Para conter o avanço do coronavírus, cidades do Rio Grande do Sul passaram a adotar bloqueios em acessos e toque de recolher. Uma das localidades com ações mais ostensivas é Capão da Canoa, uma das principais praias do Litoral Norte. A prefeitura montou barricadas com pedras em quase todos os acessos à cidade e ainda está monitorando quem chega, buscando procedência, se tem imóvel no balneário e por que está na cidade.
Em Campo Bom, no Vale dos Sinos que teve registro de dois casos da Covid-19, os bloqueios nos acesso á cidade começam na manhã deste sábado (21). Já em Taquara, no Vale do Paranhana, toque de recolher já foi instaurado pelo prefeito da cidade, Tito Livio Jaeger Filho. Tanto Capão da Canoa como Taquara decertaram calamidade pública.
Taquara determina confinamento domiciliar obrigatório em todo o território do município, ficando terminantemente proibida a circulação de pessoas, com exceção de quem precisa acessar serviços essenciais de comprovada necessidade ou urgência. O toque de recolher permite a apreensão de veículos e condução forçada de pessoas, pelas autoridades municipais.
O governador Eduardo Leite (PSDB) e o vice e secretário de Segurança Pública Ranolfo Vieira Júnior se reúnem na tarde desta sexta-feira no Palácio Piratini. A cúpula do governo estadual prepara um decreto proibindo o acesso à orla da praia em todo litoral gaúcho. Por enquanto, estão descartados bloqueios em entradas de cidades.
Em reunião que acontece na tarde desta sexta-feira (20) no Palácio Piratini, a cúpula do governo estadual prepara medidas para a questão. O governador Eduardo Leite (PSDB), juntamente com o vice-governador e secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior.
As medidas implementadas pelos prefeitos não estão contempladas no
decreto de calamidade que o governador baixou nessa quinta-feira (19) para o combate à doença. Foi o primeiro decreto de calamidade na história do Rio Grande do Sul.
Com o avanço de casos de coronavírus (Covid-19), municípios do Rio Grande do Sul começaram a tomar medidas mais drásticas para evitar a movimentação de pessoas.
Capão da Canoa começou nesta sexta-feira a erguer barreiras em 10 dos 13 acessos à cidade. A assessoria da prefeitura diz que a atitude foi tomada após ser constatado que o fluxo de pessoas havia aumentado, com origem de cidades como Porto Alegre, que tem o maior número de casos, que chegaram a 23 nesta sexta. Apenas a entrada principal, pela avenida Paraguassu, por Curumin e RS-407 estão acessíveis a carros.
Campo Bom bloqueia totalmente, a partir das 6h deste sábado, a avenida Brasil, na divisa com Novo Hamburgo, assim como a avenida João Lampert, próxima à praça de pedágio. Já a avenida Carlos Strassburger Filho deverá funcionar em meia pista com presença de agentes de trânsito, informou a prefeitura.
Da mesma forma, a avenida dos Municípios será monitorada. A ideia é que só entre na cidade carros emplacados em Campo Bom ou que comprovem residência ou trabalho na cidade. Veículos com placas do Mercosul serão fiscalizados usando leitor digital para identificar o local do emplacamento.
A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) decidiu que a partir desta segunda-feira (23) sejam fechados todos os estabelecimentos comerciais, por tempo indeterminado. Só poderão manter o atendimento casos excepcionais e mediante agendamento, com funcionamento no máximo até as 20h. Após este horário,
a recomendação é de que toda a população permaneça em suas residências.