Stihl investirá R$ 210 milhões em centros de pesquisa e de logística em São Leopoldo

Empresa inaugurou também prédios de ferramentaria e vestiário

Por Jefferson Klein

Obras deverão ficar prontas entre 2023 e 2024
Desde 2019, a Stihl, que lidera o mercado brasileiro de ferramentas motorizadas portáteis, já aplicou mais de R$ 1 bilhão na sua operação no País e o ciclo de investimentos ainda não tem uma data para terminar. A empresa anunciou mais um aporte de R$ 210 milhões que serão destinados às expansões do centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e do centro Logístico, situados na sede da companhia em São Leopoldo.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9) pelo presidente da Stihl Brasil, Cláudio Guenther, durante a cerimônia de inauguração dos novos prédios da ferramentaria e do vestiário da empresa, também localizados no município gaúcho. Essas obras levaram cerca de um ano para serem feitas e absorveram um investimento de R$ 52 milhões.
Sobre esses empreendimentos, o executivo detalha que o objetivo era dar melhores condições de trabalho para os funcionários da companhia, já que houve um aumento do quadro de pessoal (desde junho de 2020 foram mais de 1,5 mil contratações). O complexo leopoldense conta hoje com cerca de 3,7 mil colaboradores. Para 2023, na área de engenharia de produtos, mais 80 profissionais deverão ser contratados.
Quantos às próximas iniciativas, Guenther adianta que a primeira obra que deverá ficar pronta será a ampliação do centro logístico: em outubro do ano que vem. O complexo será utilizado para armazenagem de produtos acabados, componentes e matérias-primas. A estrutura passará das atuais 7.069 posições de pallets para 16,7 mil, um acréscimo de 137% na capacidade, mesmo com o crescimento de apenas 57% da área construída, passando de 14,2 mil metros quadrados para 21,6 mil metros quadrados. Isso se dará por meio de tecnologias de armazenamento com corredores estreitos, estantes mais altas, de até 16 metros de altura, e empilhadeiras de alta eficiência com operação de armazenamento semi-autônoma.
Segundo Guenthe,  primeira obra a ficar pronta será a ampliação do centro logístico, em outubro de 2023. Foto: Isabelle  Reiger/JC
Conforme o presidente da Stihl Brasil, as expansões são importantes porque, entre outros fatores, a empresa planeja lançar novos produtos. No próximo ano, por exemplo, será apresentada uma nova linha de roçadeiras e em 2024 parte da produção de motosserras que é feita na Alemanha será trazida para o Rio Grande do Sul.
A evolução da operação da empresa no Brasil (a companhia praticamente dobrou de faturamento desde 2019, devendo fechar 2022 com um resultado de cerca de R$ 3,4 bilhão), também justifica a ampliação do centro de inovação em São Leopoldo. "Como estamos exportando cada vez mais conhecimento, estamos crescendo nossa área de pesquisa e desenvolvimento", ressalta Guenther.
Essa obra tem previsão de ser concluída em junho de 2024. A estrutura irá aumentar a quantidade de cabines de testes para validação e criação de sistemas, para motores a combustão e a bateria, inclusive, com salas específicas para prototipagem e inovação, que contarão com equipamentos de impressão 3D de metal, areia e polímeros. Também serão instalados laboratórios para pesquisas de materiais e tribologia - que é a ciência do desgaste, atrito e lubrificação.
Os trabalhos nas ampliações dos dois centros, de logística e pesquisa, deverão gerar em torno de 300 empregos diretos e indiretos. As unidades contarão com painéis fotovoltaicos para atender aos seus consumos de energia. O presidente da Stihl Brasil afirma que outras expansões não estão descartadas e a empresa já avalia áreas para essas iniciativas. No entanto, ele adianta que essas ações não precisam ser conduzidas necessariamente em São Leopoldo, pois os custos dos terrenos no município estão muito elevados.
Ficha técnica
Investimento: R$ 210 milhões.
Responsável: Stihl Brasil.
Cidade: São Leopoldo.
Área: Indústria.
Estágio: Inicial.