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agropecuária

- Publicada em 05 de Março de 2023 às 20:47

Debate sobre produção de carne bovina estreia na Expodireto

RS tem somente o nono rebanho do País, e é o sexto estado em abates

RS tem somente o nono rebanho do País, e é o sexto estado em abates


Wenderson Araujo/Trilux/CNA/JC
Eduardo Torres
Os desafios de agregar valor à produção de proteína e consolidar a exportação de carne, com sustentabilidade, como um produto relevante na balança comercial gaúcha, estarão no centro das discussões do 1º Fórum da Carne Bovina, que está marcado para o segundo dia da Expodireto, na terça-feira, no Auditório da Produção.
Os desafios de agregar valor à produção de proteína e consolidar a exportação de carne, com sustentabilidade, como um produto relevante na balança comercial gaúcha, estarão no centro das discussões do 1º Fórum da Carne Bovina, que está marcado para o segundo dia da Expodireto, na terça-feira, no Auditório da Produção.
"Hoje, o pecuarista tem a pecha de não ser sustentável, e temos trabalhado muito para aumentar cada vez mais o compromisso deste produtor. O problema é que o frigorífico não paga a mais ou não diferencia este produtor sustentável. Por consequência, o consumidor ainda não procura pela 'carne verde'", explica o presidente do Instituto Desenvolve Pecuária (IDP), Luiz Felipe Barros.
Não à toa, o fórum trará o mercado de carbono para a sua pauta como forma de atrair não só a atenção dos produtores, mas também do poder público sobre a oportunidade que a produção pecuária pode gerar ao País.
"No bioma Pampa, especialmente, temos o ambiente adequado para ter sustentabilidade e ainda gerar renda ao produtor. Estamos falando de uma produção sem desmatamento, que preserva nascentes, tem capacidade de manter campos nativos e hoje não recebe um real a mais por isso. Não há hoje, por exemplo, a possibilidade de certificar a nossa carne com a rastreabilidade de bioma preservado, como acontece no Norte, por exemplo, e é tão valorizado pelo mercado europeu", diz.
Hoje, o Rio Grande do Sul tem somente o nono rebanho do País, e é o sexto estado em abates. O preço ao produtor, segundo Barros, sofreu uma queda de 17% no ano passado. Algo que não se reflete, por exemplo, nas prateleiras. "O problema está na estruturação da cadeia produtiva, e é o que queremos trazer para o debate em um ambiente tão importante como a Expodireto. Com o confinamento do gado em outros estados, algo que no Rio Grande do Sul seria muito caro, os frigoríficos estão com seus estoques preenchidos, e eles determinam o preço ao consumidor", define Barros.
Segundo ele, a estiagem impactou ainda mais no preço ao produtor. Com insegurança para manter o gado no campo, aqueles que já estavam gordos foram todos vendidos, com grande oferta, aos frigoríficos.
 
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