O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) recebeu nesta terça-feira (10) a confirmação de mais quatro casos da variante Delta do coronavírus no Rio Grande do Sul. Esses casos são de residentes de Alvorada, Esteio, Sapucaia do Sul e São José dos Ausentes, e todos já se encontram curados. O sequenciamento genético completo foi realizado pelo laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Com esses, o Estado tem 15 casos confirmados da linhagem e mais 49 amostras prováveis da variante Delta aguardando confirmação da Fiocruz, que tiveram resultado positivo em sequenciamento genético parcial realizado pelo Cevs.
O especialista em saúde do Cevs, Richard Steiner Salvato, disse que “a linhagem Delta está apresentando uma rápida disseminação aqui no Estado, mas menor do que vemos em outros países. O que chama atenção, no momento, é a identificação em cidades diferentes”, explicou.
“Temos uma nova variante muito mais transmissível circulando no Estado. Mesmo pessoas sem sintomas ou com sintomas muito leves podem estar disseminando o vírus”, falou a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos. “É preciso continuar tomando todas as medidas de cuidado, evitar ambientes fechados e com muitas pessoas. E quem apresentar sintomas deve buscar a testagem”, acrescentou.
Casos de Delta no RS
As cidades deAlvorada, Gramado, Esteio, Canoas, Sapucaia do Sul, Santana do Livramento, Nova Bassano e São José dos Ausentes já tiveram casos confirmados. Já as seguintes cidades tiveramcasos identificados por sequenciamento parciale aguardam confirmação da Fiocruz: Alvorada, Bom Retiro do Sul, Cachoeirinha, Canela, Canoas, Capão Da Canoa, Caxias do Sul, Esteio, Gramado, Guaíba, Montenegro, Novo Hamburgo, Paraí, Passo Fundo, Porto Alegre, Santo Ângelo, São Leopoldo, Sapucaia Do Sul, Triunfo e Viamão.
Segundo o governo estadual, o Rio Grande do Sul é o único Estado brasileiro a realizar sequenciamento parcial na vigilância genômica para a identificação de prováveis “variantes de preocupação” (VOC, variants of concern na sigla em inglês), que são aquelas mutações genéticas que podem trazer alguma mudança no comportamento do vírus. Após essa primeira identificação, as amostras seguem para um sequenciamento genômico completo, que fornece detalhes do perfil de mutações e classifica com precisão a linhagem de cada amostra. Porém, de acordo com Richard, os testes realizados no Estado tem alta precisão e pouca probabilidade de erro, sendo suficientes, no atual momento, para identificar as variantes de preocupação circulantes, apesar da necessidade técnica do sequenciamento completo.