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Publicada em 30 de Outubro de 2024 às 18:06

Feira do Livro de Porto Alegre chega à 70ª edição enchendo de encanto a Praça da Alfândega

Edição que comemora os 70 anos de Feira do Livro de Porto Alegre acontece entre os dias 1º e 20 de novembro, com 72 bancas, mais de mil eventos e curadorias inéditas

Edição que comemora os 70 anos de Feira do Livro de Porto Alegre acontece entre os dias 1º e 20 de novembro, com 72 bancas, mais de mil eventos e curadorias inéditas

/EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Maria Eduarda Zucatti
Maria Eduarda Zucatti Repórter
O evento mais aguardado do ano pelos leitores do estado finalmente chegou. Quem passou pelo Centro Histórico nos últimos dias pôde ver os últimos preparativos para a Feira do Livro de Porto Alegre, que inicia nesta sexta-feira, na Praça da Alfândega. Aberta ao público, ela ficará disponível para visitação, compras e passeios até o dia 20 de novembro. Nos 20 dias de Feira, os visitantes poderão conhecer as novidades do mercado literário em 72 bancas, 62 localizadas na área geral e 10 na área infantil e juvenil. Ao todo, serão mais de mil eventos culturais, todos gratuitos, que ocorrerão das 10h às 20h.
O evento mais aguardado do ano pelos leitores do estado finalmente chegou. Quem passou pelo Centro Histórico nos últimos dias pôde ver os últimos preparativos para a Feira do Livro de Porto Alegre, que inicia nesta sexta-feira, na Praça da Alfândega. Aberta ao público, ela ficará disponível para visitação, compras e passeios até o dia 20 de novembro. Nos 20 dias de Feira, os visitantes poderão conhecer as novidades do mercado literário em 72 bancas, 62 localizadas na área geral e 10 na área infantil e juvenil. Ao todo, serão mais de mil eventos culturais, todos gratuitos, que ocorrerão das 10h às 20h.
Celebrando 70 anos, o evento tem como tema O tempo passeia por aqui. E por falar em passeio, a previsão é de que 1,5 milhão de pessoas passem pela Praça e outros espaços que abrigarão atividades culturais e oficinas. O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), Maximiliano Ledur, explica sobre a escolha do tema. “Tudo passa pela feira. Por isso o ‘passeia’, porque realmente, tu andar pela feira é um passeio - e um passeio pelo tempo, por essa celebração dos 70 anos de Feira do Livro”.
O patrono deste ano é Sergio Faraco, escritor gaúcho de 84 anos que se aproximou da literatura pela primeira vez durante seu serviço militar. Ao longo de sua trajetória, Faraco produziu obras de contos, memórias, crônicas e não-ficção – que abordam temas como bilhar (Snooker: Tudo sobre a Sinuca, com Paulo Dirceu Dias, 2005), carros (O Automóvel: Prazer em Conhecê-lo, com Hugo Almeida, 2001) e até o naufrágio do Titanic (O Crepúsculo da Arrogância: RMS Titanic Minuto a Minuto, 2006).
A edição de 2024 da Feira do Livro marca também a superação de um episódio terrível que a população do Rio Grande do Sul enfrentou nos últimos meses. A enchente de maio não só tirou milhares de pessoas de casa como também destruiu parte do Centro Histórico, alagado por mais de 20 dias. Além disso, diversas editoras e gráficas foram afetadas, perdendo, se não em sua totalidade, a maioria de seu acervo físico.
“Em relação aos negócios, a enchente foi pior que a pandemia, porque a gente perdeu muitas obras. As empresas que foram afetadas, vão recomeçar nesta feira, com novos acervos, e algumas livrarias inclusive vão usar o faturamento da Feira para enfim abrir as portas novamente”, projeta Ledur.
Mas uma notícia boa resiste na semana de estreia: o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, já está recebendo pousos e decolagens, o que facilita a vinda de autores de outros países como Luxemburgo, Portugal, Suécia, Jordânia, Uruguai, Argentina, Chile e outros, além dos brasileiros que viajarão de outros estados para o evento.
Para a celebração dos 70 anos do maior evento literário a céu aberto da América Latina, a Feira do Livro terá, entre outras novidades, a primeira curadoria dedicada à Literatura e Cultura Negras. Com coordenação da escritora e musicista Lilian Rocha, o nicho terá saraus, sessões de autógrafos, contação de histórias, oficinas, peças e até shows musicais referentes à cultura afro-brasileira. “A Feira sempre trabalhou com diversidade na busca de novos autores e da bibliodiversidade, mas a presença de uma curadoria faz com que isso seja assertivo e quantitativo, torna tudo ainda mais especial”, reforça o presidente da CRL.
Outro objetivo permanente da Feira é estimular a leitura desde a primeira infância. Em um país onde apenas 52% da população tem o costume de ler, promover um evento deste tamanho pode incentivar aqueles que ainda não possuem o hábito em seu dia a dia. Mesmo com a diferença de preços entre os livros vendidos na Feira e na internet, por exemplo, Maximiliano relata que é a experiência de caminhar entre os balaios que torna tudo tão mágico para o leitor. Os 20 dias de Feira ainda trarão a importância e o reconhecimento para autores, com mais de 700 sessões de autógrafos. A programação completa está disponível no site feiradolivro-poa.com.br.

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