Resiliente, indústria gaúcha enfrenta desafios para crescer

Atualmente, a indústria representa 23,2% do PIB do Rio Grande do Sul

Por JC

fluxo de carros na br116 - trânsito - automóveis, caminhões - movimento em rodovias, estradas
A indústria gaúcha encolheu nos últimos 12 anos. A informação tem base em dados recolhidos pelo IBGE e pela Confederação Nacional da Indústria. Atualmente, a indústria representa 23,2% do PIB do Rio Grande do Sul. Ao comparar o desempenho atual com os dados de 2009, quando a indústria correspondia a 27,5% do PIB gaúcho, é possível perceber o encolhimento do setor.

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Sobrevivência do ramo de fertilizantes requer foco nas mudanças climáticas

Primeiro e talvez mais brutalmente atingido pelas mudanças climáticas, o agronegócio depende da implantação bem-sucedida da agenda ESG para seguir prosperando ao redor do mundo. A cadeia de fornecimento do setor já compreendeu a importância de aderir ao esforço global para descarbonização da economia. As unidades gaúchas da Yara, gigante global de fertilizantes e de soluções para nutrição de culturas, atuam na agenda ESG.
"Reduzir as emissões de gases de efeito estufa é a ação-chave para minimizar as consequências, enquanto a adaptação e as avaliações de risco também são necessárias para proteger os ativos e a produção de alimentos. Nossas soluções desempenham um papel importante na mitigação de emissões e na melhoria da resiliência das culturas ao estresse climático", salienta a gerente de Saúde, Meio Ambiente, Segurança e Qualidade para a Região Sul da Yara Brasil, Laura Borges.
De acordo com informações da companhia, o Estado recebeu mais de R$ 2 bilhões em investimentos nos últimos anos - parte desse montante para tornar as operações mais eficientes e sustentáveis. Um dos destaques foi a instalação de um "shiploader", carregador de navios, em tradução livre, em seu complexo no Porto de Rio Grande no ano passado.
O equipamento permite o carregamento dos granéis diretamente para o navio, possibilitando inclusive o transbordo dos produtos entre embarcações.
Isso significa que o fertilizante produzido pela unidade ou a matéria-prima importada podem ser passadas de um navio para outro e, das embarcações, para os armazéns da empresa, ou vice-versa.
Na prática, o equipamento garante mais agilidade, reduzindo custos e tempo de operação, aumentando a eficiência. E, principalmente, permite ampliar o transporte de produtos por cabotagem, aproveitando a hidrovia. As barcaças que atravessam carregadas a Lagoa dos Patos em direção a Porto Alegre reduzem o uso dos caminhões, diminuindo as emissões de carbono. Para os próximos cinco anos, há mais projetos para a implantação da agenda ESG.
Os armazéns devem melhorar seu desempenho com a adoção de ferramentas tecnológicas, aumentando os parâmetros de sustentabilidade das operações. "Haverá novos investimentos na gestão hídrica e no controle de emissões atmosféricas nas unidades. A empresa acompanha de perto as oportunidades e as novas tecnologias para manter o compromisso que temos com o planeta", completa Laura.