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Publicada em 24 de Maio de 2024 às 00:15

Segmento do vestuário revisa projeções de faturamento do ano

Indústrias do Vale do Caí foram as mais atingidas, diz Bridi, do Fitemavest

Indústrias do Vale do Caí foram as mais atingidas, diz Bridi, do Fitemavest

/Fitemavest/Divulgação/JC
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Roberto Hunoff
Roberto Hunoff Jornalista
O isolamento da Região da Serra em função da queda de barreiras nas principais rodovias e estradas de acesso é o principal problema para a indústria do vestuário, que tem neste período do ano o maior consumo de produtos. Os efeitos desta condição foram claramente percebidos no Dia das Mães, segunda data de maior consumo do segmento, com expressiva queda no movimento das malharias.
O isolamento da Região da Serra em função da queda de barreiras nas principais rodovias e estradas de acesso é o principal problema para a indústria do vestuário, que tem neste período do ano o maior consumo de produtos. Os efeitos desta condição foram claramente percebidos no Dia das Mães, segunda data de maior consumo do segmento, com expressiva queda no movimento das malharias.
"A demanda foi muito baixa comparada com outros anos. Não houve movimento de compradores de outras regiões e os nativos, que estavam nas cidades serranas, não se encorajaram a sair. O clima emocional não é bom, todos estão muito abalados", aponta Rogério Bridi, presidente do Fitemavest (Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharias, Vestuário, Calçados e Acessórios da Serra Gaúcha).
Segundo ele, a prioridade é ter mobilidade, pois ajuda em todas as frentes e coloca, novamente, a economia em movimento. "Esperamos a reabertura de todos os acessos o mais breve possível, além de projetos de melhorias para o futuro", salienta. Por entender que a recuperação será longa, também cita a necessidade de aportes públicos significativos para ajudar o setor empresarial. De acordo com o dirigente, indústrias localizadas em municípios do Vale do Caí foram as que mais tiveram perdas nas estruturas físicas, o que exigirá atenção especial do poder público.
Bridi acredita ser possível repetir neste ano os números de 2023 caso o clima se mantenha favorável, com o frio natural do inverno, e as estradas estejam viabilizadas. A estimativa inicial para 2024 era de crescimento em torno de 10% sobre o ano anterior, que já apresentou uma base baixa de receita. Para o dirigente, a demora na liberação total dos acessos pode fazer com que os consumidores habituais da região procurem outras alternativas, embora reconheça que a situação financeira deva interferir nas compras de vestuário em função de, neste momento, não ser prioridade. "Recuperar as casas, certamente, será a principal demanda da população", projeta.
O Fitemavest representa mais de 1.200 empresas localizadas em 26 municípios da base territorial, responsáveis por cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos.

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