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SINDICATOS

- Publicada em 14 de Julho de 2022 às 19:20

Sindiatacadistas-RS deve crescer em torno de 3% em 2022

Zildo De Marchi, que está prestes a completar 97 anos de idade, faz uma análise sobre a importância do País na cadeia mundial

Zildo De Marchi, que está prestes a completar 97 anos de idade, faz uma análise sobre a importância do País na cadeia mundial


LUIZA PRADO/JC/Luiza Prado/JC
Osni Machado
O empresário Zildo De Marchi, um exemplo de liderança no Rio Grande do Sul e próximo de completar 97 anos de idade, está à frente de uma das mais importantes instituições do Estado, o Sindiatacadistas-RS. A entidade reúne sete dos 11 sindicatos atacadistas gaúchos e representa a força produtiva do setor, que não parou em nenhum momento da pandemia.
O empresário Zildo De Marchi, um exemplo de liderança no Rio Grande do Sul e próximo de completar 97 anos de idade, está à frente de uma das mais importantes instituições do Estado, o Sindiatacadistas-RS. A entidade reúne sete dos 11 sindicatos atacadistas gaúchos e representa a força produtiva do setor, que não parou em nenhum momento da pandemia.
De Marchi acredita que o segmento atacadista fechará o ano de 2022 com saldo positivo. "O setor deve ficar um pouco abaixo do que estava previsto. Tínhamos uma previsão de que cresceríamos em torno de 4% a 5%, mas devemos ficar em torno de 2% a 3%", informa.
O dirigente diz que o comércio atacadista tem muita força e isto ocorre porque coopera tanto no Brasil como no mundo. Segundo ele, questões como a pandemia e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não prejudicaram significativamente o dinamismo das relações comerciais e nem os negócios. De acordo com o empresário, existe um sistema atacadista que atua em âmbito internacional e influências internas, como as eleições nacionais, não abalam o trânsito comercial. "O setor atacadista é mais ligado ao lado econômico e menos político." Para ele, a inflação no Brasil não impede que o setor continue abastecendo os mercados. De Marchi acredita, inclusive, que cadeia produtiva nacional tem bastante espaço para crescer. "Hoje, o Rio Grande do Sul é um dos estados da federação que lidera a parte operacional e econômica aqui no Cone Sul", detalha.
Jornal do Comércio - Qual é a avaliação do Sindiatacadistas em relação ao ano de 2021?
Zildo De Marchi - O comércio atacadista coopera no País e no mundo. Então, o sistema atacadista teve um despenho positivo durante o ano passado e neste ano também. O sistema atacadista está muito bem situado no cenário comercial e está ligado à cadeia produtiva.
JC - Quais são as expectativas para este ano?
De Marchi - Estamos em um ano que tem a influência do setor político, mas o setor atacadista tem como sua gestão e operação o trabalho independente de tais influências. O setor está mais dentro da área econômica, ligado ao mercado nacional e internacional. Então, o setor atacadista está bem integrado dentro do sistema econômico. Sofre este ano por influência desta guerra entre Rússia e Ucrânia, que agora se encaminha para o fim. O conflito criou uma alteração na cotação dos produtos e alguns foram restritos e outros desviados. Mas o sistema atacadista continuou ativo e participando das operações.
JC - Quais são as metas para 2022?
De Marchi - Este ano nós vamos fechar no positivo. Acredito que deva ficar um pouco abaixo. Nós tínhamos uma previsão no setor atacadista de crescer em torno de 4% a 5%, mas acho que vamos ficar em torno de 2% a 3%.
JC - Quais são os projetos da entidade para o setor em 2022?
De Marchi - Temos a responsabilidade de mantermos os contatos em âmbito estadual e internacional e não deixar de abastecer o mercado nacional e internacional. Com toda essa crise, o mercado internacional sempre se manteve atuando e faturando dentro dos seus projetos.
JC - Como o senhor avalia o impacto da pandemia e o atual momento?
