Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

saúde

- Publicada em 13 de Junho de 2020 às 19:59

Atualização volta a trazer bandeira vermelha ao mapa do distanciamento no RS

A máxima de 42,9ºC em Uruguaiana passa a ser o novo recorde oficial absoluto

A máxima de 42,9ºC em Uruguaiana passa a ser o novo recorde oficial absoluto


ODEBRECHT AMBIENTAL/REPRODUÇÃO YOUTUBE/DIVULGAÇÃO/JC
Quatro regiões gaúchas apresentam risco alto de contaminação do novo coronavírus, segundo cálculos do modelo de Distanciamento Controlado apresentados neste sábado (13) pelo governo do Rio Grande do Sul. As regiões de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana passaram de bandeira laranja para vermelha na sexta rodada do cálculo. Veja o que pode e o que não pode funcionar na bandeira vermelha.
Quatro regiões gaúchas apresentam risco alto de contaminação do novo coronavírus, segundo cálculos do modelo de Distanciamento Controlado apresentados neste sábado (13) pelo governo do Rio Grande do Sul. As regiões de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana passaram de bandeira laranja para vermelha na sexta rodada do cálculo. Veja o que pode e o que não pode funcionar na bandeira vermelha.
Antes deste estudo, o Rio Grande do Sul vinha conseguindo se manter apenas com riscos baixo (bandeira amarela) e médio (bandeira laranja). O mapa divulgado (veja abaixo) com o registro das bandeiras ficará vigente no período de 15 a 21 de junho.
O resultado se baseou na contínua piora dos indicadores de propagação e de capacidade do sistema de saúde e a revisão dos indicadores e dos pontos de corte realizada pelo Estado, que tornou o modelo mais sensível à evolução da doença e mais restritivo às situações mais críticas da pandemia.
Dentre as alterações, a região de Bagé passou de bandeira amarela para laranja, e a região de Santa Cruz do Sul obteve melhora nos indicadores, indo de bandeira laranja para amarela. As demais regiões não tiveram alteração na classificação final, sendo que as regiões de Taquara, Pelotas e Cachoeira do Sul permanecem em bandeira amarela.
Mesmo com os alertas feitos desde semana passada, o Estado continuou apresentando piora nos indicadores em relação à pandemia. O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias, comparado à semana anterior, apresentou um aumento de 32,8%, passando de 241 para 320. O mesmo ocorreu com o número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTIs, que passou de 280 para 365 internações – crescimento de 30,4%.
{'nm_midia_inter_thumb1':'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2020/06/13/206x137/1_mapa_covid_estado_junho-9077141.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5ee55549248a0', 'cd_midia':9077141, 'ds_midia_link': 'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2020/06/13/mapa_covid_estado_junho-9077141.jpg', 'ds_midia': 'Mapa Modelo de Distanciamento Controlado 15 a 21 de junho de 2020', 'ds_midia_credi': 'divulgação governo do estado do rio grande do sul', 'ds_midia_titlo': 'Mapa Modelo de Distanciamento Controlado 15 a 21 de junho de 2020', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '557', 'cd_midia_h': '525', 'align': 'Left'}
Sexta rodada do modelo registra piora de situação em Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana. Foto: Reprodução/JC
Neste sentido, as regiões de Santa Maria e Uruguaiana tiveram um aumento expressivo durante a semana, passando de 14 para 25 e de quatro para oito, respectivamente. Na sexta-feira anterior (5), a região de Santa Maria tinha nove internações e, na última sexta-feira (12), apresentava 18 – aumento de nove internações em uma semana.
Em Uruguaiana, o indicador de hospitalizações confirmadas para Covid-19, registradas nos últimos sete dias, apresentou bandeira preta, com um crescimento de oito hospitalizações entre as duas semanas – de seis para 14. Já as internações passaram de quatro para seis, levando o indicador à bandeira preta, com um alerta para as duas regiões.
Na macrorregião, apesar de o indicador de internados confirmados para Covid-19 em leitos clínicos não ter apresentado crescimento tão expressivo (de 26 para 30), os de internados pela doença (casos confirmados) em UTI elevou expressivamente (de 13 para 24). Também houve piora nos indicadores de estágio da evolução na Região e da incidência de novos casos sobre a população, com respectiva piora nas bandeiras das duas regiões – ambos com bandeira vermelha para Santa Maria e com bandeiras preta e vermelha, respectivamente, para Uruguaiana. Já o indicador de projeção de número de óbitos para o período de uma semana para cada 100 mil habitantes apresentou bandeira preta nas duas regiões.
Em Caxias do Sul, os indicadores de incidência de novos casos sobre a população apresentaram piora significativa. Segundo os registros, as hospitalizações confirmadas para Covid-19 cresceram 173,9% entre as duas semanas, passando de 23 para 63 casos. Mesmo sem considerar a alteração na faixa de corte, a região teria obtido a bandeira preta nesse indicador, uma vez que houve aumento da velocidade do avanço da pandemia, com efeitos que podem permanecer por mais semanas. Enquanto isso, nos leitos de UTI a bandeira do indicador passou de laranja para preta, por conta da redução na faixa de corte do indicador e do aumento de 31 para 44 internados entre as duas últimas sextas-feiras.
Segundo o levantamento, o indicador de leitos de UTI livres dividido pelos leitos de UTI ocupados por pacientes Covid-19, mensurado para a macrorregião, foi o pior apresentado no Estado. A macrorregião da Serra foi a única a apresentar bandeira preta nesse indicador (na sexta-feira, 12/6, havia 0,75 leito de UTI adulto livre para cada leito de UTI adulto ocupado por Covid). Como esse indicador reflete a capacidade de atendimento, o alerta é bastante expressivo, apontando para uma possível necessidade de transferência de pacientes para outras macrorregiões do Estado.
Em Santo Ângelo, também ocorreu piora em todos os indicadores que mensuram a Propagação da Doença. Dos quatro indicadores de Velocidade do Avanço, dois obtiveram bandeira preta. Para os de Estágio da Evolução e de Incidência de Novos Casos sobre a População, todos apresentaram bandeira preta. A partir disso, a região obteve a bandeira final vermelha, atingindo risco alto na região. Na macrorregião, o número de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos clínicos na sexta (12/6), saltou de sete para 14 internados, um aumento de 100% frente à sexta-feira da semana anterior. Também o número de internados por SRAG em UTI na macrorregião cresceu, passando de 12 para 17 pessoas.
Nos últimos sete dias, o indicador de novos registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 na região de Santo Ângelo também alcançou bandeira preta. “O crescimento expressivo de 275%, passando de quatro para 15 hospitalizações, provoca um alerta de risco no avanço da doença”, de acordo com a publicação do governo do Estado.
Mesmo com elevada propagação da doença apontando para um aumento futuro na utilização do sistema de Saúde, os indicadores de capacidade do atendimento e da mudança na capacidade de atendimento da macrorregião Missioneira, onde está localizada a região de Santo Ângelo, foram avaliados com bandeira amarela. Isso se deu por conta da redução de pacientes com outras doenças internados em UTI, entre as duas sextas-feiras.

