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O que a construção civil defende para o Plano Diretor de Porto Alegre
Uma questão é viabilizar o desenvolvimento de áreas mistas na Capital
Há 13 anos sem atualização, o Plano Diretor de Porto Alegre é tema de debate na Capital desde o ano de 2020, quando ele deveria ser revisado - conforme o Estatuto da Cidade, as mudanças devem ocorrer a cada 10 anos, algo que foi adiado pela pandemia de Covid-19. Estritamente relacionadas a este assunto, as empresas do mercado imobiliário defendem que o Plano Diretor permita construções residenciais mais adensadas e possibilite bairros com áreas de zona mista, onde há comércio e residências.
O Plano Diretor define as principais diretrizes de uma cidade para o seu desenvolvimento urbano. O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Claudio Teitelbaum, vê como positiva a participação da população neste debate. "Vejo que é muito importante a sociedade civil organizada se engajar neste processo, porque o Plano Diretor é a forma mais eficiente de planejamento urbano e ambiental de uma cidade."
Entre os pontos defendidos pelo presidente do Sinduscon-RS, destaca-se a densificação de empreendimentos residenciais. "Quando há uma cidade mais densa onde há infraestrutura, há redução na mobilidade urbana e no preço de metro quadrado de compra", argumenta Teitelbaum.
Outra questão apoiada tanto pelo presidente do sindicato quanto por empresários do setor é que o novo Plano Diretor viabilize o desenvolvimento de áreas mistas em Porto Alegre.
O CFO da incorporadora Melnick, Juliano Melnick, afirma: "A gente não tem que segregar o comércio das áreas residenciais. Na verdade, as pessoas querem os serviços 'aos seus pés', querem perto da sua rua uma padaria, um mercado, uma fármacia, um bar". Melnick defende que as pessoas possam ter "walkablity", termo que se refere à possibilidade de as pessoas acessarem a maior quantidade de serviços em regiões próximas às suas residências.