A Compañia Manufacturera de Papeles y Cartones (CMPC) confirmou nesta segunda-feira, 29 de abril, um investimento de R$ 24 bilhões no Rio Grande do Sul. O aporte da empresa chilena pode mudar o patamar de investimentos privados em solo gaúcho. Não por acaso, o governador Eduardo Leite saudou a iniciativa como o maior investimento privado já feito por uma empresa individualmente na história do Rio Grande do Sul.
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Compañia Manufacturera de Papeles y Cartones (CMPC) confirmou nesta segunda-feira, 29 de abril, um investimento de R$ 24 bilhões no Rio Grande do Sul. O aporte da empresa chilena pode mudar o patamar de investimentos privados em solo gaúcho. Não por acaso, o governador Eduardo Leite saudou a iniciativa como o maior investimento privado já feito por uma empresa individualmente na história do Rio Grande do Sul.
Uma boa referência para aferir a magnitude da iniciativa é o
Anuário de Investimentos do Rio Grande do Sul, levantamento realizado pelo Jornal do Comércio que reúne a lista de todos os investimentos anunciados ou realizados em solo gaúcho ao longo de um ano.
Em 2022 e 2023, exercícios mais recentes do levantamento, a carteira somou R$ 62,6 bilhões. Ou seja, apenas o aporte da CMPC anunciado nesta segunda-feira equivale a quase 40% de todos os empreendimentos que fizeram investimentos no Rio Grande do Sul no ano passado.
O Anuário de Investimentos do RS é realizado pelo Jornal do Comércio e reúne a lista de todos os investimentos anunciados ou realizados em solo gaúcho ao longo de um ano.
O dado também pode ser comparado com a própria CMPC. O mais recente aporte realizado pela multinacional no Estado foi no projeto BioCMPC, com R$ 2,75 bilhões em ampliação da planta de celulose em Guaíba e melhorias ambientais.
Agora,
oficializou um aporte nove vezes maior. Somente o pequeno município de Barra do Ribeiro, com 12 mil habitantes, deverá receber mais R$ 20 bilhões (US$ 4 bilhões), pois será sede da nova fábrica de celulose do grupo chileno, com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano. E terá, ainda, recursos para infraestrutura e um parque ambiental.
Hidrogênio verde e semicondutores são possibilidades de grandes investimentos no futuro, diz Eduardo Leite
Questionado pela reportagem se a iniciativa da empresa significa uma mudança de patamar nos investimentos em solo gaúcho, o governador disse “naturalmente esse é o nosso desejo. Mas estamos falando de um investimento excepcionalmente grande. Oxalá tenhamos muitos dessa mesma grandeza nos próximos anos”.
Entre as possibilidades de grandes projetos que estão no horizonte, Eduardo Leite deu alguns exemplos nos quais o Estado está atuando. “Nós trabalhamos para isso (atrair grandes investimentos futuros), seja pela
produção do hidrogênio verde, seja na plataforma dos semicondutores, estamos trabalhando em várias frentes para que o Rio Grande do Sul seja capaz de receber grandes investimentos em outros setores econômicos, produção de energia eólica offshore (no mar), todas essas frentes que nós preparamos o Rio Grande do Sul temos a possibilidade de atrair investimentos multibilionários como esse.”