Prazo para reduzir indicadores é de duas semanas consecutivas

A partir da revisão de indicadores e de gatilhos de segurança apresentada na quinta-feira (11), as regiões que atingiram a bandeira vermelha precisarão de duas semanas consecutivas em bandeiras amarela ou laranja para obterem a redução na classificação de risco.
A determinação segue a Regra das Bandeiras Preta e Vermelha, criada para assegurar e caracterizar a efetiva melhora nas condições de uma região. Sendo assim, as quatro regiões do Estado que atingiram a bandeira final vermelha deverão cumprir na íntegra essa regra para efetivamente retornarem às bandeiras amarela ou laranja.

Regiões em alerta

Na macrorregião Metropolitana, Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa apresentaram piora nos indicadores de propagação na última semana e permanecem em situação de alerta. Apesar disso, permaneceu em bandeiras amarela e laranja devido à alta capacidade de atendimento do sistema de Saúde.
Na sexta-feira (12), o número de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, aumentou em 29 internados (passando de 68 para 97). Nos leitos clínicos, o número de internados saltou 17,7% (de 119 para 140 internados). A região de Novo Hamburgo apresentou um aumento expressivo tanto de internados em leitos de UTI por SRAG (de 11 para 22), quanto de internados em leitos clínicos confirmados para Covid-19, passando de dois para 19 internados.
Já Porto Alegre e Capão da Canoa atingiram bandeira preta no indicador de propagação (de 58 para 89 na Capital, e de três para dez no município litorâneo), devido ao crescimento do número de registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 entre as duas últimas semanas. Por conta da alta do número total de leitos entre as últimas semanas, principalmente na região de Porto Alegre, os indicadores permaneceram com bandeiras amarela e laranja. “Porém, se a piora dos indicadores de propagação permanecer e provocar aumento na utilização da capacidade do sistema de Saúde, as regiões podem migrar para bandeiras finais vermelha nas próximas atualizações”, informa a publicação do Estado.

Bagé piora em quatro indicadores

A melhora na Capacidade de Atendimento da macrorregião Sul não foi suficiente para compensar a piora em quatro indicadores de Propagação de Covid-19 na região de Bagé. Além disso, houve seis registros de hospitalização nos últimos 14 dias, impedindo a utilização do benefício da trava de redução da bandeira.

