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Coronavirus

- Publicada em 01 de Julho de 2020 às 15:37

Pesquisa da UFPel estima que ao menos 53 mil gaúchos já tenham sido infectados pela Covid-19

A universidade gaúcha busca, agora, formas alternativas de bancar o estudo

A universidade gaúcha busca, agora, formas alternativas de bancar o estudo


IMPRENSA EPIDEMIOLOGIA UFPEL/DIVULGAÇÃO/JC
Gabriela Porto Alegre
O governo gaúcho apresentou, nesta quarta-feira (1º), os resultados da quinta rodada de testes rápidos da pesquisa sobre a prevalência da Covid-19 no Rio Grande do Sul, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). A pesquisa estimou que, ao menos, 53 mil gaúchos já tenham sido infectados pela doença. Nesta quarta, o RS chegou a mais de 29 mil casos confirmados.
O governo gaúcho apresentou, nesta quarta-feira (1º), os resultados da quinta rodada de testes rápidos da pesquisa sobre a prevalência da Covid-19 no Rio Grande do Sul, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). A pesquisa estimou que, ao menos, 53 mil gaúchos já tenham sido infectados pela doença. Nesta quarta, o RS chegou a mais de 29 mil casos confirmados.
Foi a primeira etapa da segunda fase do estudo. A coleta de amostras para essa fase da pesquisa, realizada entre os dias 26 e 28 de junho, testou 4,5 mil pessoas nas cidades de Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Uruguaiana, Santa Maria, Porto Alegre e Canoas. Dos exames realizados nesta etapa, 21 deram positivo para a Covid-19, sendo quatro em Caxias, três em Passo Fundo, três em Ijuí, três em Uruguaiana, três em Santa Cruz, dois em Canoas, dois em Porto Alegre, um em Pelotas e zero em Santa Maria. A pesquisa estima que em todo o Estado haja ao menos um infectado a cada 214 habitantes.
Conforme a pesquisa, para cada 1 milhão de gaúchos, estima-se que exista 4.667 infectados reais e apenas 2.219 casos notificados, ou seja, uma subnotificação de aproximadamente dois casos.
Ao longo do estudo, 47 pessoas testaram positivo para a Covid-19 até a quinta fase da pesquisa. Deste total, cerca de 91 familiares dessas pessoas também foram testados. No que diz respeito aos resultados dos familiares, 24 casos deram positivo para a doença, enquanto 67 negativos.
Na quinta fase do estudo, dos 21 casos positivos, 45% das pessoas apresentaram tosse como sintoma, 35% dor de garganta, 30% alterações no paladar ou olfato, 25% dificuldade para respirar, 20% febre e 10% diarreia. A letalidade, baseada nos casos notificados pelo Estado, ficou em 2,2%, enquanto baseada no número total de casos – 53.094 – girou em torno de 1,1%, segundo a pesquisa.
No comparativo ao distanciamento social entre as cinco etapas, a pesquisa identificou uma estabilização nos dados coletados. Na primeira fase, realizada entre 11 e 13 de abril, 20% dos entrevistados disseram que estavam saindo de casa diariamente, 58,3% apenas para atividades essenciais, 21,1% sempre em casa. Na segunda fase, entre os dias 25 e 27 de abril, 28,3% dos entrevistaram responderam que estavam saindo diariamente, 53,4% que estavam saindo apenas para atividades essenciais e 18,3% sempre em casa. Na terceira fase, entre 9 e 11 de maio, 30,4% estavam saindo diariamente, 56,1% somente quando necessário, 16,5% sempre em casa. Na quarta fase, que aconteceu entre os dias 22 e 24 de maio, 31,5% dos entrevistados disseram sair diariamente, 54% somente quando necessário e 14,5% sempre em casa. Já na quinta etapa, realizada entre 26 e 28 de junho, os números do distanciamento social se mantiveram praticamente os mesmos: 32,7% continuaram saindo diariamente, 54,6% apenas para atividades essenciais e 12,7% sempre em casa.
“A prevalência da infecção pela Covid-19 aumentou no Estado, não foi um aumento brusco. Tem sido um aumento mantido desde o início de abril até essa pesquisa que se refere a metade de junho”, afirmou o professor emérito da Ufpel Fernando Barros, responsável pela apresentação dos dados nesta quarta-feira. A recomendação, segundo ele, é de que seja ampliada a oferta de testes para que se possa, de fato, ter um controle sobre a infecção pela Covid-19. “Temos no Rio Grande do Sul atualmente cerca de 400 novos casos confirmados por dia”, disse. “A recomendação é que se amplie a testagem e que se aumente a busca ativa e o isolamento de casos”.
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