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Fabricante de elevadores de Guaíba retoma produção e garante investimentos após a cheia
Empresa confirmou investimentos de R$ 50 milhões entre este ano e 2025
Por Eduardo Torres
Depois de um mês com produção reduzida em sua fábrica em Guaíba, a TK Elevator retomou nesta semana as operações normais e confirmou, mesmo com os efeitos da tragédia das cheias no Rio Grande do Sul, o seu plano de investir R$ 50 milhões entre este ano e 2025, sendo R$ 20 milhões a serem desembolsados em 2024, com a perspectiva de contratar até 130 pessoas até 2026, principalmente engenheiros, para atuação no seu novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Global, que começa a ser erguido neste ano.
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Depois de um mês com produção reduzida em sua fábrica em Guaíba, a TK Elevator retomou nesta semana as operações normais e confirmou, mesmo com os efeitos da tragédia das cheias no Rio Grande do Sul, o seu plano de investir R$ 50 milhões entre este ano e 2025, sendo R$ 20 milhões a serem desembolsados em 2024, com a perspectiva de contratar até 130 pessoas até 2026, principalmente engenheiros, para atuação no seu novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Global, que começa a ser erguido neste ano.
Otimista em relação ao mercado da construção civil e dos serviços que envolvem o fornecimento, manutenção e operação de elevadores, a perspectiva do CEO da TK Elevator, Paulo Manfroi, é de que, em três anos, a produção da empresa aumente em até 30% em relação à atual capacidade de seis mil equipamentos por ano.
"A produção em Guaíba é estratégica para a empresa. Não se trata de uma filial gaúcha ou brasileira. Aqui está centralizada a nossa produção de elevadores da América Latina e, a partir de Guaíba, atendemos a toda a demanda de 13 países. Os acionistas, é claro, ficaram muito preocupados com tudo o que enfrentamos no Estado em maio, mas reforçaram a confiança e a segurança em nosso plano de retomada", explica Manfroi.
Os impactos da cheia
Situada no bairro Columbia City, em Guaíba, a fábrica da TK é considerada a matriz da empresa na América Latina e completou 59 anos em 2024. A estrutura não foi atingida pela cheia, no entanto, os danos aos funcionários foram significativos. Ao todo, e TK Elevator emprega 1,6 mil pessoas no Estado - 1,1 mil em Guaíba, outros 400 em Porto Alegre e 200 no Interior. Destes, 241 foram diretamente impactados, e quase a metade deles perdeu tudo.
"Desde o início das cheias, criamos um grupo para agirmos na crise, com prioridade em atendermos às pessoas. Um a um dos casos, por ordem de gravidade, prestamos a assistência, desde financeira até doações nossas e das demais filiais da TK. Atendemos às necessidades dos nossos e das comunidades onde estamos inseridos", explica o CEO.
Já a sede de Porto Alegre, na região do 4º Distrito, que é a filial do Rio Grande do Sul, ficou completamente inundada. Equipamentos precisaram ser retirados de barco do local e transferidos para uma instalação alugada na Avenida Carlos Gomes. A expectativa é de que a sede de Porto Alegre só volte a operar no final de junho. Na Capital, a empresa opera ainda o seu centro de serviços compartilhados, que presta assistência aos clientes, que passou a ser executada toda em home office.
"Não poderíamos parar a nossa operação. Temos uma responsabilidade social, não somente aqui, mas no restante do Brasil e na América Latina. Elevadores são fundamentais, por exemplo, em hospitais e outros serviços essenciais. Então, a saída foi encontrarmos rotas logísticas alternativas e otimização da produção", conta Manfroi.
Para que se tenha uma ideia, alguns fornecedores, que tinham dificuldade em produzir, atingidos pela cheia, passaram a fabricar dentro da unidade da TK Elevator. Por duas semanas, a produção foi mantida em 30% da sua capacidade, limitada a peças de reposição para as unidades de outros estados. Na semana passada, chegou a 90% da capacidade de operação em Guaíba e, finalmente, nesta quarta, a produção foi completamente retomada.
Uma vez retomada a produção, de acordo com Paulo Manfroi, a preocupação da TK Elevator está na recuperação também dos clientes no Rio Grande do Sul. Entre eles, por exemplo, o Aeroporto Salgado Filho e o Hospital Mãe de Deus, ambos tomados pela água. No momento em que os prédios e outras instalações passam por limpeza nas áreas atingidas, a empresa reforça a sua equipe de assistência com funcionários de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, para dar conta da demanda que aumentará para a recuperação de elevadores.
Além da fabricação de elevadores em Guaíba, a empresa comercializa escadas rolantes, esteiras e plataformas produzidas em outras unidades, especialmente na Espanha e na China, para clientes da região.
Modernização e desenvolvimento de produtos
Enquanto mantém a produção, a empresa desembolsa a maior parte dos recursos previstos para investimentos até 2025 na automação da sua fábrica. De acordo com Paulo Manfroi, novas máquinas já foram adquiridas e parte delas instaladas para a operação de novas linhas de produção mais modernas, adaptadas à nova tecnologia que é desenvolvida pela TK Elevator, com elevadores mais digitais, como é o caso do EOX, lançado no ano passado.
"Já estamos produzindo esta nova linha de elevadores, mas teremos uma fábrica mais moderna e adaptada a essa tecnologia em evolução", garante o executivo.
Segundo ele, houve somente um atraso no cronograma, mas também foi mantido o plano para a nova estrutura do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Global da TK Elevator, em Guaíba. Será erguido um prédio de quatro andares, com 3,8 mil metros quadrados, com início das obras previsto agora para o segundo semestre. Somente no prédio, a TK Elevator projeta investir R$ 16 milhões. Serão 250 pessoas atuando neste centro, que terá a missão de desenvolver produtos para toda a multinacional.
O projeto de um centro de desenvolvimento em Guaíba teve início ainda no ano passado. Na atual estrutura da fábrica, já são 120 engenheiros de diversos países. No último ano, a empresa finalizou um investimento de R$ 80 milhões.
FICHA TÉCNICA
Investimento: R$ 50 milhões
Estágio: Em execução até 2025
Empresa: TK Elevator
Cidade: Guaíba
Área: Indústria
Investimentos em 2023: R$ 80 milhões