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Publicada em 24 de Maio de 2024 às 00:15

Sinduscon foca em reconstrução e ações emergenciais pelo Estado

Claudio Teitelbaum, do Sinduscon-RS, defende desburocratização

Claudio Teitelbaum, do Sinduscon-RS, defende desburocratização

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Ana Esteves
O Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) é uma das entidades focadas em colaborar para que bairros e, em alguns casos, cidades inteiras se reergam, muitos deles do zero.
O Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) é uma das entidades focadas em colaborar para que bairros e, em alguns casos, cidades inteiras se reergam, muitos deles do zero.
Presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum diz que entre as ações da fase de reconstrução estão iniciativas estruturais e perenes, com base no diálogo junto a municípios e governo estadual e federal. "Entre essas ações está a viabilização e celeridade no processo de construção de alojamentos provisórios em municípios atingidos com os alagamentos, cadastramento de empresas com tecnologia para construção modular para erguer residências em prazo mais reduzido, o mapeamento de habitações de interesse social que hoje estão em via de ser contratadas em construções sem demanda definida ou já construídas, mas ainda não habitadas no Estado."
Também está na mira da entidade a instituição de formas legais para acelerar, desburocratizar e viabilizar novas construções de habitações de interesse social através do Programa Minha Casa Minha Vida, nos municípios atingidos, além da ampliação da captação de recursos e doações de materiais, mão de obra e tecnologia. Para isso, o Sinduscon-RS e a Associação Sul Riograndense da Construção Civil abriram um canal de contato pelo e-mail [email protected].
"Estamos atuando em várias frentes para estabelecer a forma mais adequada e eficaz de atuação nesta tragédia. Esta tem sido a prioridade no momento e para tal estabelecemos duas prioridades: ações emergenciais e de reconstrução. A entidade tem atuado como um elo entre o poder público estadual e municipais e as empresas do setor", afirma Teitelbaum.
As ações emergenciais iniciaram no dia 6 de maio com a participação de dirigentes do sindicato e de empresas associadas na força-tarefa do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre, cooperando na busca de soluções para o reestabelecimento de água à população porto-alegrense. "Além disso, empresas com canteiros de obras paralisados ou parcialmente em atividade, incentivaram o trabalho voluntário organizado por meio do cadastramento junto a prefeituras", diz o presidente.
Além disso, o Sinduscon-RS, através das empresas associadas, tem coordenado doações de equipamentos, material e produtos de primeira necessidade em abrigos e hospitais. Já foram doados reservatórios de água, colchões, águas, produtos de higiene, cestas básicas, banheiros químicos, kits de chuveiros, vasos sanitários e lavatórios, transportes para a distribuição de doações, bombas submersas e quadros de comando elétrico.
Segundo o presidente, as projeções do setor para 2024 eram de estabilidade ou pequena recuperação, principalmente em função da redução da taxa de juros. "Claro que apontávamos como desafios o aumento de impostos e a renda da população. Mas a tragédia que assola nosso Estado exige novas avaliações, que partem da capacidade de levantamento de recursos públicos, agilidade e flexibilidade em medidas provisórias que viabilizem a recuperação do Rio Grande do Sul." Segundo ele, com o agravamento da situação em Porto Alegre, a entidade recomendou às empresas associadas e filiadas, com canteiros de obras nos municípios atingidos por alagamentos, prejudicados com a falta de energia e de abastecimento de água, a paralisação das atividades, mantendo apenas serviços de segurança patrimonial e situações de risco. "A partir do dia 13 foi recomendada uma volta gradual, ordenada e responsável. Porém, há registro de dificuldade de acesso dos colaboradores aos canteiros, bem como de materiais, insumos. Indústrias e fornecedores de serviços também apresentaram dificuldade de produção e logística."

Construtoras formam rede de suporte aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Um abrigo foi estruturado dentro do Centro Universitário Metodista, no bairro Rio Branco, numa parceria que contou apoio de incorporadora

Um abrigo foi estruturado dentro do Centro Universitário Metodista, no bairro Rio Branco, numa parceria que contou apoio de incorporadora

/Cyrela/Divulgação/JC
Desde os primeiros dias da catástrofe que atinge o Rio Grande do Sul, a Melnick focou no enfrentamento da tragédia que se abateu sobre o Estado. Todas as atividades foram paralisadas por 10 dias: suspensão dos canteiros de obras, fechamento de todos os espaços comerciais e da sede administrativa, com o objetivo de atender os colaboradores e seus familiares diretamente atingidos pelas enchentes, dar condições para que todos os demais apoiassem suas famílias e atuassem em ações de voluntariado. "Como uma empresa de engenharia, a incorporadora colocou capacidade técnica e conhecimento a serviço da principal necessidade desse momento de emergência: salvar, acolher e abrigar vidas", afirma o CEO da Melnick, Leandro Melnick.
Ele e outros integrantes da empresa participaram de resgates em Eldorado do Sul, usando jet ski e barcos particulares. Além disso, a empresa garantiu logística e infraestrutura para abrigos, arrecadou e distribuiu doações de alimentos, medicamentos e equipamentos, montou um centro de recebimento e distribuiu doações no stand de vendas localizado no Square Garden, antigo Ginásio da Brigada Militar. "Em parceria com o Instituto Cultural Floresta, doamos combustíveis para aeronaves e helicópteros que transportam donativos", diz o empresário. Com ações de organização de abrigos, a empresa cedeu local e infraestrutura para instalar o Abrigo Aliadas, exclusivo para mulheres e seus filhos.
Junto com o Círculo de Pais e Mães, comunidade educativa do Colégio Americano, Igreja Metodista, Centro Universitário IPA, voluntários do bairro Rio Branco e construtora Cyrela, montou o abrigo nas instalações do IPA, fornecendo o local, com infraestrutura adequada, e garantindo energia, água potável e manutenção. "Também disponibilizamos suporte de infraestrutura e manutenção do ponto de saída e chegada de embarcações para resgates, na Usina do Gasômetro, caminhões-pipa para abrigos e hospitais e reservatório para abastecimento de água da Brigada."

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