Ainda neste mês entrará em operação a primeira linha industrial de produção contínua de telhas e painéis termoisolantes com núcleo isolante em PIR do Rio Grande do Sul. Com um aporte de R$ 80 milhões em dois anos - dos quais R$ 30 milhões em 2023 - entre a infraestrutura e a aquisição do maquinário italiano, também inédito no Estado, a Brastelha construiu a nova planta industrial em uma área de 6 mil metros quadrados às margens da RS-135, em Erechim.
Mas o terreno, na saída do município do Norte do Estado em direção a Passo Fundo, e que é resultado de uma mobilização dos empresários da região para a expansão do distrito industrial de Erechim, ainda passará por transformações nos próximos meses. Serão investidos a partir deste ano outros R$ 50 milhões para, até o final do primeiro semestre de 2024, a Brastelha ter todas as suas quatro unidades atualmente espalhadas em áreas do Distrito Industrial do município, centralizadas junto da nova indústria, com a perspectiva de 15 mil metros quadrados construídos.
"Pelo avanço da produção e a indisponibilidade de áreas, historicamente, nossos processos acabaram espalhados pela cidade, e isso representa muito custo na produção e na nossa logística. É um investimento que representará economia para a empresa", explica o diretor da empresa, Walmir Badalotti.
Capacidade produtiva da empresa deve dobrar
A estimativa é de que 10% do custo seja reduzido com essa transferência. O diferencial no faturamento da Brastelha para os próximos anos, aposta o diretor, está na sua nova planta. Quando estiver operando a pleno, em três turnos, provavelmente a partir do começo de 2024, a fábrica terá capacidade de produzir 200 mil metros quadrados de telhas e paneis por mês, com a geração de 150 novos empregos em Erechim.
"É o dobro da nossa capacidade atual de produção, e com um produto diferenciado, que é uma exigência do mercado das grandes construções civis, com o avanço dos projetos de prevenção a incêndios, por exemplo", explica Badalotti.
Ele se refere às telhas termoisolantes, que são aplicadas especialmente a grandes centros de convenção, shoppings, grandes mercados ou plantas industriais. E há ainda o mercado de refrigeração que se abre para a Brastelha. Os painéis termoisolantes são utilizados em câmaras frias de mercados e frigoríficos, por exemplo.
De acordo com Walmir Badalotti, um mercado novo para a empresa e que, atualmente, é dominado por produtores de outros estados. Não à toa, o investimento feito em Erechim por pouco não migrou para Santa Catarina.
"Recebemos oferta de área, incentivos e facilitações que hoje não encontramos no Rio Grande do Sul. Ficar e investir aqui é uma convicção nossa e uma demonstração de confiança. O governo estadual informou que concederá incentivos semelhantes ao que se encontra no estado vizinho. Nós confiamos nisso", diz o empresário.
O avanço para a linha de termoisolantes, de acordo com Badalotti, atende às exigências de um mercado que hoje é liderado pela Brastelha na Região Sul do Brasil, em seu atual mix telhas. Com 250 funcionários, que incluem operações em Lucas do Rio Verde e Sorriso, no Mato Grosso, a empresa tem capacidade de transformação de até 2,5 mil toneladas de aço por mês.
FICHA TÉCNICA
Investimento: R$ 80 milhões
Estágio: Em execução até 2024
Empresa: Brastelha
Cidade: Erechim
Área: Indústria
Investimentos em 2022: R$ 50 milhões
Estágio: Em execução até 2024
Empresa: Brastelha
Cidade: Erechim
Área: Indústria
Investimentos em 2022: R$ 50 milhões