Eduardo Torres, de São Leopoldo
Foi inaugurada na tarde desta quarta-feira (6) a expansão do Centro de Distribuição Logístico da Stihl, em São Leopoldo. Ao final de pouco mais de um ano de obra, a empresa agora tem, junto à sua planta industrial, uma capacidade para armazenar 16,7 mil posições de pallets, somando o prédio já existente, em operação desde 2011. Com um investimento de R$ 85 milhões - 22,7% abaixo do que havia sido orçado -, a empresa avança para ampliar em 137% a capacidade de armazenamento e a área do CD em 57%, chegando a 21,6 mil metros quadrados construídos, com 24 docas para cargas e descargas. Ao todo, o parque industrial no Vale do Sinos soma 114 mil metros quadrados, um aumento de 30% desde 2018.
De acordo com o presidente da Stihl Brasil, Cláudio Guenther, a nova estrutura permitirá o atendimento à capacidade produtiva da empresa, entre operações de armazenagem e expedição, pelo menos até 2027. A expectativa é de que a partir de 1° de abril as novas instalações estejam em operação.
“O ano de 2023, quando completamos 50 anos de fábrica no Brasil, foi desafiador por todo o cenário sócio-econômico mundial, mas estamos prontos para ir além”, disse, durante a inauguração, Guenther.
O dirigente não antecipa possíveis investimentos neste ano na única fábrica da multinacional alemã no Brasil, no entanto, o planejamento é arrojado. A empresa fechou 2023 com faturamento de R$ 3 bilhões no País, e a meta é chegar a R$ 5 bilhões até 2028.
O investimento iniciado no final de 2022 não reflete em aumentos significativos em número de empregos ou em ampliação de produção, mas em otimização logística. Construído em 2011, o prédio do Centro dê Distribuição já se mostrava insuficiente e, nos últimos anos, a empresa terceirizava uma área de armazenagem em Novo Hamburgo. Agora, toda a operação no Rio Grande do Sul concentra-se em São Leopoldo.
“É a sequência de um plano que iniciamos em 2020, quando inauguramos um centro de distribuição em Jundiaí, e em 2022, em Benevides, no Pará. Este conjunto de estruturas hoje atendem a 5,1 mil pontos de venda e a mais de 2,7 mil clientes”, explica o presidente.
Guenther diz que os planos de expansão buscam cada vez mais investir em fornecedores locais. Crédito: Fernanda Feltes/JC
O novo prédio tem 16 metros de altura, quatro a mais do que o primeiro, o que permite, segundo gerente de infraestrutura da planta, Rafael Zago, armazenar o dobro de produtos em uma mesma área.
O armazenamento do CD é preenchido com 50% de produtos fabricados em São Leopoldo, outros 50% importados de outras fábricas da Stihl no mundo. O local também recebe 60% da matéria prima e insumos importados. Outros 40% são locais.
“Entre nossos planos de expansão está justamente a ideia de cada vez mais tornar locais os nossos fornecedores”, aponta Guenther.
A empresa fechou 2023 com 58% das suas vendas no mercado brasileiro e outros 42% exportados.
O armazenamento do CD é preenchido com 50% de produtos fabricados em São Leopoldo, outros 50% importados de outras fábricas da Stihl no mundo. O local também recebe 60% da matéria prima e insumos importados. Outros 40% são locais.
“Entre nossos planos de expansão está justamente a ideia de cada vez mais tornar locais os nossos fornecedores”, aponta Guenther.
A empresa fechou 2023 com 58% das suas vendas no mercado brasileiro e outros 42% exportados.
Um CD com uma usina fotovoltaica
Também estiveram presentes ao “corte da tora“, com uma das motosserras da Stihl, como é tradição nas inaugurações da fabricante alemã, o membro do Conselho Executivo da empresa na Alemanha, Martin Schwarz, e o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi.
“Aqui na Stihl brasileira estão os prédios do futuro da nossa empresa para todo o mundo. Nesta cidade, vemos um cenário de inovação constante, que é exemplo para todas as nossas operações”, elogia Schwarz.
Exportação que vai além do modelo estrutural aplicado na planta. Hoje, são 26 brasileiros formados na fábrica de São Leopoldo atuando em outras unidades do mundo da Stihl. O gerente de infraestrutura que comandou a obra, por exemplo, também atua em uma nova estrutura na Romênia.
