Pioneiro, Homero Guerreiro liderou modernização do jornalismo no JC

Por JC

HOMERO GUERREIRO, DIR. DO JORNAL DO COMÉRCIO FOTO BEATRIZ SALLET/ARQUIVO/JC EM 31.10.2001
Os novos projetos anunciados nos 90 anos do Jornal do Comércio, como o Mapa Econômico do RS, mostram que o diário de economia e negócios segue sempre se atualizado. Ao longo de nove décadas, os avanços tiveram alguns marcos, desde a criação do boletim que noticiava a chegada de cargas ao porto da Capital até a consolidação de um robusto noticiário econômico.
Um dos protagonistas da modernização jornalística do JC foi Homero Guerreiro, que dedicou meio século de sua vida ao jornal. Em 1953, o então Consultor do Comércio anunciava em editorial assinado pelo fundador Jenor Cardoso Jarros uma série de transformações.
O empreendedor da imprensa gaúcha chamou um jovem para liderar a transformação do periódico: Homero Guerreiro, que tinha então 23 anos. Natural de Vacaria, ficou no JC até sua morte, em 2002, quando tinha 72 anos. Ao longo de meio século, viu o veículo mudar o nome para Jornal do Comércio e tornar-se diário. E cumpriu a missão de seguir com a linha editorial séria e de credibilidade do JC.
Profissionalizou a redação, contratando jornalistas formados para as funções de repórter e instituindo uma estrutura com editorias e chefia de reportagem. Também implantou a diagramação, na época coordenada por Roque Fachel.
Em 1969, com a morte de Jenor Jarros, foi convidado por Zaida Jarros para ser diretor-editor - o então secretário de redação, Paulo Poli, passou a ser o editor-chefe. No final dos anos 1990, Homero foi incorporado ao Conselho de Administração.
Além de diversas funções na redação do jornal, Homero fez cursos de especialização em Jornalismo no País e no exterior e escreveu dois livros: Jornal do Comércio 60 anos (AGE), de 1994, e Tropeiro da Saudade, coletânea de poesias lançada em 2001.
Paralelamente ao JC, atuou em diferentes momentos no Departamento de Imprensa Oficial, na Corag, governo do Estado, Companhia de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado. Foi vice-presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), dirigente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado, diretor da Agert e da Federasul. Ao lado de Alberto André e Antônio Gonzalez, idealizou a criação do Museu de Comunicação Hipólito da Costa.
Tornou-se referência na imprensa a ponto de o Rotary Club Porto Alegre conceder a Comenda Homero Guerreiro a personalidades que se destacam na comunicação no Rio Grande do Sul.