Pedro Carrizo, especial para o JC
Responsável por 70% da indústria petroquímica gaúcha e cerca de 3% da riqueza bruta no Estado, o Polo de Triunfo é o maior da região Sul na produção de resinas plásticas. A planta começou a funcionar em dezembro de 1982, às margens do rio Caí, e se tornou um dos principais clusters petroquímicos de 1ª e 2ª geração do país, dedicado à transformação da nafta em insumos que abastecem indústrias da ponta final - desde a de pneus até materiais hospitalares.
O principal diferencial do complexo gaúcho, no entanto, é a produção em escala de resinas plásticas à base de etanol da cana-de-açúcar, conhecidas como eteno renovável, o que é uma grande vantagem em meio a um cenário de cobrança por práticas ESG na indústria. Produzida pela Braskem, dona de 80% do Polo de Triunfo, a transformação do etanol está prestes a aumentar.
A empresa está na reta final da ampliação da planta, prevista para ser entregue em junho. Segundo a Braskem, a obra vai ampliar em 30% a sua produção renovável, de 200 mil toneladas para 260 mil toneladas.
Ela também recentemente ampliou o seu Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), onde foram investidos R$ 108 milhões. O espaço passou a abrigar laboratórios de catálise e de caracterização avançada, de cromatografia, fracionamento de polímeros e microscopia.
Essas intervenções, tanto no CTI quanto na produção do eteno renovável, representaram o maior ciclo de paradas de manutenção desde que assumiu a liderança do Polo em 2007. Ao todo, foram 12 intervenções nas plantas operacionais. "Foi um momento de update dos ativos", disse o diretor industrial da Braskem no RS, Nelzo Silva.
Outras indústrias petroquímicas do complexo gaúcho são a Oxiteno, Innova e Arlanxeo, que também acaba de inaugurar uma nova unidade de polibutadieno, com capacidade produtiva de 65 mil toneladas do insumo ao ano. As obras levaram três anos para serem entregues e custaram R$ 500 milhões.
Apesar dos investimentos recentes, a indústria petroquímica tem perdido força produtiva no Brasil e o Polo da região Sul tem acompanhado o movimento de baixa.
Em 2021, foram cerca de R$ 2,5 bilhões arrecadados em ICMS pelo Estado com a planta em Triunfo, mas em 2022 a arrecadação foi de apenas R$ 930 milhões, uma queda acima de 60%, segundo o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do RS (Sinplast-RS).
Para a entidade, os motivos permanecem sendo os altos custos de produção, a falta de políticas públicas para o segmento e, principalmente, a concorrência com a Zona Franca de Manaus, região que recebe incentivos fiscais para a indústria há décadas.
"As empresas importam as resinas pela Zona Franca para ter isenção completa de IPI e PIS/Cofins, e uma dedução de ICMS e IRPJ muito inferior ao pago em outros estados. Além disso, ao vender essas resinas para outros pontos do Brasil, os produtos da Zona Franca se beneficiam do IPI integralmente, o que gera uma diferença de custo em torno de 40%. Assim, não vale a pena fazer a transformação da nafta dentro dos pólos petroquímicos", diz Gerson Haas, presidente do Sinplast RS.
Edison Terra, vice-presidente de olefinas da Braskem, acredita porém que os incentivos à Zona Franca não representam um risco real de parada da planta de Triunfo.
Segundo o executivo da Braskem, o paraíso fiscal de Manaus tem sim criado uma "competição artificial" com as indústrias petroquímicas e aumentado o número de transformadoras que migraram para a região Norte, mas há uma competitividade controlada em Triunfo", disse Terra, conforme noticiado pelo Jornal do Comércio em matéria publicada no dia 9 de maio.
Mesmo assim, ele enfatiza que a cadeia deve estar atenta ao tema. "As associações e sindicatos precisam encontrar formas para melhorar a competitividade e evitar que esses benefícios prejudiquem a indústria de transformação".
Governo do Rio Grande do Sul quer impulsionar o Polo da Química como ação prioritária
A Braskem é uma das principais empresas do Polo de Triunfo
/TÂNIA MEINERZ/JCO foco do governo para retomar o processo de reindustrialização, não só em Triunfo mas de forma genérica, é fomentar intensamente a desburocratização e simplificação de processos, além da redução da carga tributária para as indústrias gaúchas. Neste cenário, o Polo da Química é prioridade, disse em nota o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec-RS), Ernani Polo.
De acordo com ele, já foi criado um grupo de trabalho permanente para trabalhar as necessidades principais do setor. "Temos um grande potencial no Polo da Química, inclusive com o Distrito Industrial que está ligado a Triunfo. Queremos intensificar e, principalmente, potencializar o que temos de matéria-prima e de consumo de produtos", frisou Polo.
