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Eu quero ser uma velha incrível, e você?
Pati Pontalti
Tenho 49 anos e poucos arrependimentos na vida. Até porque acho que todas nossas escolhas, inclusive e às vezes, principalmente as erradas, nos fazem ser quem somos. Mas tem algo que realmente eu teria feito diferente: teria praticado exercícios físicos desde jovenzinha, não seria a sedentária e procrastinadora que fui até as portas dos meus 40 anos.
E por que, dentre tantas coisas que eu poderia fazer diferente, eu escolheria exatamente essa? Ora, é a atividade física que nos prepara para envelhecer melhor, que nos garante força para a gente ser independente, que nos dá autonomia para seguir realizando nossos desejos. E, por muito tempo, a minha geração viu na atividade física não um prazer, um benefício, um cuidado, mas, sim, quase castigo, atrelado à perda de peso, a ter um corpo padrão, a ser magra. Que bobagem! Não é isso que penso quando acordo todo dia para correr ou ir para a academia praticar musculação.
Sabe o que penso? Que eu quero ser uma velha f*#a, que se vira, que vive, que carrega as sacolas do supermercado, que sobe escadas, que caminha, que corre, que viaja, que anda por aí, que transa, que ama, que vai ser feliz em todas as idades. Sim. Talvez eu tenha alguma limitação por alguma surpresa da vida, vai saber, mas não é para isso que eu estou trabalhando não. Estou reforçando meu banco muscular e me cuidando para ser eu mesma além de qualquer idade, ativa e de bem com a vida.
E juro. Desde que a atividade física entrou na minha vida, há quase 10 anos, eu me sinto muito melhor, mais disposta, otimista, criativa. Não à toa, né? Os exercícios reduzem estresse e aliviam sintomas de ansiedade e depressão, melhoram a qualidade do sono, ajudam a prevenir doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, liberam endorfina, que, além de nos deixar animadas, age como um analgésico natural no sistema nervoso, fortalecem os ossos, melhoram a capacidade cognitiva, reduzem doenças cardiovasculares e... puxa, eu poderia seguir essa lista, viu, mas vou encerrar dizendo que também nos deixam mais bonitas e gostosas. Que maravilha, hein?
Digo que estou na infância da velhice, mas aprendendo todo dia a cuidar de mim para que os anos que eu tenha pela frente sejam os meus melhores, vivendo em um corpo preparado e com mais sabedoria, valorizando o que realmente faz sentido pra mim e sempre disposta a aprender algo mais. E você?