Depois de dois anos de apreensão e incertezas, diante de um cenário de estiagem severa que castigou lavouras e animais pelo Rio Grande do Sul afora, os bons ventos e as boas chuvas voltam a dar um alento para os agricultores gaúchos e proporcionar a realização da 24ª Expodireto Cotrijal de alma mais leve e com tudo para emplacar mais um ano de recorde nos negócios.
Depois de dois anos de apreensão e incertezas, diante de um cenário de estiagem severa que castigou lavouras e animais pelo Rio Grande do Sul afora, os bons ventos e as boas chuvas voltam a dar um alento para os agricultores gaúchos e proporcionar a realização da 24ª Expodireto Cotrijal de alma mais leve e com tudo para emplacar mais um ano de recorde nos negócios.
"Safra cheia com chuva dentro da normalidade são sinônimos de expectativa positiva quanto à comercialização com oferta de maior número de linhas de crédito, taxa Selic em queda e produtores mais capitalizados", avalia o presidente da Cotrijal, Nei César Manica. A resposta positiva da soja nas lavouras, com bom desenvolvimento, apesar do preço achatado no mercado, e a previsão de uma safra de arroz muito boa e com valores altos de comercialização são os principais fatores apontados pelo dirigente que devem refletir diretamente nos negócios da feira. "Diante desse contexto, deveremos ter resultados iguais ou superiores aos de 2023, quando mesmo com seca foram comercializados R$ 7 bilhões", informou Manica.
A novidade para esta edição é o aumento de 2 mil vagas de estacionamento. A mostra contará com 590 expositores, praticamente o mesmo número do ano passado, mas com expectativa de aumento desse total em 2025, ainda não estimado pela organização.
Quanto ao público, os organizadores esperam repetir ou superar as 320 mil pessoas que visitaram a Expodireto, em 2023. O presidente destacou ainda a programação da feira com a realização de alguns eventos tradicionais, como os fóruns da soja, da carne bovina, do milho, do leite, do trigo e florestal, audiências públicas, logística - com discussões sobre a volta do transporte férreo no Estado para escoar a produção -, projetos de irrigação, entre outros.
"A Expodireto será grandiosa como sempre foi, com muita tecnologia, equipamentos e máquinas agrícolas. O mundo inteiro vai estar presente, pois é uma grande feira de negócios", afirma o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira. Ele destaca um componente novo neste ano, que é o clima propício para a colheita de uma boa safra de arroz e soja. "Os produtores ainda estão com dificuldades, em função de duas estiagens seguidas, mas com o cenário positivo devem voltar a comprar, mesmo com o valor do boi muito desvalorizado." Gedeão ressaltou ainda o caráter tecnológico da mostra de Não-Me-Toque e destacou três áreas: máquinas agrícolas, que sempre trazem novidades, indústria química, que é fundamental para uma agricultura moderna, e genética vegetal, que é indispensável para trazer novas variedades.
O presidente do Sindicato de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers/RS), Claudio Bier, diz que a expectativa do setor é de que, durante a Expodireto Cotrijal, aconteça um aumento na procura por máquinas e implementos, especialmente pelo perfil da feira, com foco em negócios, inovação e tecnologia, e onde costumam ser apresentados os principais lançamentos do ano do setor e fechados os primeiros negócios, com a presença marcante das máquinas e implementos agrícolas e o comparecimento maciço de produtores de outros estados e do exterior. O dirigente ressalta que a mostra é uma grande oportunidade de negócios para fabricantes e compradores. "Acreditamos que, em 2024, o produtor volte a investir. Vínhamos de dois ou três anos muito bons, mas o passado foi realmente difícil, agora precisamos que os juros estejam mais acessíveis", reforça o dirigente, referindo-se à queda de 15% nas vendas do setor em 2023.
O presidente da Cotrijal destacou ainda o compromisso da feira em mostrar ao Brasil e ao mundo a importância e o valor do agro. Ele citou que o País é líder global em produção e exportação de soja, açúcar, café e suco de laranja. e que a cada minuto o agronegócio brasileiro exporta
R$ 1,6 milhão.
"A nossa feira foi criada, em 2000, para o agricultor, reunindo todas as soluções que ele precisa. Queremos continuar trabalhando e contribuindo para que a sociedade nos conheça e reconheça cada vez mais como uma parte importante da cadeia de riqueza e valor desse País", afirmou o presidente.
Em sua 24ª edição, a exposição busca reunir agricultores, pecuaristas, autoridades, pesquisadores de 4 a 8 de março, no parque de mais de 130 hectares, no município de Não-Me-Toque, localizado no Planalto Médio do Rio Grande do Sul.
A Expodireto Cotrijal é reconhecida como uma feira que reúne o que tem de mais atual em termos de máquinas e implementos agrícolas, produção vegetal, animal e serviços. Em 131 hectares, também abre espaço para a agricultura familiar, discute os principais temas de interesse do agro, através de fóruns e palestras em dois auditórios, e aproxima empresas estrangeiras e brasileiras, com ampla programação na Área Internacional. E ainda conta com espaço exclusivo para inovação e tecnologia: a Arena Agrodigital.