O prefeito de Santo Ângelo, Jacques Barbosa, realizou, neste domingo (14) uma reunião com autoridades municipais e da saúde da região das Missões para discutir a imposição pelo governo do Estado de
critérios restritivos de bandeira vermelha para a macrorregião de Santo Ângelo.
Barbosa questiona os cálculos do modelo de Distanciamento Controlado apresentado pelo Estado. Segundo o prefeito, um dos principais critérios avaliados é a taxa de ocupação de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na rede hospitalar local, situação que estaria controlada nos hospitais de Santo Ângelo, com abrangência regional. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), no final da tarde deste domingo, Santo Ângelo possuía apenas três pacientes confirmados com Covid-19 e um suspeito internados em UTI, de um total de 18 pessoas internadas no município. Desta forma, a ocupação dos 26 leitos de UTI da cidade era de 69%.
O secretário municipal de Saúde de Santo Ângelo, Luis Carlos Cavalheiro, também discorda com a classificação de alto risco da macrorregião. Segundo ele, o município tem leitos de UTI para comportar atendimento local e aos municípios da região.
Cavalheiro lembrou que o Governo Federal estará repassando nos próximos dias, 140 respiradores para o Rio Grande do Sul e que o prefeito Jacques, juntamente com o deputado Eduardo Loureiro, e a direção do Hospital Santo Ângelo, estão articulando a liberação de mais cinco para as casas de saúde locais, o que ampliaria a capacidade de internação.
Mesmo questionando a classificação da região, Barbosa informou que iria publicar um novo decreto com protocolo de restrições mais severas para o município, conforme as orientações do Estado.