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JC 90 anos

90 anos do JC

- Publicada em 25 de Maio de 2023 às 00:15

Colaborador mais antigo é referência na crítica de cinema

Hélio Nascimento está em recesso, visitando a família em Londres; coluna semanal no JC retorna no final de outubro

Hélio Nascimento está em recesso, visitando a família em Londres; coluna semanal no JC retorna no final de outubro


/TÂNIA MEINERZ/JC
O único dos colaboradores do Jornal do Comércio em atividade que trabalhou por anos ao lado do fundador Jenor Cardoso Jarros - falecido em 1969 - é o crítico de cinema Hélio Nascimento, 86 anos, que atua no JC desde 1960.
O único dos colaboradores do Jornal do Comércio em atividade que trabalhou por anos ao lado do fundador Jenor Cardoso Jarros - falecido em 1969 - é o crítico de cinema Hélio Nascimento, 86 anos, que atua no JC desde 1960.
No convívio com Jenor, lembra que o então dirigente do JC gostava muito de cinema e até "discutia filmes com a gente lá no escritório. Inclusive foi produtor associado do longa-metragem Vento Norte, de 1951, talvez o filme mais importante da história do Rio Grande do Sul", conta.
Hélio Nascimento também sempre gostou de cinema, mas primeiro foi funcionário no setor administrativo do jornal. Só depois que assumiu a crítica de cinema. Entrou no JC por acaso. Estava desempregado e encontrou o amigo Hiron Goidanich (Goida) na Rua da Praia. Goida, que trabalhava no escritório do JC, no Palácio do Comércio, incentivou Nascimento a ir para o jornal.
Pouco a pouco, o funcionário da administração foi dando contribuições para a seção de cinema, que já saía em todas as edições quando o jornal era trissemanal. Até que ele substituiu o titular Moraes de Oliveira, que deixou a empresa.
Nascimento conciliou as atividades do escritório com a redação por quase uma década. Quando o JC se mudou para a sede da avenida João Pessoa, em 1968, ele continuou dando expediente no Palácio do Comércio, no Centro, mas mandava seus textos para a redação. Até que, pelo aumento das demandas administrativas e pelo crescimento do espaço editorial do jornal, não podia mais manter as duas funções.
Assim, em 1970, ele foi integrado definitivamente à redação na João Pessoa. Aí, além de escrever sobre cinema, passou a colaborar com outros temas, especialmente na parte de cultura. Foi Nascimento quem sugeriu o nome do então novo suplemento de cultura, Panorama, criado em 1983. No ano seguinte, Jayme Copstein, que assumira como novo editor-chefe, convidou-o para editar o caderno, o que fez até 1992, quando se aposentou.
O afastamento do JC foi breve. Jefferson Barros pediu um artigo para o amigo, depois outro foi encomendado e, na segunda metade da década de 1990, Nascimento já estava colaborando regularmente. De lá para cá, publica uma coluna semanal de cinema no caderno Viver.
Hélio Nascimento é referência nacional em crítica de cinema. Além de seis décadas na atividade, teve inúmeros participações no Festival de Cinema de Gramado - foi do comitê organizador, do corpo de jurados, da comissão de seleção, da crítica e da plateia - que lhe rendeu homenagem pelo conjunto da obra.