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Publicada em 24 de Maio de 2024 às 00:15

CMPC cede helicóptero, retroescavadeiras e caminhões para ajudar nos resgates

Empresa lançou ainda o programa social Fibra do Bem, com várias ações

Empresa lançou ainda o programa social Fibra do Bem, com várias ações

/CMPC/Divulgação/JC
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Ana Esteves
Situada às margens do lago Guaíba, no município de Guaíba, a CMPC não chegou a ter prejuízos com as enchentes, mas viu de perto toda a tragédia e se mobilizou para auxiliar no socorro às pessoas e animais vítimas das inundações, com o apoio de máquinas retroescavadeiras, caminhões e um helicóptero que contribuiu nas ações de resgate.
Situada às margens do lago Guaíba, no município de Guaíba, a CMPC não chegou a ter prejuízos com as enchentes, mas viu de perto toda a tragédia e se mobilizou para auxiliar no socorro às pessoas e animais vítimas das inundações, com o apoio de máquinas retroescavadeiras, caminhões e um helicóptero que contribuiu nas ações de resgate.
"Este é um período único na história do Rio Grande do Sul: uma tragédia sem precedentes que já impactou na vida de mais de 2 milhões de gaúchos, sendo que muitas famílias perderam todos os seus bens, fruto do trabalho de uma vida inteira. Desde o primeiro dia de enchentes, estamos mobilizados", afirma o diretor-geral da unidade de Guaíba da CMPC, Jailson Aquino.
A companhia lançou ainda o programa social Fibra do Bem, que abrange uma série de ações, além dos resgates, doações, limpeza, voluntariado e suporte aos órgãos competentes. Foram doados mais de 100 mil itens, incluindo produtos de higiene e limpeza, 4 mil cestas básicas, 750 colchões e banheiros químicos, todos distribuídos para Guaíba, Barra do Ribeiro, Eldorado do Sul, Arroio dos Ratos, Charqueadas, São Jerônimo, Triunfo e General Câmara.
Em Guaíba, a CMPC oportunizou o acesso à água potável, cedendo um gerador elétrico próprio para bombear água aos cidadãos.
O programa também organizou um grande grupo de voluntariado corporativo, que hoje conta com mais de 150 participantes e 300 horas de atividades realizadas. "Esse time, formado por nossos colaboradores, tem se dedicado a atividades de distribuição de doações, recreação, suporte em abrigos e limpeza", diz Aquino.
O Grupo CMPC, em nível global, também criou uma campanha colaborativa para incentivar colaboradores a doarem valores para colegas que tiveram suas residências atingidas pelas enchentes. A cada real doado, a CMPC doará o mesmo valor.
Segundo o executivo, a operação da empresa se mantém estável, apesar da proximidade do lago Guaíba, concentrada em manter a produção ativa em volume que garanta a segurança operacional. Aquino destacou ainda que a silvicultura e o setor de celulose possuem um papel fundamental no controle das mudanças climáticas, especialmente num momento em que temas como desmatamento são apontados como um dos responsáveis pelas alterações ambientais que geram eventos severos, como as chuvas que se abateram sobre o Estado.
"O cultivo do eucalipto contribui com a redução dos gases de efeito estufa (GEE) no ambiente. A nossa base produtiva, que corresponde a aproximadamente 280 mil hectares de plantios, realiza um processo de fotossíntese que neutraliza carbono da atmosfera. Hoje somos uma empresa carbono negativa, ou seja, que sequestra mais GEE do que emite. O volume que capturamos por ano seria capaz de neutralizar até cinco vezes as emissões da frota terrestre de Porto Alegre", explica.
Além disso, a empresa recicla 100% dos resíduos sólidos produzidos na operação industrial. Para alcançar esse índice, desde 1987 conta com o Hub CMPC de Economia Circular, um espaço que transforma resíduos em 13 novos produtos, "um processo sustentável e que gera emprego e renda para a população local", acrescenta Aquino. Desde o ano de 2019, o grupo CMPC assumiu globalmente metas de sustentabilidade em todo o mundo que estabelecem que a empresa deve diminuir em 25% o uso de água nos processos industriais e ser uma companhia com zero resíduo em aterros sanitários até 2025. Também tem como objetivos reduzir em 50% as emissões totais de gases causadores de efeito estufa e ampliar a base florestal em 100 mil novos hectares de área de conservação até 2030.

Setor de aço se mobiliza e foca em pontes

O vice-presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS), Marcelo Kuver, diz que o setor se mobilizou de forma intensa, com o estabelecimento de várias frentes de ajuda com foco em distribuição de roupas e agasalhos, alimentos, na construção de equipamentos de limpeza, como rodos e até mesmo no estudo de projetos referentes ao reestabelecimento de pontes afetadas pela enxurrada.
"Ainda não temos de forma efetiva o real impacto das enchentes, porém trata-se de uma tragédia com consequências para o povo gaúcho e para a economia do Estado do Rio Grande do Sul", afirmou o dirigente. Sobre as expectativas do setor para 2024, em termos de consumo de aço no Estado do Rio Grande do Sul, o dirigente ressalta que eram positivas e de incremento em relação a 2023, quando foram consumidos em torno de 1,4 milhões de toneladas de aço plano.
"Neste momento, em virtude da tragédia ocorrida, estes cálculos serão analisados e entendemos que teremos impactos no volume de consumo de aço plano, com grandeza a ser definida, pois ainda estamos no meio da tragédia e muitos estudos precisam ser feitos para começar a reconstruir o nosso Estado", completou Kuver.

Yara busca atendimento aos colaboradores atingidos pela enxurrada

O desastre climático que destruiu cidades e desalojou milhares de pessoas, em vários municípios do Estado, mobilizou o staff da Yara Fertilizantes para ajudar as vítimas das enchentes. Através de nota, a empresa informou que "o primeiro foco de atuação são as pessoas e, em seguida, garantir que o fertilizante, insumo essencial para a segurança alimentar, chegue ao campo no volume e tempo correto para os agricultores conseguirem uma boa safra, tão importante para a economia da região. Para isso, contamos com uma rede sólida de produção nacional e fornecedores que nos permitem atender o mercado, minimizando impactos na cadeia".
No Rio Grande do Sul, a empresa conta com 2,1 mil funcionários e três unidades operacionais: Rio Grande, onde está a maior e mais moderna planta de fertilizantes da América Latina, Porto Alegre e Cruz Alta.
A inundação de Porto Alegre obrigou a empresa a fechar as portas, pois a unidade situada na Capital dos gaúchos foi tomada pelas águas. "Estamos com as atividades temporariamente suspensas e a expectativa é de que os trabalhos possam ser retomados após os níveis das águas baixarem e os reparos necessários forem realizados", comunicou a empresa.
Além disso, a Yara está monitorando a situação de clientes e parceiros atingidos. "Para atendê-los, estamos ajustando o fluxo e redirecionando as demandas para as unidades operacionais de Rio Grande e Cruz Alta, que vão suprir as demandas do mercado no curto prazo até o retorno pleno das operações na unidade de Porto Alegre."

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