O secretário também afirmou que a política do governador Eduardo Leite é manter um diálogo frequente com empresários e entidades do setor, junto às Secretaria da Fazenda e Meio Ambiente, para pensar em soluções conjuntas que amenizem a guerra fiscal com outras Unidades Federativas.
"Sabemos que, em função da isenção tributária em outras regiões, há perda de competitividade no RS. Estamos buscando ações que possam equilibrar e melhorar esse aspecto. Os nossos empreendedores são eficientes e competentes, mas nem sempre obtêm êxito, principalmente, pela questão fiscal e burocrática", esclareceu Polo.
Redução da ociosidade passa por adesão ao gás natural
A Braskem é uma das principais empresas do Polo de Triunfo
/Pedro França/Agência Senado/Divulgação/JCUm problema que não se limita ao complexo petroquímico de Triunfo e atinge todo segmento nacional é a queda da capacidade produtiva na indústria. O mês de abril, por exemplo, marcou o menor nível de uso das indústrias químicas dos últimos 17 anos no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 15,5 bilhões até abril (retração de 10,3% na comparação com igual período de 2022), e US$ 61,2 bilhões nos últimos 12 meses (redução de US$ 1,8 bilhão frente ao recorde de US$ 63 bilhões obtido em 2022).
"O desafio é retomar a competitividade da indústria química nacional de uma maneira sistêmica, pois somos muito competitivos em relação às tecnologias e às vantagens naturais do País, que possui matriz energética limpa, o que pode agregar muito valor aos nossos produtos", diz André Passos, presidente da Abiquim.
O plano que Passos defende é o uso de gás natural como matéria-prima da indústria química, o que poderia injetar até R$ 70 bilhões em investimentos no País nos próximos cinco anos, mas, em contrapartida, demandaria obras grandiosas em infraestrutura para construção de gasodutos, com custo estimado em R$ 30 bilhões aos cofres públicos, segundo apurou consultoria contratada pela Abiquim. O novo programa, já apresentado ao Ministério de Minas e Energia, se chama "Gás para Empregar". O estudo contratado pela Abiquim estima a criação de 2,8 milhões de novas vagas de trabalho com a realização do projeto.
Por outro lado, o gás natural ainda é pouco usado como matéria-prima na indústria química, e muito usado como matriz energética para o segmento. É o que acontece em Triunfo, onde a nafta é componente primário dos insumos, mas o gás natural tem função energética.
"A indústria petroquímica nacional já foi muito relevante no cenário mundial e hoje ela é a 6ª no ranking, mas poderia ser a 4ª sem muito investimento, só trabalhando na capacidade ociosa", diz o diretor administrativo do Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofip RS), Sidnei Anjos.
Diante do cenário desafiador, ser competitivo só é possível com criatividade nos negócios e investimento pesado em tecnologia. Ao longo da década de 1990, por exemplo, ciclos de modernização da planta buscaram aumentar a automação.
O Polo mobiliza atualmente 7,3 mil trabalhadores regulares, entre direto da indústria e terceiros de modo contínuo, mas esse número já foi quase o dobro.
Já nos negócios, o executivo da Cofip RS conta que todas indústrias petroquímicas de Triunfo têm investido para ser cada vez menos fornecedoras de commodities e cada vez mais de especialidades, produzindo o grid das peças de acordo com a demanda do cliente, o que agrega valor na produção.
Polo Integrado da Química caminha a passos lentos
O Polo Integrado da Química é um sonho antigo dos operadores em Triunfo, mas que caminha a passos lentos, freado pelo desaquecimento da indústria petroquímica no País. Mesmo assim, novas empresas já estão mais próximas de começar a operar no complexo, que abrange o distrito industrial de Triunfo e Montenegro.
"É uma iniciativa pioneira no Brasil, que deverá reduzir o custo de produção das indústrias que participarem do cluster e facilitar em muito na logística, mas entendo que existem fatores nacionais que atrasam a sua consolidação", salienta André Passos, presidente da Abiquim. Quem deve inaugurar no Polo Integrado da Química é a fábrica de cimento e argamassa Hipermix, cujo início da operação está previsto para este mês de maio. Outras duas indústrias também estão em tratativas: a indústria de asfaltos Traçado já obteve o licenciamento e foi autorizada a iniciar suas obras; já a Sulboro, que produz fertilizantes, ainda está em fase de licenciamento. "A Sedec está tratando com algumas outras empresas, mas ainda não foram confirmados os investimentos", disse em nota a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
A iniciativa busca atrair novas empresas ao Polo da região Sul, em especial indústrias químicas e de 3ª geração, responsáveis por transformar as resinas em produtos já finalizados. A vantagem seria a proximidade com os elos da cadeia, a logística e infraestrutura já pronta para operar, além de incentivos fiscais para determinadas operações. O projeto foi idealizado no governo Sartori (2015-2018), mas começou a sair do papel há 3 anos.
