Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (10), o tráfego era intenso nos arredores do parque da 25ª Expodireto Cotrijal, feira que teve início em Não-Me-Toque. Com mais de 600 expositores, o evento reúne produtores do Brasil e do mundo em busca de negócios e novas tecnologias para o setor do agronegócio.
Na abertura oficial, o presidente da Cotrijal, Nei Cesar Manica, ressaltou a necessidade de um Projeto de Lei de securitização (prorrogação de dívidas dos agricultores) para apoiar produtores afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul, que enfrentam secas consecutivas e prejuízos ao solo da enchente de 2024. “O Estado precisa de um olhar diferenciado. Os bancos estão contribuindo, mas precisamos do governo federal, precisamos da securitização e do alongamento das dívidas”, afirmou.
Apesar dos desafios, Manica destacou que a feira representa uma oportunidade única para negócios e inovação. “Os produtores podem buscar conhecimento e relacionamento. Independentemente do tamanho da propriedade, encontrarão soluções para reduzir custos e aumentar a produtividade, como o uso da inteligência artificial no campo, por exemplo”, disse.
O prefeito de Não-Me-Toque, Gilson dos Santos, enfatizou a internacionalização do evento. “São mais de 80 países visitando nossa cidade. Que a Expodireto sirva para tirar ideias do papel”, declarou. Ele também defendeu melhorias na legislação para beneficiar os agricultores.
Os senadores Hamilton Mourão (Republicanos) e Carlos Heinze (Progressistas), além do deputado federal Frederico Westphalen (Progressistas), asseguraram que levarão o tema da securitização ao Congresso Nacional. Na sexta-feira (14), uma audiência pública será realizada na Expodireto para discutir o assunto. O projeto apresentado ao congresso prevê uma securitização de 20 anos.
Na abertura oficial, o presidente da Cotrijal, Nei Cesar Manica, ressaltou a necessidade de um Projeto de Lei de securitização (prorrogação de dívidas dos agricultores) para apoiar produtores afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul, que enfrentam secas consecutivas e prejuízos ao solo da enchente de 2024. “O Estado precisa de um olhar diferenciado. Os bancos estão contribuindo, mas precisamos do governo federal, precisamos da securitização e do alongamento das dívidas”, afirmou.
Apesar dos desafios, Manica destacou que a feira representa uma oportunidade única para negócios e inovação. “Os produtores podem buscar conhecimento e relacionamento. Independentemente do tamanho da propriedade, encontrarão soluções para reduzir custos e aumentar a produtividade, como o uso da inteligência artificial no campo, por exemplo”, disse.
O prefeito de Não-Me-Toque, Gilson dos Santos, enfatizou a internacionalização do evento. “São mais de 80 países visitando nossa cidade. Que a Expodireto sirva para tirar ideias do papel”, declarou. Ele também defendeu melhorias na legislação para beneficiar os agricultores.
Os senadores Hamilton Mourão (Republicanos) e Carlos Heinze (Progressistas), além do deputado federal Frederico Westphalen (Progressistas), asseguraram que levarão o tema da securitização ao Congresso Nacional. Na sexta-feira (14), uma audiência pública será realizada na Expodireto para discutir o assunto. O projeto apresentado ao congresso prevê uma securitização de 20 anos.
Governo estadual anuncia mais de R$ 46 milhões para reduzir impactos da estiagem
Também presente na abertura do evento, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou medidas para mitigar os impactos da estiagem no Estado. Entre as ações, está um decreto que reduz em 99% o prazo para autorização de projetos de irrigação em açudes e barragens de até 3 milhões de metros cúbicos, além da diminuição de 75% no tempo necessário para aprovar barragens de até 5 milhões de metros cúbicos.
Além disso, ele confirmou um repasse emergencial da Defesa Civil estadual aos municípios, por meio de um fundo específico. O total dos recursos chega a R$ 46 milhões. Cidades com até 20 mil habitantes receberão R$ 250 mil; municípios com até 50 mil habitantes terão acesso a R$ 300 mil; e aqueles com mais de 50 mil habitantes contarão com R$ 350 mil. “Essa medida é emergencial, mas também sabemos da necessidade de mudanças estruturantes”, afirmou Leite, reforçando o programa de irrigação do Estado, que prevê auxílio de até R$ 100 mil ou 20% do valor total do projeto para os produtores.
Expositores estão otimistas com as oportunidades de negócios
O diretor comercial da Yara Fertilizantes para a região Sul, Márcio Wally, celebrou a presença da marca na Expodireto desde a primeira edição da feira. “Sempre acreditamos nessa feira, somos um grande parceiro”, comentou. Segundo ele, a empresa preparou condições especiais para negócios. “Estamos trabalhando há mais de 20 dias no alinhamento dessas condições. Penso que este é um ótimo momento para o produtor se posicionar e comprar fertilizantes, uma vez que o mercado já avançou 25% a 30% no ano, e há demanda para o inverno”, explicou.
Wally também destacou que o Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem registrar crescimento no setor. “O mercado está favorável e a demanda deve aumentar, mesmo com a seca. Acreditamos nesse crescimento, principalmente impulsionado pelo milho.” A Yara pretende ampliar em 300 mil toneladas a entrega de fertilizantes nos dois estados, resultando em um aumento de 5% na participação de mercado.
Já para o gerente comercial da Biotrigo para a região Sul, Tiago de Paoli, o foco da empresa na feira é incentivar a ampliação da área cultivada com trigo no Estado. “O trigo é uma cultura resiliente às condições climáticas adversas. Com as previsões que temos para o restante do ano, estamos otimistas”, disse. Ele ressaltou que a empresa está otimista para o crescimento em comparação ao ano passado. “Nosso objetivo é auxiliar o produtor no posicionamento das cultivares, já que a demanda está aquecida. Estamos aqui para esclarecer dúvidas e incentivar a cultura do trigo, que, além de aumentar a produtividade da soja, é a principal cultura de inverno”, explicou.
Para a Expodireto, a Biotrigo está lançando cultivares com manejo mais simples e qualidade superior. “Nosso papel é ajudar o agricultor a escolher a melhor cultura para sua propriedade”, destacou Paoli.
No setor de máquinas agrícolas, o gerente comercial da Metalurgia Netz, Fernando Krawszuk, compartilha a mesma expectativa positiva. “Participamos da Expodireto há 12 anos, e nossas projeções para vendas são boas”, afirmou. Segundo ele, o clima ameno pode incentivar a visitação ao evento. “As temperaturas mais agradáveis animam o produtor a vir ao parque”, avaliou. A empresa, sediada em Santa Rosa e especializada em implementos agrícolas, está lançando um novo guincho com capacidade para duas toneladas nesta edição da feira.
A Expodireto Cotrijal segue até sexta-feira (14) com expectativa de público de quase 300 mil pessoas. Além das oportunidades comerciais, o evento promove debates fundamentais sobre o futuro da agricultura, como sustentabilidade, novas técnicas de manejo e políticas públicas para o setor.