que a oferta pode ser ainda maior, com mais 35.700.000 de ações. A captação é estimada em R$ 4 bilhões, mas pode ser muito maior.
A venda vai atingir um número reduzido de investidores, com capacidadefinanceira  maior de compra.
Segundo a ata, os recursos líquidos serão destinados para um conjunto de melhorias e expansões. Um dos investimentos será de construção de um novo centro de distribuição.
Também vão ser direcionados valores para desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema de moda e lifestyle da companhia (com "iniciativas orgânicas e/ou inorgânicas"), digitalização dos processos  e desenvolvimento do canal omnichannel (digital e físico), expansão de serviços financeiros pelo cartão e flexibilidade para realizar investimentos (orgânicos e/ou inorgânicos). "Recursos líquidos remanescentes" vão reforçar o caixa.
O banco líder da coordenação da operação será o Itaú BBA e também vão compor o grupo o BTG Pactual, J.P. Morgan, Morgan Stanley e Santander Brasi. As instituições vão atuar na captação de investidores.  
Em 11 de março, a companhia aprovou a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures simples não conversíveis em ações. Foi a 12ª emissão na história da companhia. Em 2020, a rede fez duas emissões nos mesmos moldes, cada uma de R$ 500 milhões, em abril. Portanto, em menos de um ano, o lançamento de dívidas somou R$ 2 bilhões.
Os recursos são voltados capital de giro, em vez de ir ao mercado bancário, e para fluxo de caixa.

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