Melhora em Santa Cruz do Sul

A região de Santa Cruz do Sul apresentou melhora em três indicadores considerados para fins de cálculo das bandeiras. Apesar de apresentar piora na variação do número de confirmados em leitos clínicos, o efeito positivo dos demais foi suficiente para levar a região à bandeira amarela.

Principais dados da Sexta Rodada

  • O número de novos registros de hospitalizações SRAG de confirmados com Covid-19 aumentou 32,8% entre as duas últimas semanas (de 241 para 320);
  • O número de internados em UTI por SRAG aumentou 30,4% entre as duas últimas sextas-feiras (de 280 para 365);
  • O número de internados em leitos clínicos com Covid-19 aumentou 13,8% entre as duas últimas sextas-feiras (de 224 para 255);
  • O número de internados em leitos de UTI com Covid-19 aumentou 35,7% entre as duas últimas sextas-feiras (de 171 para 232);
  • O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 aumentou 8,3% entre as duas últimas sextas-feiras (de 542 para 587);
  • O número de óbitos por Covid-19 reduziu 10,7% entre as duas últimas semanas (de 56 para 50);
  • As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (89), Caxias do Sul (63), Passo Fundo (26), Novo Hamburgo (24) e Santa Maria (21).

Entenda o distanciamento controlado

O modelo de Distanciamento Controlado está oficialmente em vigor desde 10 de maio, a partir do Decreto 55.240, que tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em todo o Rio Grande do Sul.
Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.
Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).
O monitoramento dos indicadores de risco é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da semana seguinte.

Cronologia do distanciamento controlado

Semana de 11 a 17 de maio

O primeiro mapa oficial do Distanciamento Controlado foi divulgado em 9 de maio. As regras daquele mapa foram válidas para vigorar entre 11 e 17 de maio. Naquela semana, somente a região de Lajeado se encaixava na descrição de bandeira vermelha. A região de Passo Fundo recebeu um reforço de 10 leitos, aumentando a capacidade de resposta hospitalar, ao mesmo tempo em que a velocidade de avanço da doença se estabilizou. Na bandeira laranja, encaixavam-se as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Santo Ângelo. As regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa, Taquara e Uruguaiana se encontravam em situação menos grave e se encaixam na bandeira amarela.

Semana de 18 a 24 de maio

O segundo mapa oficial do Distanciamento Controlado foi divulgado em 16 de maio. As regras desse mapa valeram de 18 a 24 de maio. Não houve regiões classificadas com bandeira vermelha, e o mapa apresentou predominância de regiões em bandeira laranja.
A região de Lajeado, que estava na bandeira vermelha, passou para a laranja. A região de Uruguaiana, que se encontrava na amarela, foi para laranja, devido ao acréscimo de cinco casos confirmados nas últimas duas semanas.Estavam na bandeira laranja as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana. As regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa e Taquara se encontravam em situação menos grave e se encaixam na bandeira amarela.

Semana de 25 a 31 de maio

O terceiro mapa do Distanciamento Controlado foi divulgado em 23 de maio. As regras deste mapa valeram de 25 até 31 de maio. Nessa semana, não houve regiões classificadas como bandeira vermelha ou preta, e o mapa apresentou predominância de regiões em bandeira laranja.
Foram 12 regiões com risco médio (laranja): Santa Maria, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado.
As regiões de Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul, que tinham bandeira laranja na versão anterior, passaram para amarela, portanto, o Estado passar a ter oito regiões com risco baixo.
Assim, ficaram na bandeira amarela Uruguaiana, Capão da Canoa, Taquara, Ijuí, Santa Rosa, Bagé, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul.

Semana de 1° a 7 de junho

O quarto mapa do Distanciamento Controlado foi divulgado em 30 de maio. As regras desse mapa valem entre 1° e 7 de junho. Não há regiões classificadas como bandeira vermelha ou preta.
Com risco médio, Santa Maria, Uruguaiana, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado foram classificadas na bandeira laranja.
As regiões de Taquara, Ijuí, Santa Rosa, Bagé, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul apresentaram risco baixo e ficaram com bandeira amarela.

Semana de 8 a 14 de junho

Na quinta rodada do Distanciamento Controlado, divulgada em 6 de junho, somente quatro das 20 regiões do mapa foram classificadas na bandeira amarela - Bagé, Cachoeira do Sul, Pelotas e Taquara.
As demais regiões estavam classificadas como bandeira laranja: Santa Maria, Uruguaiana, Capão da Canoa, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Erechim, Santa Rosa, Passo Fundo, Ijuí, Caxias do Sul e Lajeado.