Tradicionalmente, quem chega aos pórticos do parque da Expodireto se depara com um cenário colorido, florido e muito bem-cuidado. Neste ano, os canteiros receberam as mudas de flores produzidas pelo projeto Viveiro de Cidadania, desenvolvido através da parceria entre a cooperativa agropecuária, APAE de Passo Fundo e a cooperativa de ensino Coeducars. Por meio da iniciativa, a Cotrijal emprega mais de 50 pessoas com deficiência intelectual e múltipla para realizar o cultivo de mudas de árvores nativas e flores. "Eles cultivam desde a semente, fazem a germinação e até o cultivo final. Hoje estamos trazendo um pouco dos nossos cravos para embelezamento da área da Expodireto, como todos os anos a gente faz", explicou o viveirista Luciano Vilanova Martins, responsável pela produção.
Durante a feira, o projeto distribuirá mudas de árvores nativas para os visitantes em estande próximo ao pórtico de entrada e saída da Expodireto. "O sucesso foi tão grande e o acolhimento também, tanto do público, quanto da Cotrijal como um todo, que a cada ano o acolhimento é cada vez maior. Todo ano eles estão conosco aqui, tanto no pré-feira quanto durante o evento, fazendo um trabalho maravilhoso conosco", destaca o gerente da Expodireto Cotrijal, Luciano de Moraes.
No ano passado, foram distribuídas mais de 6 mil mudas e, neste ano, o objetivo é de 7 mil mudas, incluindo espécies como Angico, Jacarandá, Leucena, Inga, Araucária, Ipê-amarelo, Flamboyant e Pata de Vaca. "No estande na Expodireto, a própria equipe de PCDs acolhe os visitantes e explica o processo produtivo das rotinas do viveiro, fazendo com que cada um tenha uma imersão vivencial na inclusão social", ressalta a coordenadora do projeto, Maria Carolina Rovani. A produção do Viveiro de Cidadania é destinada aos cooperados da Cotrijal, para a recuperação de áreas degradadas e para a arborização de áreas urbanas e rurais. Além disso, o projeto contribui para a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.