Em um período de dez dias, entre os dias 5 e 15 deste mês, o Rio Grande do Sul registrou um aumento de 51,4% nas mortes causadas pela pandemia – salto de 727 para 1.101 vítimas fatais. No mesmo período, o aumento nas mortes no Brasil foi de 16,1% (de 64.867 para 75.366). São Paulo, o estado mais afetado pela doença, teve um crescimento de 15,9% nos falecimentos nos dez dias analisados – de 16.078 para 18.640.
A análise dos dez dias anteriores reforça a percepção de que a Covid-19 ganha corpo e letalidade entre os gaúchos em um ritmo mais veloz do que a maior parte do País. Entre 25 de junho e 5 de julho, o incremento nas mortes causadas pela doença no Estado foi de 41,1% (passou de 515 para 727 óbitos). No Brasil, o aumento foi de 18% e, em São Paulo, de 16,8%.
Para se ter uma noção do que representaram as 65 mortes de terça-feira, o número é 15 vezes maior do que a média diária de mortes no trânsito ocorridas no ano passado nas ruas, avenidas e rodovias gaúchas e 12,5 vezes superior à média diária de pessoas que perderam a vida por violência em 2019 no Rio Grande do Sul (homicídios, latrocínios e lesões seguidas de morte).
Os números apontam para um recrudescimento da pandemia no Sul do Brasil, enquanto começa a se estabilizar e perder força em três das outras quatro regiões do país. Entre 5 e 15 de julho, o total de óbitos causados pela Covid-19 na região sul brasileira cresceu 49,8%. No mesmo intervalo de dias, as mortes cresceram 46,3% no Centro-Oeste, 15,8% no Nordeste, 15,1% no Sudeste e 6,9% no Norte.