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Publicada em 20 de Agosto de 2024 às 15:54

Redes supermercadistas revisam expansão pós-cheias

Center Shop teve cinco lojas atingidas no Centro e no Quarto Distrito

Center Shop teve cinco lojas atingidas no Centro e no Quarto Distrito

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
A enchente mudou planos de redes de supermercado. Duas bandeiras de Porto Alegre e Região Metropolitana que tiveram lojas inundadas e até saqueadas revisaram a intenção de fazer expansão ou mesmo recolocar unidade em operação. Center Shop e Codebal são exemplos de como empresas do segmento reagiram ao evento climático histórico.
A enchente mudou planos de redes de supermercado. Duas bandeiras de Porto Alegre e Região Metropolitana que tiveram lojas inundadas e até saqueadas revisaram a intenção de fazer expansão ou mesmo recolocar unidade em operação. Center Shop e Codebal são exemplos de como empresas do segmento reagiram ao evento climático histórico.
A Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) criou, dentro do ritmo da emergência que estava instalada, uma ferramenta, o aplicativo Ajuda Sul, para auxiliar, monitorar e definir ações de apoio aos supermercadistas afetados. Pelos dados do app, pelo menos 500 empresas, quase 400 supermercados - também foram incluídos fornecedores que abastecem supermercados, relataram impactos. A Agas avalia, considerando a evolução e como as lojas foram voltando ou não que, pelo menos, 10% a 15% dos pontos não vão reabrir. Revisão de localização e dificuldade financeira explicam o número. 
"Tem de rir para não chorar", resume Leandro Brunetto, um dos diretores da rede Center Shop, de Porto Alegre. A rede teve cinco unidades afetadas, quatro delas inundadas - três no Centro e uma no Quarto Distrito e e uma afetada por falta de luz. Para poder acelerar a reabertura, a rede contratou geradores. A conta para cobrir prejuízos e recompor as operações supera R$ 2 milhões. "Em 25 dias, depois que a água baixou, conseguimos reabrir todas as lojas", conta Brunetto. "Montamos uma força tarefa, tivemos de refazer parte elétrica nos prédios alugados. Montamos quatro equipes para dar conta de cada etapa", descreve ele. Brunetto comenta que a rede fez revisão do planejamento de crescimento. "Com a enchente, tivemos de segurar. A gente ia expandir, tínhamos ideia de abrir loja. Agora não temos e nem prazo". 
Colocar as lojas de volta ao fluxo dos clientes." A rede vinha numa expansão, com reposicionamento de lojas, fechando unidades justamente no centro histórico e realocando, buscando maior proximidade com bairros. Por isso, o Centro Shopping passou a conviver com moradores da Zona Sul, Zona Leste, Zona Norte, movimento que acontece desde 2019. E que também acrescentou mais lojas na rede que tem hoje 13 unidades. De Porto Alegre para Eldorado do Sul, uma das cidades que foi arrasada pelas águas. A Codebal, que é uma das redes locais, com três operações na cidade, também sofreu muito com o evento climático. Tinha sofrido em 2023 e de novo sentiu o impacto da água batendo nas lojas.

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