O complexo também comporta o Sistema Integrado de Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel), administrado pela Corsan, com capacidade de tratar até 30 mil metros cúbicos por dia. Até o ano passado, eram oferecidos 36 lotes na região do Polo Integrado da Química, mas este número subiu para 44 lotes em 2023, com área total disponível de 149 hectares, segundo dados da Sedec.
O Polo Integrado da Química tem parceria das prefeituras de Montenegro e Triunfo, Sindicato das Indústrias Químicas do RS (Sindiquim), Cofip RS e Braskem, além do governo do Estado.
Como funciona a petroquímica gaúcha?
A Braskem é uma das principais empresas do Polo de Triunfo
/BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JCEm Triunfo, as indústrias são responsáveis por dois dos três elos da cadeia petroquímica. No elo inicial, a central de matérias-primas, administrada pela Braskem, é responsável pela produção de insumos básicos de 1ª geração. É nesta etapa em que a nafta (principal matéria-prima), condensado, gás e etanol são transformados em eteno, propeno, butadieno, MTBE e solventes.
Depois, os insumos são transportados para as outras plantas de 2ª geração do complexo, formado por Braskem, Arlanxeo, Oxiteno e Innova. É dali que os compostos são transformados em resinas e insumos que abastecem diversos outros segmentos industriais, como o de fabricação de plásticos, borrachas, pisos e produtos farmacêuticos.
Quem participa do cluster em Triunfo
A Braskem é uma das principais empresas do Polo de Triunfo
/Polo Petroquímico/Divulgação/JC Braskem
Após a conclusão da aquisição da Copesul em 2007, a Braskem passou a ser maior controladora do Polo Petroquímico de Triunfo. A Braskem tem seis unidades industriais no Polo Petroquímico do RS, além de seis plantas piloto, e responde por 80% dos ativos do Polo, produzindo mais de 5 milhões de toneladas de químicos e resinas termoplásticas por ano no Polo Petroquímico de Triunfo.
Na central de matérias-primas, onde os insumos básicos são transformados em compostos para as indústrias de 2ª geração, a Braskem possui três plantas: duas de eteno fóssil e uma de eteno verde, sendo que está na reta final de ampliação. Já na 2ª geração, a empresa possui mais três plantas: uma de polietileno fóssil, uma de polietileno verde e terceira de polipropileno.
Outro investimento foi a ampliação do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) da empresa. Além dele, houve, por exemplo, instalação de novas válvulas de corte para os reatores a fim de conferir ainda mais segurança e confiabilidade às operações e de novos instrumentos e modernização do intertravamento da planta. Novas tecnologias foram usadas para reduzir o potencial impacto ambiental. Uma delas foi para diminuir a duração de procedimentos de sopragem, necessários para liberação de equipamentos.
Entre as inovações, está também um dos maiores projetos de automação e tecnologias industriais da Braskem no RS, com investimento de R$ 28 milhões. O Sistema Digital de Controle da unidade Olefinas 1 é responsável pelo controle e monitoramento de mais de 7 mil instrumentos.
Essas intervenções fazem parte do maior ciclo de paradas de manutenção da Braskem no Polo de Triunfo, com 12 intervenções nas plantas operacionais, fruto de aportes que somam em torno de R$ 1 bilhão.
Innova
A planta da Innova em Triunfo é a única no País a integrar a produção do etilbenzeno, monômero de estireno, tolueno, poliestireno para uso geral e de alto impacto, bem como o poliestireno expansível. No caso do poliestireno, os compostos plásticos utilizados em mercados como os de eletrodomésticos, descartáveis, embalagens, eletroeletrônicos. Já no caso do estireno, a produção é escoada para confecção de borrachas, resinas acrílicas e poliéster.
Em 2021, a empresa começou a operar a Central de Geração de Vapor e Energia Elétrica (CGVE), construída na petroquímica de Triunfo, com 30.000 kW de potência instalada, que passou a fornecer energia renovável a partir de biomassa de resíduos vegetais.
Oxiteno
A planta da Oxiteno, antiga subsidiária da Ultrapar, é responsável pela produção de solventes oxigenados metiletilcetona (MEK), utilizados pela indústria de tintas e revestimentos. A empresa foi comprada ano passado pela Indorama Ventures Public Company Limited (IVL), marca tailandesa que é líder mundial de resinas PET. A transação foi avaliada em US$ 1,3 bilhão.
