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Ao completar 30 anos, empresa da Serra triplica a produção de vidros para a construção civil
Modelo Vidros deve iniciar a produção em sua nova fábrica em abril
Por Eduardo Torres
Ao completar 30 anos de atividade, a empresa Modelo Vidros, de Garibaldi, na Serra, finaliza as obras neste mês, e deve iniciar a produção em sua nova fábrica, às margens da RS-453, em abril. Uma mudança de uma das principais fabricantes de vidros do Rio Grande do Sul, que envolve o investimento de R$ 67 milhões e irá triplicar a capacidade produtiva a partir da Serra, com vistas ao mercado além dos limites do Estado.
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Ao completar 30 anos de atividade, a empresa Modelo Vidros, de Garibaldi, na Serra, finaliza as obras neste mês, e deve iniciar a produção em sua nova fábrica, às margens da RS-453, em abril. Uma mudança de uma das principais fabricantes de vidros do Rio Grande do Sul, que envolve o investimento de R$ 67 milhões e irá triplicar a capacidade produtiva a partir da Serra, com vistas ao mercado além dos limites do Estado.
"Hoje, já somos uma referência na área da construção civil, e estamos prospectando o mercado para sermos líderes no Sul do País. Santa Catarina está nos nossos interesses, além, claro, de muitos setores da construção no Rio Grande do Sul que, com a nossa atual estrutura, ainda não tínhamos a condição de atender da melhor forma", explica o proprietário da empresa, Leomir Nicaretta.
Quando atingir seu potencial máximo, em maio, a nova planta industrial terá capacidade para produzir 150 mil metros quadrados de vidros por mês. Hoje, a produção é de 50 mil. Além da área e da construção das novas instalações, a cerca de 5 quilômetros da atual sede, iniciadas há três anos, o investimento foi destinado a novos maquinários, com aumento da automação da fábrica e, principalmente, incremento na sua linha de produção.
"Poderemos atender, por exemplo, uma demanda muito maior e mais específica da construção em relação à laminação de chapas de jumbo, com grandes dimensões, para vitrines. Hoje, o cliente precisa buscar esse produto no centro do País, porque ainda não temos capacidade de produção nesta especificação, e nem há isso no Estado", conta o empresário.
Na prática, as chapas de vidro com grandes medidas seguirão vindo principalmente de São Paulo para o processo industrial final em Garibaldi, o que mudará será a dimensão deste material. A Modelo Vidros agora passará a cortar e lapidar chapas de vidro com até 6 metros por 3,5 metros. Atualmente, o limite da produção é de 4 metros. Nicaretta explica que agora, projetos de escritórios, edifícios e residências com grandes vitrines, mais resistentes não precisarão de emendas, por exemplo.
A mudança, valoriza Leomir Nicaretta, também estimulou outros eixos da cadeia produtiva de vidros para a construção. Atualmente, quem compra um vidro da Modelo, para instalar, precisa completar as peças de ferragens em alumínio de outras empresas.
"Nossa intenção é garantir o atendimento completo ao cliente, então firmamos parceria com um fornecedor da região e estamos negociando com outros, com especificações próprias, para garantir que, ao comprar o nosso vidro, o vidraceiro precise somente instalar, já com o kit completo de ferragens junto", diz Leomir Nicaretta.
A estimativa da empresa é garantir, a partir da triplicação da área da fábrica, que chegará a 23 mil metros quadrados, e da produção, conseguirá ampliar em pelo menos 30% o seu faturamento em relação a 2023.
Uma mudança que também deverá garantir até setembro, quando toda a estrutura administrativa da Modelo Vidros estará nas novas instalações, uma ampliação de pelo menos 20% em relação aos atuais 180 funcionários.
Estímulo à sustentabilidade
De acordo com o empresário, as contratações envolvem principalmente as áreas de logística, administração e engenharia. Na produção, houve aumento da automação.
"Estamos entregando, nestes 30 anos de empresa, uma fábrica com um layout e um ambiente muito mais saudáveis e seguros para os nossos colaboradores, e isso se reflete na produção. Para se ter uma ideia, na nova instalação, 100% da água, inclusive coletada da chuva, será reaproveitada", comenta.
A relação da Modelo Vidros com a comunidade de Garibaldi iniciou em março de 1994, com Leomir, e a esposa, Neiva Nicaretta, abrindo uma primeira sala comercial, com 112 metros quadrados. Dois anos depois, a empresa já tinha uma sede própria. Entre as primeiras ações da empresa foi a busca do policarbonato para a produção no Estado. O material, usado em coberturas de passarelas, jardins e outros espaços impulsionou as vendas, sobretudo entre grandes empresas da Serra.
Hoje, essa relação vai além dos próprios negócios da Modelo Vidros. Há dois anos a empresa deu a largada ao programa "Dê vida ao vidro". Até o final de 2023, com contêineres de coleta de garrafas, estilhaços e vasilhas de vidro usados, foram recolhidas 20 toneladas de vidro para reciclagem. Somente em Garibaldi.
O material é recolhido e tratado por empresas parceiras da Modelo, e o seu destino, por questões técnicas, não pode ser a fabricação dos vidros da empresa de Garibaldi. São destinados, por exemplo, à fabricação de garrafas de vinho, que figuram entre as principais potencialidades econômicas locais.
"Ficamos muito contentes em fazer a nossa parte por uma cidade e região mais sustentáveis. Esse projeto iniciou com uma parceria com o poder público municipal, em um dia de mobilização na praça da cidade, e nos surpreendeu. Só em um dia, recolhemos um caminhão cheio de materiais. Foi o incentivo para levarmos adiante a ideia", lembra o empresário.
O plano da Modelo Vidros é instalar pontos de coleta de vidros também em outros municípios da região nos próximos anos.
FICHA TÉCNICA
Investimento: R$ 67 milhões
Estágio: Concluído
Empresa: Modelo Vidros
Cidade: Garibaldi
Estágio: Concluído
Empresa: Modelo Vidros
Cidade: Garibaldi