Um Rio Grande do Sul totalmente vermelho. Foi assim que, pela primeira vez desde o início do modelo de distanciamento controlado, em maio, o
mapa preliminar das bandeiras foi apresentado pelo governo gaúcho na sexta-feira (27). O cenário não é à toa. No domingo (29), o Estado voltou a bater o recorde de pacientes internados em hospitais em razão do novo coronavírus.
Um total de 1.990 pessoas estavam hospitalizadas no RS, sendo 1.208 em leitos clínicos e outras 782 em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). O número é o maior desde o início da pandemia no Rio Grande do Sul. O recorde anterior era o da quinta-feira da semana passada, dia 26 de novembro, com 1.942 pacientes internados.
A escalada da crise sanitária no Estado se deu a partir do início do mês, com todos os indicadores disparando. O governador Eduardo Leite afirmou na sexta-feira, em vídeo divulgado, que o Rio Grande do Sul vive uma segunda onda da pandemia. “É um alerta que se apresenta para o nosso estado, na mesma direção que está acontecendo em outros estados do Brasil. Estamos, de fato, vivendo uma segunda onda de coronavírus aqui no Rio Grande do Sul”, disse Leite.
Somente na última semana, os hospitais gaúchos registraram 73 novas internações em UTis em razão da doença - um crescimento de 10,3%. Em leitos clínicos, foram 191 hospitalizações por causa da Covid-19. Em razão disso, os hospitais sofrem com uma pressão em razão da alta demanda, na medida em que houve uma redução de 29,4% nos leitos de UTI livres no Estado nos últimos sete dias.
Essa maior ocupação dos leitos intensivos se dá de maneira diferenciada, variando de região para região. Na Região Metropolitana, o crescimento nas internações foi de 10,7% - 42 pacientes a mais - e o total de leitos de UTI livres caiu 51,1% no período. Nas Missões, o aumento de hospitalizações de pacientes graves na semana foi de 26,5% (13 pacientes a mais), com uma queda de 36,2% nos leitos intensivos vagos. Já na região Norte gaúcha, o incremento de pessoas em UTIs foi de 20,6% (13 pacientes a mais),