Arlanxeo
A Arlanxeo é detentora de três plantas industriais em Triunfo, uma responsável pela produção de ESBR (borracha de butadieno estireno em emulsão), outra de EPDM (monômero de etileno-propileno-dieno) e EPM (monômero de etileno-propileno) e a mais recente, inaugurada neste ano, é a fábrica de polibutadieno, que recebeu R$ 500 milhões em investimentos. A unidade tem capacidade para produzir 65 mil toneladas de polibutadieno ao ano. Os principais usos do insumo são na fabricação de pneus e na indústria de plástico (em aplicações para produtos como geladeiras e eletrodomésticos, por exemplo).
White Martins
Não é só de petroquímicas que vive o Polo de Triunfo. Para o trabalho das indústrias, é necessário um abastecimento constante de energia para a produção, e que faz isso no complexo é a White Martins. No Polo, é fornecedora de oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, especiais e ar comprimido, tendo o nitrogênio gás como seu principal produto.
GS Inima
A GS Inima é a responsável pela gestão de toda a água do Polo, como captação, tratamento, além de fornecimento de água industrial e potável para as empresas. Com capacidade para captar 6 mil m³ de água bruta por hora, a Estação de Tratamento de Água da GS Inima trata atualmente cerca de 67 milhões de litros de água por dia.
Sitel
Responsabilidade da Corsan, o Sistema Integrado de Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel) foi implantado em 1982, juntamente com o Polo Petroquímico do Sul, realizando o tratamento de todos os efluentes petroquímicos das indústrias. As indústrias do Polo geram aproximadamente 18.000 m³/dia de efluentes líquidos inorgânicos e orgânicos. Esses efluentes são recebidos na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) onde o afluente bruto inorgânico (ABI), proveniente das torres de resfriamento das indústrias do Polo, dispõe de tratamento preliminar e primário.
Polo de Triunfo foi criado há 41 anos
A Braskem é uma das principais empresas do Polo de Triunfo
/Polo Petroquímico/Divulgação/JCNa década de 1970, o consumo de petroquímicos no Brasil crescia cerca de 25% ao ano, e diante da demanda latente, o governo nacional entendeu que era hora da implantação do terceiro complexo petroquímico, agora em outra região do País, promovendo a descentralização do desenvolvimento industrial. Foi neste contexto que a idealização do Polo de Triunfo ganhou o prestígio necessário para se tornar a terceira base do tripé petroquímico no Brasil, se unindo aos complexos de Bahia e São Paulo.
Em 1973, a Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Cientec) iniciou estudo preliminar sobre a viabilidade da implantação do terceiro complexo petroquímico no Estado e quais seriam as alternativas de localização. Entre as razões da escolha por Triunfo, os chamarizes da região foram as condições para executar ações de proteção ambiental e escoamento de produção (ferrovia, hidrovia e rodovias). Em setembro de 1977, as obras de construção da Central de Matérias-Primas do Polo Petroquímico, então Copesul, braço da Petrobras, iniciaram com mais de 10 mil trabalhadores. Após cinco anos, em 1982, nascia o Polo de Triunfo, já com a especificação do eteno e a condição de fornecimento da matéria-prima.
No entanto, na época em que foi inaugurado a demanda por petroquímicos no Brasil já não era a mesma: caiu para 15% ao ano após os choques de petróleo em 1973 e 1979. Foi isso que levou o Polo de Triunfo a se vocacionar à exportação, explica Sidnei Anjos, diretor administrativo do Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofip RS).
Em 1992 o Polo de Triunfo viveu um novo marco em sua história, com o leilão de privatização da Copesul, cujo controle acionário foi dividido entre os grupos Ipiranga e Odebrecht, que fundou a Braskem em 2002. O leilão no início dos anos 1990 foi consequência do processo de desestatização, abertura econômica do país e reestruturação da indústria petroquímica nacional que o país vivia na época.
A consolidação da nova estrutura de governança do polo, no entanto, só veio a ocorrer 15 anos depois. Em 2007, Petrobras, Ultra e Braskem compraram o grupo Ipiranga pela soma de US$ 4 bilhões. Enquanto as duas primeiras companhias focaram-se nos ativos de combustíveis, a última, controlada pela Odebrecht, assumiu a parte petroquímica. Com isso, além de conquistar o controle da central petroquímica de Triunfo, a Braskem ainda ficou com algumas plantas de segunda geração que a Ipiranga possuía no local.
De acordo com Anjos, a integração dos ativos petroquímicos facilitou o alinhamento das estratégias empresariais de companhias anteriormente distintas, permitindo maior eficiência nos processos produtivos e respostas mais rápidas às mudanças do mercado.