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Publicada em 04 de Dezembro de 2024 às 20:06

"Pesquisadores precisam se aproximar mais da sociedade", diz Simone Stülp

Simone Stülp destaca a conexão dos programas da Fapergs com o Plano de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul

Simone Stülp destaca a conexão dos programas da Fapergs com o Plano de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Para a secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, os pesquisadores precisam se aproximar cada vez mais da sociedade. "É fundamental e importante que a sociedade do Rio Grande do Sul consiga compreender o papel de uma Fundação de Amparo à Pesquisa", destaca.
Para a secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, os pesquisadores precisam se aproximar cada vez mais da sociedade. "É fundamental e importante que a sociedade do Rio Grande do Sul consiga compreender o papel de uma Fundação de Amparo à Pesquisa", destaca.
Segundo a secretária, nos 60 anos da instituição que serão comemorados no dia 31 de dezembro, é necessário que ocorra a publicização da importância da pesquisa, da ciência, da tecnologia e da inovação na vida de toda a sociedade gaúcha.
Simone defende ainda o fortalecimento da fundação por meio de programas que sejam estruturantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e alinhados com o Plano de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul lançado pelo governo do Estado.
Jornal do Comércio - Como avalia a importância da Fapergs ao longo desses 60 anos?
Simone Stülp - A Fapergs é uma das Fundações de Amparo à Pesquisa mais antigas do Brasil. Trabalhamos vinculado à área da pesquisa e do desenvolvimento e percebemos o quanto a fundação, criada há 60 anos, contribuiu para um olhar de construção do País. Muitas das políticas nacionais, sem dúvida, tiveram inspiração em políticas estaduais discutidas na Fapergs. Muitos pesquisadores da fundação, em outros momentos, ocuparam cargos importantes no cenário nacional de ciência, tecnologia e inovação. O Rio Grande do Sul é um Estado destaque em produção de conhecimento, e isso se deve aos programas lançados pela instituição. Se hoje somos destaque no cenário nacional, tudo se deve ao papel da Fapergs.
JC - Quais as contribuições da pesquisa, tendo em vista a busca de soluções para problemas pontuais da população gaúcha?
Simone - Olhando para pesquisa, é preciso cada vez mais a publicização da importância da pesquisa, ciência, tecnologia e inovação na vida de toda a sociedade gaúcha. Vou dar o exemplo da pandemia da Covid-19: nos posicionamos diferentes e conseguimos enfrentar uma pandemia em função do papel da pesquisa, onde rapidamente conseguimos desenvolver vacinas que permitiram que voltássemos ao convívio social. Nesse momento, todo mundo conseguiu compreender o papel da ciência e da pesquisa nas suas vidas.
JC - Quais os maiores desafios da fundação a partir de agora?
Simone - Olhando para o futuro, vou citar duas questões que são de extrema importância e relevância: a primeira é que os pesquisadores possam se aproximar cada vez mais da sociedade gaúcha. Que a sociedade consiga compreender o papel de uma Fundação de Amparo à Pesquisa. Este é um desafio de agora para o futuro. A segunda questão vai na linha do fortalecimento da fundação, ou seja, com programas que sejam estruturantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Quando falamos de uma fundação de amparo à pesquisa, estamos tratando de recursos financeiros para que as pesquisas possam ser geradas nas universidades e nos institutos federais. Precisamos, como fundação, ter um horizonte de importantes investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento para que possamos ser um Estado mais resiliente e preparado para o futuro.
JC - Como a Fapergs chega aos 60 anos? Qual seu status?
Simone - A Fapergs está num grau de maturidade muito interessante. Estamos num momento muito bom com programas estruturantes na área de inovação, ciência e tecnologia. Muitos desses programas têm conexão com as universidades e com o setor produtivo. A Fapergs amadurece no momento que ela compreende que cada vez mais o seu papel é tocar os grandes problemas que movem o Rio Grande do Sul. Por meio dos seus programas, a fundação consegue impulsionar o desenvolvimento, a inovação, a ciência e a tecnologia no Rio Grande do Sul.
JC - Qual a visão de futuro para a Fapergs em termos de investimentos em pesquisa e inovação?
Simone - Para o futuro, eu vejo a ligação dos programas da fundação em conexão com o Plano de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, lançado pelo governo do Estado. O futuro da Fapergs estará ligado com a dinâmica de desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
JC - Enquanto pesquisadora, como a Fapergs esteve presente na sua carreira?
Simone - A minha formação foi na área de exatas (Engenharias). Na 5ª série, comecei a me aproximar das ciências e acabei me apaixonando pela área de pesquisa e pelas feiras de ciências que eram realizadas nas escolas. Quando cheguei na graduação, no início da década de 1990, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no primeiro semestre, consegui uma bolsa de iniciação científica da Fapergs. A fundação foi essencial na minha formação e muito do que sou profissionalmente (pesquisadora, professora e hoje secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do governo estadual) está atrelado à Fapergs. Tudo começou com uma bolsa de iniciação científica da instituição.
 

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