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Minuto Varejo

- Publicada em 14 de Julho de 2022 às 20:25

Quem é e onde está o cliente?, provoca consultor

Consultor alerta que as pessoas valorizam a presença física, além de estar no ambiente digital

Consultor alerta que as pessoas valorizam a presença física, além de estar no ambiente digital


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
"Quem é e onde está o seu cliente?", a provocação é dirigida por um dos consultores mais veteranos em varejo no Brasil, Marcos Escudeiro, a pequenos e médios lojistas que se debatem entre vender no digital ou no físico. Os dois são inevitáveis, mas Escudeiro observa que é importante analisar a conjuntura econômica, com queda de renda e problemas estruturais decorrentes da crise sanitária.
"Quem é e onde está o seu cliente?", a provocação é dirigida por um dos consultores mais veteranos em varejo no Brasil, Marcos Escudeiro, a pequenos e médios lojistas que se debatem entre vender no digital ou no físico. Os dois são inevitáveis, mas Escudeiro observa que é importante analisar a conjuntura econômica, com queda de renda e problemas estruturais decorrentes da crise sanitária.
Ainda mais que pela frente, na reta final do segundo semestre, o setor vai conviver com as datas promocionais (Dia das Crianças e Natal), além de Black Friday e Copa do Mundo de 2022, no Qatar.
"Oportunidades existem em nichos, mas precisa saber quem vai atender", observa ele, para depois citar que a forma de captar o consumidor pode ser feita pelo WhatsApp, ferramenta que teve grande aderência pelo uso intensivo entre os brasileiros e menor custo.
"Não precisa ter muitas ferramentas, e tem cada vez mais opções surgindo. Mais importante é ir para a rua, conversar com os vizinhos para responder à pergunta: Quem é o seu cliente", reforça o especialista.
O contexto do e-commerce, que números de 2021 indicam que representa cerca de 10% da receita do varejo brasileiro, disparando na pandemia, reúne desde queda das receitas das grandes companhias do setor e como ser eficiente na entrega rápida, na chamada última milha. Tudo isso exige inteligência de dados, outro custo a ser absorvido, além do preço da entrega.
"Quando falo de e-commerce é para quem pode pagar. Na loja, o cliente vai pessoalmente", compara Escudeiro, questionando quanto o lojista está empenhado em conhecer mais este consumidor que prefere ainda o ponto físico.
"O varejo físico não perde nada (frente ao digital), pois tem a presença da pessoa, que quer tocar e ver o produto. Não vejo risco para as lojas, mas é preciso entender onde atua e como o consumidor mudou, que categorias de produtos busca mais", elenca Escudeiro, já como uma lista de respostas que precisam ser dadas pelo comerciante.
Outro aspecto que ganha relevância é fazer pesquisa para saber onde se inserir, incluindo quem vai abrir um ponto novo, onde está o público e modelo de loja. "Antes de comprar o terreno ou alugar, faz uma pesquisa", recomenda o consultor, lembrando que o valor do estudo que vai dar mais precisão na escolha pode ser o mesmo da perda de um investimento feito sem um embasamento.
"Pesquisa de ponto é fundamental, pois não pode chegar no bairro certo, mas na esquina errada", cita, sobre uma cena nada incomum. "Isso vale para a loja de rua ou shopping", adverte Escudeiro.
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