De Marchi - A pandemia tem uma influência social e econômica internacional, ou seja, não afetou só o Brasil. Já que setor comercial, tem a responsabilidade de suprir as nações e o abastecimento local, o Sindiatacadista-RS vem se enquadrando com um desempenho positivo, fazendo a sua missão. Cumprindo com o seu dever de atender às necessidades do mercado.
JC - Neste período, o Sindiatacadistas-RS auxiliou os seus associados em relação a pandemia?
De Marchi - O sistema atacadista tem assessorias nacionais e internacionais que dão apoio para muitos com alguma dificuldade. Alguns conservadores até deixaram de operar, mas poucos. Houve mudança violenta no mercado, com suspensão de operações, mas o sistema como um todo funcionou positivamente.
JC - São sete os sindicatos, que compõe a base do Sindiatacadistas-RS. O senhor pode fazer uma análise da inflação sobre essa cadeia produtiva?
De Marchi - Os sete sindicatos funcionam em um escritório, mas o total de sindicatos atacadistas do Rio Grande do Sul são 11. Uns são independentes e têm a sua estrutura própria, mas ficam dentro do sistema atacadista e fazem parte da Fecomércio. O sistema Fecomércio tem atacado, varejo, serviços e comunicações. O nosso sistema tem sempre atuado dentro das normas e atendendo as demandas do mercado e nunca deixamos de abastecer, de suprir e de atender os nossos clientes, os nossos negócios. O Rio Grande do Sul está na liderança do negócio internacional; produzimos muitas proteínas aqui.
JC - Qual é sua análise da posição do Brasil na cadeia produtiva mundial?
De Marchi - O sistema atacadista se integra dentro de um mercado regional, nacional e internacional. E o Brasil é um país que lidera as exportações de proteína, produz de tudo e o mundo tem necessidade de estar suprido. Nós somos um País privilegiado, porque temos de tudo aqui. O sistema atacadista não só mexe no Rio Grande do Sul, é nacional e internacional.
JC - Independente da situação política, o sistema atacadista funciona?
De Marchi - Ele funciona dentro de seus princípios de atendimento da circulação econômica.
JC - O Sindiatacadistas-RS tem trabalhado em prol da qualificação da mão de obra do setor?
De Marchi - Não temos empregado muito, porque a automação está cada vez mais sendo utilizada. Mas não temos desempregado, porque o setor atacadista, principalmente, do Rio Grande do Sul, se manteve neste período crescendo objetivamente. Então, manteve-se o efetivo.
JC - Como o Sindiatacadistas-RS analisa os investimentos dos empresários em relação as inovações?
De Marchi - Quem não se atualiza deixa de ter o seu desempenho setorial. Como um todo, o setor atacadista tem acompanhado a evolução e o desenvolvimento econômico e social mundial. Há muitas alterações em termos operacionais, pela comunicação, pelo transporte e pela dinâmica das inovações na evolução natural da inteligência do mundo.
JC - Tem algum tipo de empresa que apresente algo inovador ou alternativa que seja apontado como um exemplo a ser seguido?
De Marchi - Cada empresa procura ter o seu desenvolvimento econômico para a sua sustentabilidade. Há algumas empresas que cresceram e outras que estagnaram e teve algumas que fecharam.
JC - Os sete sindicatos que compõe o Sindiatacadistas respondem por um percentual de quanto do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul?
De Marchi - O nosso peso em termos econômicos fica em torno de 10% a 12%.
JC - Qual é a sua avaliação no Dia do Comércio?
De Marchi - O Dia do Comércio é um dia relevante porque nós temos uma história desde o início de nossas operações no Rio Grande do Sul, que não estava inserido dentro do mercado nacional e regional. E ele se inseriu com determinação e com organização. Hoje, somos um Estado que lidera a parte operacional e econômica aqui no Cone Sul. Considero que estamos operando positivamente dentro das circunstâncias atuais.
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