Em cinco meses do primeiro teste positivo de Covid-19, realizado em 29 de fevereiro -
caso notificado em 10 de março, o Rio Grande do Sul chega a 66,7 mil casos, 130% a mais que um mês atrás, e a 1.889 mortes, quase o triplo do começo de julho, pelo novo coronavírus. A lotação das UTIs do Estado é de 76%, e em Porto Alegre, próxima de 90%. Uso de leitos e óbitos são os dois principais indicadores na definição das bandeiras de risco do distanciamento controlado,
que tem novo mapa preliminar.
Segundo o painel de acompanhamento do
Jornal do Comércio, baseado em dados oficiais, 57,6 mil pessoas recuperadas da doença, ou 86% dos infectados.
Em 1º de julho, eram pouco mais de 29 mil casos e 638 óbitos. Frente a um mês atrás, houve elevação de 130% nos registros de contaminados.
Nas mais de 50 mortes notificadas nesta sexta, que ocorreram entre 18 e 30 deste mês, há um predomínio de vítimas que residiam em cidades da Região Metropolitana.
Porto Alegre confirmou que chegou a 8.256 casos confirmados e a 4,4 mil recuperados. Foram 13 novos óbitos registrados nos últimos dias e que tiveram resultado positivo para Covid-19.
Nesta sexta, as UTIs da Capital voltaram a ter elevação, passando a 307 doentes, com 89% de ocupação. O pico até hoje havia sido no domingo (26), com 316 internados.Nessa quinta-feira (30), eram 304. A evolução em relação há duas semanas é de 16%. Em 18 de julho, eram 265 pacientes nas unidades.
Há ainda 44 suspeitos em leitos de terapia intensiva. O painel de UTIs da prefeitura mostra que a UTI do Hospital Moinhos de Vento está com 100% de ocupação, ao lado dos hospitais Vila Nova, Porto Alegre e Santa Ana.
A situação das unidades nos hospitais vai pautar eventuais mudanças no rumo de restrições nas atividades em Porto Alegre. Como houve uma desaceleração e até queda da ocupação, o prefeito Nelson Marchezan Júnior cogita que
poderá mexer nas restrições, definição que pode anunciar na próxima semana.
A questão do futebol encerra dois meses de busca da volta dos treinos e agora dos jogos. O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, disse em fim de junho que os dois clubes podem
dar exemplo de comportamento para combater a pandemia. O vice-presidente do Inter, Alexandre Chaves Barcellos, comparou o
nível de segurança e controles da dupla Grenal ao que se adota nos hospitais.