“A nossa cidade só avança porque tem empresas como a Stihl, com planejamento a longo prazo, sempre pensando em evolução. O mais importante disso é que, além de produzir localmente, temos aqui a formação de raízes tecnológicas. Estamos produzindo inteligência aqui”, valoriza o prefeito Vanazzi.
Para que se tenha uma ideia, o novo prédio tem, em sua cobertura, mais de dois mil painéis solares, com capacidade para geração de 1,4 GWh/ano em energia elétrica, considerada uma das maiores usinas fotovoltaicas próprias do Rio Grande do Sul. O que garante não apenas o fornecimento para a nova operação, mas capaz de abastecer 540 moradias e evitar 600 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.
As chuvas volumosas do último ano também desafiaram a resiliência na engenharia deste novo prédio. A estrutura é preparada para resistir a ventos de ate 200 km/h e mantém um sistema de coleta de chuva capaz de armazenar ate 3 mil litros por dia.
Na operação do CD expandido, a perspectiva é de que 93 toneladas de CO2 deixem de ser lançados na atmosfera com a redução de fretes e operações externas ao parque fabril. Até então, por exemplo, caminhões carregavam produtos importados até São Leopoldo e, dali, para Novo Hamburgo, é só então eram expedidos. No caso de matérias primas, havia ainda ida e volta entre os municípios do Vale do Sinos. Agora, tudo é centralizado em São Leopoldo.
“Aqui na Stihl brasileira estão os prédios do futuro da nossa empresa para todo o mundo. Nesta cidade, vemos um cenário de inovação constante, que é exemplo para todas as nossas operações”, elogia Schwarz.
Exportação que vai além do modelo estrutural aplicado na planta. Hoje, são 26 brasileiros formados na fábrica de São Leopoldo atuando em outras unidades do mundo da Stihl. O gerente de infraestrutura que comandou a obra, por exemplo, também atua em uma nova estrutura na Romênia.
“A nossa cidade só avança porque tem empresas como a Stihl, com planejamento a longo prazo, sempre pensando em evolução. O mais importante disso é que, além de produzir localmente, temos aqui a formação de raízes tecnológicas. Estamos produzindo inteligência aqui”, valoriza o prefeito Vanazzi.
Para que se tenha uma ideia, o novo prédio tem, em sua cobertura, mais de dois mil painéis solares, com capacidade para geração de 1,4 GWh/ano em energia elétrica, considerada uma das maiores usinas fotovoltaicas próprias do Rio Grande do Sul. O que garante não apenas o fornecimento para a nova operação, mas capaz de abastecer 540 moradias e evitar 600 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.
As chuvas volumosas do último ano também desafiaram a resiliência na engenharia deste novo prédio. A estrutura é preparada para resistir a ventos de ate 200 km/h e mantém um sistema de coleta de chuva capaz de armazenar ate 3 mil litros por dia.
Na operação do CD expandido, a perspectiva é de que 93 toneladas de CO2 deixem de ser lançados na atmosfera com a redução de fretes e operações externas ao parque fabril. Até então, por exemplo, caminhões carregavam produtos importados até São Leopoldo e, dali, para Novo Hamburgo, é só então eram expedidos. No caso de matérias primas, havia ainda ida e volta entre os municípios do Vale do Sinos. Agora, tudo é centralizado em São Leopoldo.
Máquinas e motores para o mundo
A partir da unidade fabril brasileira da Stihl, que completou 50 anos em 2023, são produzidas máquinas com motores a combustão nas áreas de motosserras, roçadeiras, pulverizadores, sopradores e multifuncionais. E desde o ano passado, a fábrica gaúcha também produz seu primeiro produto elétrico, uma lavadora de alta pressão.
A fábrica responde por 12% da produção mundial da Stihl, com exportações de produtos finalizados para 70 países.
No entanto, a indústria de São Leopoldo tem importância estratégica às demais produções da Stihl. Saem daqui 85% dos cilindros que são a base para os motores a combustão da empresa, com exportações para 162 países.
A fábrica responde por 12% da produção mundial da Stihl, com exportações de produtos finalizados para 70 países.
No entanto, a indústria de São Leopoldo tem importância estratégica às demais produções da Stihl. Saem daqui 85% dos cilindros que são a base para os motores a combustão da empresa, com exportações para 162 países.